domingo, 16 de junho de 2019

UMA CARTA DE AMOR: PARA VOCÊ






PARA VOCÊ
UMA CARTA DE AMOR

Escrito com anseio, porque enquanto a tinta corre pelo o papel eu choro de saudade, e cada símbolo que trago marcado na minha pele sacoleja o teu perfume, e o berço com o teu hálito me afoga, e bem quando vou dormir, e assim instala nas minhas lembranças o templo ornado de flores que sempre vejo na tua face.


Que belo frescor da expansão agora dos meus olhares, e isso porque os meus sentidos com os seus ecos profundos ouvem os sibilares dos ricos sons que me traz tua lembrança, e que no almíscar dos meus desejos explode o gozo maravilhoso das delícias dos mimos dos teus olhares, triunfante incenso que me orna todo o corpo com a sua profusão celestial.


Eu bebo com maestria o aroma do teu perfume, e tilintam nos meus dentes as cores e os sons que agora me faz companhia, e a fluidez musical entorna da minha boca com seus arranjos e a letra do teu nome.


Porque pelos montes úmidos dos teus beijos andarilho sou, e sob o sol depois da chuva dos desejos muito almejo encontrar teus rastros, e cadente e sedento te roubar um só beijo, pois no topo do fogo anseio sentir o seu ensejo, e no potente sabor do seu ardor me tontear com a ardência do seu desejo.
E que bela luz irradia as pupilas dispersas, o rouxinol e seu cântico, uma bela lua cheia com o seu emblema sentimental, pois livre e alegre vagueia no tear dos seus sonhos a colher seus belos segredos, a guardar depois no seu sono o sol que tanto foge, mas escrito nos seus raios leva seu nome.


Pinto meu retrato
 - Você ao meu lado-. 

 A luz e o pensamento já não mais disfarço 
esse amor. 

  Esse momento que me acende dentro da alma os 
castiçais de fogo.


 E não cessa no meu coração
 o mel, e não parar de beber o beija-flor, pois caminha sem fim, e na ânsia de te querer, o meu espírito, pois tu, minha rainha maravilhosa, luz magnânima dentro do meu seio caminha.


O clarão da tua formosura me incendeia,
 e assim bebo a beleza dos teus risos, o rubor da tua bela face, teus ardentes olhos que são derramados nas minhas retinas, e que brandamente temperam os meus sentidos, pois bebem dos teus seios a misericórdia do amor onde à viração do teu espírito espraie as ardências absolutas do teu perfume feminino, e cheio de ti está meus olhos, e ainda bêbado de amor meu coração, e a tua candura me consome de paixão, e no confessionário do palácio dos meus sonhos sempre a ti falo:


- EU TE AMO! EU TE AMO!    


Que belo impulso
 com a sua consciência tranquila! Jardim sensato onde o essencial do seu campo é perfumar a terra, e onde também um belo arco-íris sempre recolhe águas dos teus olhos! 


Teu mundo é um fenômeno 
da vontade dos teus desejos, e a manifestação atuante da mutação dos teus lábios causa frisson no meu coração, e isso porque a minha vontade objetivado no seu deleite é beber a sua profusão, exprimir assim a sua íntima substância, o fecundo particular da sua essência, e assim sendo na casualidade da sua identidade eu repetirei:


- EU TE AMO! EU TE AMO!

Os teus dons selam a niquices da tua alma.

 E está escrito em todas as folhas das árvores do meu jardim que não mais vivo sem a tua presença, pois gravado no meu altar o teu nome, e entre castiçais de fogo e alabastro, e com seu cheiro que borrifo no meu rosto, e assim eu visto seus troféus, e entre os tropéis de cortejos dos arcanjos, e bem no meio da palma da minha pinta eu pinto teu nome:




- Angel! Angel!



Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas 

Brasília, 16/06/2019

05:47 

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