sexta-feira, 9 de maio de 2014

UM ÍCARO QUE NÃO MORRE


A significação dos
 sintomas.
 As afeições na 
experimentação que são 
submetidas nos ritmos 
insólitos 
de um acelerado 
coração.
E QUE NOS PRENDE.
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Denuncia-te a minha
 consciência,
 pois nos encontros dos seus
 pensamentos se mescla o viço
 das paixões.
A afeição que não 
alcança o seu ápice.
Por que há um arcanjo que branda
 e nada nas águas dos meus olhos
 com medo de se afogar, e 
AINDA adeja na minha fronte a 
fonte solitária de uma estrela, e  
que sem asas estar a vagar na 
rosa tão erma e tão calada, e essa 
não escuta os gritos 
do meu enfado. 
Um cajado mágico a tocar, 
e que nas suas sombras me atira
 seus beijos, e ainda sorri 
das harpas enamoradas a tocarem
 os dedos de um ÍCARO, e que no 
seu céu pouco inspirado, e 
já com um grande sabor de 
amargura a sondar sua face.
Afoga-se sem mãos para
 o salvar.  
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E o meu ÍCARO voou... 
É verdade!
Mas não morreu afogado.
 MORRE-SE! 
Estar a morrer afogado 
nas águas.
Ainda nada agonizado.
Nada, nada e ainda 
espera ser salvo.
Ele estar comigo com 
os seus anéis desfigurados.
 Pérolas das paixões
 ilusórias em uma alma que foi
 abnegada, 
e onde a luz em qualquer parte 
da sua pele já não cabe.
 Mas canta o vivo na sua alma, 
e sempre ouço o seu rugir bravo 
na escuridão também da minha 
dança, e que vai do fogo 
as lágrimas.
E eu para não morrer também 
não estendo as minhas mãos
 para salvá-lo. 
Peitos e lábios que arquejam! 
Um silêncio onde nascem os dramas
 da saudade, e sobre um manto a 
chorar um ser preso.
 
Ah! Se fosse a minha 
liberdade!

Dédalo sempre me olha e lança 
os seus braços e implora:
- Não faça como fez meu filho!
 Por favor, jamais voe!
Salve-te, POIS ESTAR A MORRER 
O FILHO DA MINHA ALMA!
E eu por ELE não posso fazer nada!
E se ele a ti estender seus braços… 
Fuja antes que venha a saudade!
Meu filho também me mata!

Ora, se dédalo não o salva... 
Por que devo eu salvá-lo!
MAS,
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Marcham-se
 gritos infinitos...
 Mel a despertar na boca do fraco. 
A tontura do seu enlace.
Justiça! Justiça!
Por que gritar e aclamar se também
 ninguém faz nada!
Os enjoos das minhas roupas 
espreitam a náusea de uma
 flor alucinada.
Oh! Manchas de um olhar em um 
instinto geado a se rebelar no
 fogo que sopra as suas verdades!
Levantam-se as continências de 
olhares a te saudar, e na sua 
dor o ardente que fervilha 
nunca te deixará, pois os seus
 trajes estão em ti e em ti 
as suas legiões celestes 
precisam correr com as suas 
ilusões.
Assim elas vivem enquanto te mata.
Beliscar as suas carícias com 
os seus beijos e respirar o 
fôlego que aplana o 
engraçado dos seus sorrisos.
E achamos que somos 
amados!
QUE BELA MÁSCARA!
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Por que a noite é 
um monge 
com o seu torrencial de orações
 de entrega a sua estrela, e essa no
 seu convento pinta seus lábios, 
coloca seu perfume, calça seus
sapatos, e com o seu outro ardente
 vestido vai dormir.
E o delírio do seu sol é tão 
ridículo que queima os 
seus próprios manuscritos
 para não obter o caminho das
 estações da lua.

A COMPOSIÇÃO NEGRUME DE UMA
 CENA A PAIRAR NO SEVERO MAR 
do amor, e que nele tentar ainda
 segurar a sua flor.
É uma dor prolongada dentro
 de um arco de pedra a projetar
 a seu peso no ombro da angústia, e
que com os seus braços 
 apertam os seus últimos 
sopros. E a esvoaçar o silêncio
 angustiante e dolorido que
 nunca se finda.
ÍCARO vive no pícaro do seu 
nu a se afogar, e enquanto 
isso a imagem feminina com 
seu longo vestido projeta 
na sua memória os 
sonhos que tanto ele ADORA.

O que devo dizer a ÍCARO?
 Levanta e anda? 
Por que se eu a ti LANÇAR 
 meus braços PARA TE SALVAR
 também me
 afogarei
NAS ÁGUAS
 VIVAS PERFUMADAS. 
E TÃO 
PROFUNDAS!
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É o poder da
 imortalidade do
 amor que somente explica a sua
 fase inicial. 
Por que depois
 vêm os seus tentáculos, e a 
habilidade da sua Medusa deixam 
os olhos cegos a se perguntarem
 porque foi se apaixonar?
Quem controlará as suas ações? 
Os impulsos que são enviados
 pela o seu cérebro
 nervoso de mil possibilidades,
 e sem coordenação, o coração
 fica impregnado como seu
 caramelo, e flexíveis e 
enrolados permanecem os braços
 na sua armadura de aço.
Que belo inseto de garra forte
 se enrosca, e no seu 
esconderijo o predador 
espreita pela a manobra da
 morte?.
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Eu também por ti
 nada faço!
Oh! Facilita-lhe pelo menos a 
sua respiração! Põe de pé 
outra vez o seu coração até o
 nascer de uma nova aurora 
da sua espera. 
A ensaiar os seus primeiros 
afrescos de paz!
Não o submeta a uma pressão
 esmagadora porque as suas
vértebras não suportam 
o peso das suas inglórias,
 e nem os olhos grandes do seu 
injetado veneno a se desenvolver 
a cada passar dos dias 
nas suas veias 
TEM PIEDADE DA SUA MORTE!.
Que bordas afiadas de um cálice
 guarda o viver das suas 
histórias nas 
suas mil e uma noites de amor?

Oh! Engano-me porque são
Mil e duas...
E ninguém viu ÍCARO abrir a
 porta das palavras do amor 
e nelas permanecer muitas 
noites sombrio nas meditações 
dos seus afetos.
Por que...
Estar chegando o dia da sua morte.
Repousará na lousa solitária.
A dormir eterno na cova fria.
No alcácer divino da sua sorte.
A evolverem-lhes macilentos braços
de desgostos. 
Oh! Deixai-o ali ele dormir!
Deixai suspirar e também sentir.
O perfume do amor feito em pedaços.
E que a sua lua não lhe negue seus raios.
E nem as flores seus perfumes.
E nem o sentimentos
 seus desvarios.
Quando a mágoa lhe devorar
 seu leito.
A soltar ao relento todos 
seus queixumes.
A sonhar ainda no seu 
soberbo peito.
JAMAIS ÍCARO
MORRERÁ!
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Não poderá lançar
 para si
 mesmo o gosto indescritível 
do amor que tanto procura 
a língua.
Por que
são insensíveis as suas figuras
 de aquisições eternas de 
prazeres, e as suas desobediências
 não fornecem a doação do
 seu fogo e os atrativos dos
 seus licores.
Oh! Sonâmbulo! A tua solidão 
fantasia o grosseiro!
 Fracos e latentes ecos da tua 
matéria que no lago do seu
 Logos  asfixia
 a si mesmo!
 E na calada 
das suas noites os gravetos
 do nascimento dos teus
 sonhos se queimam com os 
golpes da ausência dos
 ardores do amor.
A pacificação de um segredo é
 um itinerário na imaginação
 que esguicha tantas 
trajetórias de dores e lágrimas,
 e improvisado o coração das
 suas grutas não é acessível
 ao banho de pelo menos 
um só minuto de felicidade.
Por que não morre meu 
ÍCARO?
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Eis o meu ÍCARO a se 
agonizar
 na oratória da paixão.
 A proliferar o noturno de
 uma contemplação sem consciência,
 e nos seus elementos em chamas
 ser o modelo fluorecente 
de um imaginário íntimo 
sem sedução, e a conduzir
 a queima da sua vela no 
sonhador que não pode 
penetrar no seu mundo.
A medida da negação do 
amor não arranca as palmas 
dos segredos de um sentimento,
 e que paira a olhar
 o seu infinitesimalíssimo odor,
 e os seus dedos 
não dedilham as misericórdias
 dos seus desejos que 
voam diante dos seus 
olhares.
MORRE-SE NO CHORO!
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Perambulando com 
os olhos
 lacrados, e afastados pelos
 os males da alma e também 
do corpo, e esses afugentam 
os sinais vivos de um rosto,
 e quando nele se encrusta 
os reflexos de um olhar 
se derramando é
Inquietante e esquenta mais 
a rocha, e forja nela 
o aço frio, mas residente
 a fundição de um
 espaço para o fôlego que é 
disputado pelas as narinas 
ofegantes, íngremes e 
estonteantes a espiarem coladas
 ao seu último suspiro exalado.

Enquanto uma narina pede:
- Morre ÍCARO.

A OUTRA IMPLORA:
- Não! Por favor! Não morra!

Oh! Corta as curvas do ar! 
Por que o seu portal transita 
ainda a levar uma bela 
essência romântica ao
 coração que ejacula o seu
 sustento!
 Cunhada na face de uma
 esperança a coabitar na 
sua solidão com o descaso 
dos sorrisos que se 
escondem.
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Eu ainda creio
 no meu anjo!
Arranje-me um novo espelho! 
E a se DIVERTIR descalço 
vivenciarei a criança que 
nunca sondou as pedras que 
saltaram do crânio do amor,
 e assim traquinar à caça 
das inocências que tanto 
fazia o menino brincar SORRINDO e 
sem lágrimas derramar.
Não posso lançar as minhas
 mãos para te salvar senão
 pagarei o
 mesmo preço das tuas
 dores profanas.
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Sensível e imediata
 é uma
 figura de dor com a sua 
força e medida. A instaurar
 os gemidos das suas loucuras,
 e nos seus delírios a 
glorificação da sua 
análise aprecia o platônico
 a bordar na sua alma o 
amor que não lhe pertence.

Oh! Argumentação insensata e
 sem equilíbrio! É na concepção
 da primeira amante que a 
sua corrente de orações fala
 a si mesmo! 
 Uma exuberância
 de um corpo utópico que paira
 solitário a se afogar nas 
suas próprias lágrimas! 
A colocar imensas linhas de
 tristezas nos seus lábios
 que se derramam crescentes nas
 desolações do seu espírito.
Branda a fonte e toca o gênio 
indomável de uma existência,
 e sem um céu, e também sem
 um arcanjo para tecer o seu
colar de pérolas.

 E cego é o sol dos seus 
olhos que se esfriam, e a
 espera permanece pela a fonte que 
o levará as estações 
das flores do seu infinito FRIO!
Quem te levará a brisa e
 aos amores da luz azul?
 E onde voa sorrindo 
o beijo da tua consolação?

Oh! Voar dramático em busca
 de uma temática que 
permaneça viva nos sentimentos?
OH! CÉUS!
 É compreender quão o sonho
  com as suas áreas expansivas
 de fantasias se expressam
 em um mediador sem interesse
e sem a piedade no manifestar
 das suas cores?
Onde estão às asas do
 pássaro que ao voar na sua
 dinâmica perfeita 
semeava os seus sonhos 
fecundos?
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Que calor fumegante
 afogou
 o sublime do homem que chora 
enquanto canta! 
Que grita enquanto dorme, e 
não mais suscita inspiração 
aos ciclos ardentes
 das suas afeições?
Cortes e perigos se cruzam 
nas emoções sem equilíbrios,
 e os seus símbolos retratam
 um ÍCARO sobre a vigilância 
de uma embarcação que não
 o traz a sua proa para 
que ele possa respirar.
Que falso anseio provoca
 ambições, e em movimento 
de fuga, o seu símbolo, a sua 
imagem se torna uma aberração ao 
personagem de sentido único,
 e que em febre manifesta os 
sintomas das suas formas?

Deslumbra-te com o Belo
 Touro Branco, e guarde-o, 
e assim atingirá a ira dos
 sentimentos que não permitem 
a construção de um manancial!
A expressão da dádiva 
do amor repousa encoberta
 nos teus seios. 
É o transgressor de um ímpeto
 entusiasmo que não dança no 
signo puro dos teus olhos!
 Por que estar intoxicada
 de faíscas momentâneas, e sem 
o sopro vivo para fluir
 nele as luzes das verdades.
Corpóreos são os diálogos de 
emergências que sonda a boca,
 e essa na sua emergência metamorfoseada
 de uma aura fome padece a cata das 
migalhas.
RESISTIR?
boca
Contínua de busca
 é a tarefa
 de uma boca áurea, e que no 
instante que a sua língua passa
 pelo a delícia do néctar
 modela, e de soslaio, o exercício 
hábil de o seu mover por um 
sabor que foge da sua matéria.

Na sua face um significado. 
Um gesto de uma dança sem
ordem da coreografa que 
não projeta os seus passos,
 e que na sua última instância, 
a sua música se apaga para depois
 retornar abrupta e sem o 
resgate da alma que triste
 e só se esvai.
 Afoga-se a beber
 do seu maior sonho que certamente
 jamais lhe será doado.
Meu ÍCARO se afoga e eu por ele
NÃO POSSO FAZER NADA!
Mas tento nele buscar o que se
inscrevem nos seus movimentos
 e manifestos.

OH!CÉUS!

O método de um ensaio que tenta
 diagnosticar um exame de um 
modelo que prende e mapeia
 os suores organizados na
 cadeia do sentimento! E que nos
 seus toques muda a face com 
suas partículas brilhantes
 na película sensível de um 
coração que ama, e que sente
 o condutor dos músculos 
líquidos do amor no sensor 
da pele humana.

Morremos ÍCARO afogados?


Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas

Brasília, 09/05/2014

22:20

"A minha posteridade têm vícios. Mas não foram
 DEIXADOS PELO O MEU SANGUE.
Meu DEUS! Como isso aconteceu"?