terça-feira, 1 de maio de 2018

DECLARAÇÃO DE AMOR



 MISTURA
 DOS
 SENTIMENTOS
A ambivalência do meu coração 
que na dualidade conflitante da sua guerra íntima quer se chegar a ela. 

Mas que...

 Entretanto, afasta-se dela,
 e neste dilema, e ao mesmo tempo em que choro eu rio pela a  sua ausência. E o corpo sente e treme e só pensa nela.

- De quem eu falo?

Dramático obstáculo que me cala! 
Mas concebo a mim os seus complexos que ultrapassam os limites da minha alma. E  eu todos os dias sempre imploro:

- Por favor, fale!
A imagem de um caminhante 
a explorar a matéria complexa dos seus sentimentos, e que nos seus entrecruzamentos espargem lágrimas de saudades, e onde a projeção do seu passado sempre o remete as lembranças vivas que o leva a uma grande febre. E eu sempre me pergunto:

- Onde estará ela?

Um subterrâneo de aparência profundo
 onde escondido sempre me acho. Suculento devaneio e com o seu fermento que nunca se acaba. Por que todo o índice que vivi com ela, e deste o primeiro beijo até uma carícia mais simples e sensata.

 - Tudo se acaba!


Que crueldade! E SÓ AGORA ME ACHO!
E sempre perpassa por dentro 
de mim a ambígua piedade das minhas duas metades. Uma é oposta aquilo que é bom, e assim eu acho... E bem projetado em mim é a falta de solidariedade... Enquanto uma me quer vivo a outra me mata! E SEMPRE ME PERGUNTO às duas metades que agora não mais falam:

- Onde estará a minha doce namorada ?


E sinto por ela tremendo rebuliço!

 Pois nos seus olhares existem milhões de 
centelhas que faíscam delírios, e vê-las, 
e assim caindo...

 É como se fossem estrelas, 
e indagando o seu belo ardente AMOR. Iminente insigne 
que adorna o meu peito.  


Que violência destas duas metades
 que solavancam, e que sem domínio avançam desesperadas entre lágrimas, e aonde uma e outra não chegam a um acordo, e assim extenuado, e cada dia que passo eu me afasto da felicidade.
- Quem assim é? 
O coração? E quem avaliará os seus segredos? A sua qualificação quem fará? A síntese da sua sensação de onde virá?

Os artíficies do SEU BATER com sua 
energia enchem a matéria, e os exames dos seus pensamentos vagueiam na introspecção que têm as lágrimas por testemunha da nulidade de outro qualquer afeto feminino, isso porque o perfume da verdade se locomove por toda a pele. E como é maravilhosa a força que doma com os seus prodígios o cosmo de um homem que agora se sustenta com lembranças  dos dogmas do amor?  As suas tensões que se transformam em um belo musical, e onde seu conteúdo experimenta o fluxo do alimento descendo?
Gritam por dentro de mim 
os alaridos e assim engolem as transfigurações dos meus chamados, pois a porta da prisão se fecha e eu só no horário da desilusão sofro. Nepotismo de uma luz que me confunde, e “o mea culpa” cria vertigens de arrependimentos no meu espírito.

- Por que ela se foi?

A perturbação da distância onde
 a amada habita causa lesão ao coração, e o seminário das suas lembranças com o seu percurso estão alheios aos risos dos meus lábios. Assim desencadeia nos meus pensamentos o primeiro eflúvio de lágrimas de saudade.

- Onde você está? Fala comigo, por favor!



Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas


Brasília, 01/05/2018
11:20



"Desenhos dispersos, esboços inéditos e uma caricatura emoldurada que 
é a esfinge de um autorretrato do passado."


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