segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O BELO MOÇO

                           SEPARAÇÃO   
 
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 Já se faz tarde! Mas na mão à pena...   
Molha à tinta com cheiro de lágrimas...
   Traço perfil sereno de um belo moço rapaz...
    Um anjo? Um deus? É o apaixonado...!
   O seu retrato remete-o a um desgosto...
   A um leve grito de suave procura...
   Anda e busca, abre à sua moldura...
   Lá está a face que tanto ele procura!
   Que suavidade é expressa aos seus olhos!
   Duas pérolas cravejadas no seu rosto!
   As Linhas que traçam os seus contornos...
   É o céu que sempre o fita e o adorna...
   Há uma suavidade em todo o seu rosto...
  Uma paraíso nos seus lábios  ali exposto...
Um perfume que emana de um encanto...
Quem é a mulher que é exaltada no canto..?
Dizei pelo menos o seu doce nome...!
Saciando assim em mim à sua  grande fome...!
Ah! Se o seu espírito pudesse voar nos odores...!
Seria  da sua amada que o corta agora o seu amor?
E ele, pobre coitado! Mísero ainda o chama...
Por que no peito lhe dorme a sua bela dama?
A boca na sua lamuria com os beijos nus...
Seriam então seus lábios ali expostos?
A um beijo…! Um palpitar no seu encosto!
Sua saliva então seria outra?
Mais prazerosa e de variados gostos!
 
imagesCASJBOSN      Veio-lhe à mente uma impressão vaga! Um vestígio de um toque que percorreu o seu corpo, no qual, ele apenas o guardou para si o seu sabor de amargura! O seu apetite tinha se tornado insaciável, isso porque, o seu alimento a muito lhe fora negado. O amor batia nas frestas da sua fantasia e o seu coração ansiava, mesmo na face do seu desespero e no inacreditável, ele ainda sonhava... Só queria que o sentido romântico, com a sua exuberância, pudesse afrouxar nos seus lábios e nos seus mais íntimos desejos! Há dentro dele uma explosão desordenada de forças violentas, inquietantes e ele não mais tinha o amor que tanto sonhara. Foi incinerado e agora ele sobrevive com as cinzas que sempre retornam na tempestade do vento que sempre o visita em suas recordações.
     Será difícil, assim sente o espírito! Dizer diante dos reflexos das dúvidas, dos temores, se realmente o amor que lhe fora arrebatado, causará no seu futuro à sua dor e as suas lágrimas!
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     Escuta… Ó doce coração! Escuta e retornai para o seio  de quem ama, as tuas insinuações e as tuas delícias! Confessa-lhe com a tua própria boca o arrebentar, o fluir  do retorno dos teus alucinantes sonhos, porque fazendo isso, não causará  a tua fuga!
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     A volta de uma dor estar nas mãos e na boca  daquela a quem ele tanto ama! Ela veio até a ele com o seu flagelo e com o seu obstáculo; trazendo a queda do seu trono, onde os seus despojos ela o levou como insígnia  da sua derrota e sabor da sua vaidade. Foram sufocados nele, o seu respiro e os seus olhares. Ele deu por ela um gosto delicado, fino, amável. A elegância da sede do seu falar, a bela e eloquente construção da sua linguagem foram hábeis e saíram com o seu hálito virtuoso, porque ele instruiu à sua língua a criar o belo espetáculo das contemplações de várias combinações de sentimentos florescentes: duráveis, inocentes e brilhantes, que nasceram do vigor da sua alma e de um olhar admirável. Uma doçura magnificente do seu brilho fora adquirido pelo o amor que o seu coração a ela assim votou.
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         A disposição do seu coração e à sua decência, desprezou ela o nu dos ornamentos do belo moço, celestiais e que predominava à sua mente humana, que eram profundos e admiravelmente infinitos... 
        Ele modelou diante dela o seu amor  em uma linguagem bem apurada.  Fez gracejar nela todos os seus princípios de vaidades, por que ele atirou aos seus ouvidos os procedimentos sem vícios e puros do seu coração.
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     Ele foi diante daquela a quem ele realmente amava e fez diminuir à sua humildade! Foi mais radiante, porque quando a ela ele se dirigiu em cortejo, foram perpétuos o seu falar, jogando aos seus pés as suspeitas, as desconfianças quanto a um falso amor.
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     Os seus juramentos não soaram nela como insultos, isso porque, ele bem viu quando ela ajeitava as madeixas dos seus cabelos para que soasse nos seus ouvidos à sua delícia e o seu prazer de uma pura declaração de amor, onde o egoísmo do coração sussurra: "Ele te ama! Ele te ama!" 
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     As luzes dos seus olhos se elevaram e ele pode observar nela um fenômeno de admiração e arrebatante, ardor de prazer, quando, subiram ao coração da moça, a ardente declaração de amor perfeito e a elevação das suas lágrimas, estavam expostas nos seus olhos. Não houve vícios nos lábios nem crime no coração daquele belo moço inocente. Ele queria que ela tivesse diante dos seus olhos, um jardim ornado pelo o belo espírito, à sua virtude e acima de tudo, os seus prodígios e maravilhas incomparáveis, apenas atribuídos aqueles que são cheios de talentos e honras no seu belo amor soberano.
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     Ele abriu os seus lábios, espalhando diante  dela, os odores de um amor ,colocando à prova, mordendo os seus lábios, apertando-os fortemente, com as forças do seu amor, expondo o nome dela gravado no seu coração, deixando ser penetrado pelos os princípios célebres que imortaliza o amor. E com a fineza da sua alma, cedeu aos seus sentidos, ao gênio da feminilidade, ornando a vaidade dela e fazendo brunir no coração da moça o seu orgulho e à sua vaidade.
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     Ele foi tímido e trêmulo diante dela, expondo os nus à disposição da sua inocência e simplicidade. Dos olhos  da moça se elevaram,- onde os sinais da sua face ficaram expostos aos sorrisos de grandiosidade, por ser amada, - o brilho de felicidade por ser tão desejada e cantada pelos os versos do poeta!    
     Ele nutriu o  coração da moça com excessos sólidos e excitantes, porque no seu coração... Foram feitos nele incisões com o perfume e o sal do suor da sua amada.
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     À sua alma foi agitada pelas as inocentes sensações e arrebatado foi o seu coração. Ah! Os seus gritos foram arrancados para implorar diante dela o seu amor e com os seus gestos bem expressivos, espremeu as ações bem visíveis à sua língua do seu grande e belo amor! Ah...! Entretanto... foi inconsequente a oscilação do seu abalo diante da moça, por que foi apenas ele quem sustentou a batalha da separação! Foi ele que lutou e derrotado foi e esgotado não conseguiu suprir em si o alimento necessário à sua existência.
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     Moço, empresta-me teus ares inocentes...
Este amor que  te faz crescer  loucamente...
Que se perde em formas de labirintos no interior da gente....
Que faz falta a boca os seus soltos gemidos ausentes...
 
O moço chorou! Dentro dele não mais habitam os argumentos providenciais a razão da sua existência! Foram roubados os primeiros suspiros do seu coração! Devo enviar a este belo moço os acordes das " Elegias de Duíno", Isso porque, é preciso recolocar no seu peito, fazendo uma incisão pelo o seu espírito, e soprando nas suas narinas um novo doce hálito poético, porque assim, será retirado dos seus lábios a saliva doce que lhe fora colocado, para que à sua língua não mais volte as lembranças do gosto dos doces lábios que ele beijou! A propósito das odes, é apenas para entreter à sua alma, porque... Ou agora ele morre por amor... Ou volta novamente a viver! Ufa! Sonhos...!
Luzes para o espírito que foge às carreiras com uma candelabro sem azeite nas mãos a uma procura e pergunta: " Onde estar o amor? Faz pelo menos uma insinuação diante dos meus olhos, porque, já não tens mais um coração sensível e doce, propenso a ricos sentimentos! Insinuas-te diante de mim, enches-te o meu candelabro, mas não me deixes te tocar e nem sentir o teu cheiro!"
Ah! Certamente isso zaratustra não falou!
 

2 comentários:

  1. Caro poeta,

    Acredito que o belo moço sejas tu.Às vezes penso que você morreria por amor... em outras penso que você vive por amor. Admiro a tua exaltação ao AMOR, certamente transcenderá a tua existência física. Que o amor seja sempre fonte da tua vida. Abraço,
    Neuzi

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  2. Ah!Julgas-me ser o moço da utopia...? O belo Romeu apaixonado...? Inebrias-me, porque... à meia noite ele faz serenata para à sua amada!Ó vento do sul e do norte, leste e oeste, não percebes o clamor de uma amiga que tanto anseia pela a felicidade dos teus beijos nos lábios do moço apaixonado! Atende, ó doce sonho! Atende os clamores daquela que quer sentir e ver diantes dos seus olhos dois corpos entrelaçados, com suas juras eternas de amor!Uni, ó sonho! Uni-te os deleites do teu mel com os olhos que vibram pela a tua serena fantasia! Que belo moço que sonha!

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