quinta-feira, 1 de março de 2018

TÉDIO DA VIDA NOVA




TÉDIO DA VIDA NOVA

EXAUSTIVO
conjunto de olhares nas flores do mal, 
e bem onde a sua escravidão o leva à babilônia. E o metaforizado cativeiro aliena a consciência de um POETA que desmonta o refúgio da sua inocência.
Rasga-se a alusão
 dos símbolos que se diz ser de paz. E não são restritas ao coração as mazelas que ferve a conspiração do próprio irmão, e o tédio na SUA mão repassa a escravidão.

SONETO

As fúrias pelejam com um vate moribundo.
Nas trevas os faróis do mal cortam os ares.
As foices de uma solidão emitem clamores.
Aqui e neste instante acabar-se-á o mundo!

Aves agoureiras chulas falsas vis frases.
Os sapos cantam bêbados na vadiagem.
O zéfiro possui aligeiro a pura virgem. 
As chagas em suspiros invadem os lares.

Começa aqui a belona férreas dos amores.
Os gritos dilatantes das almas imundas.
Nos cerúleos ares voam desejadas dores.

E forjando o coração a boa guerra estorva.
Em plena luz ígnea do atônico néscio dia.
O amanhã chegará com tédio da vida nova
O marasmo do sensorial 
da mente a provocar o espanto no vazio, e que no dissonante grito esconde o falso paraíso.

 Fria forma do seu
 grotesco que desapaixona a arte do AMOR, e no estranho olhar que pernoita no seu corrompido sentido, e que faz chorar o perfume que levado ao fogo é derretido.

Que profano! 

Mórbidos pilares!
 Fatal traço de uma identidade que aos olhos fora negado!

 CISÃO ARDENTE QUE CORRÓI O INTERIOR DA GENTE! 

A angústia que não
 perpassa na existência, e sempre à espreita a sua ambiguidade dar o seu sinistro como referência mentirosa de auxílio, e onde se instala sua falsa comunhão. Porque sempre alheios rodeiam as ligações dos seus desejos em querer roubar para si mesmo a alma do seu vizinho.

O jogo emerge
 e a contemplação da salvação aos pouco se esvai dentro de uma consciência que entrelaça o seu SALVADOR.
Dispersos no labirinto 
da angústia os símbolos da tristeza e dor. A inquietude perpétua, doentia e melancólica. A amolecida face ébria de um frescor estendido no sorriso amargurado. O anátema do seu mundo suspeito que suspira CHORANDO SÓ NO SEU CÂNTICO DE SAUDADE.

Uma lágrima inunda
 com o seu sal os ásperos lábios perdidos. Círios que fecha a comporta da luz e o seu templo escurece o libertino companheiro da solidão. Ergue-se e vem nua a sombra aos murmúrios.

Ancorado medo da dualidade
 que cultiva na sua alma e espírito o joio da morte. Aprisionado ira com seu chuvoso olhares de tédio. Um presente que não me pertence, e que jaz a minha porta. O vazio que se debruça em todos os capítulos dos meus livros. Formas apáticas de sorrisos nos anseios frios e infinitos. Meio século a chorar nesta existência.

- E AINDA SE VIVE!
Alargado furação que no lodo
 das decepções transpira enxurradas falsidades de emoções. A comoção elástica das mordidas dos lábios que não afugenta o medo que arrola no coração. O suspiro que pede exílio no inquieto beijo da consolação.

Que grande ópio a contaminar 
o teatro da glória do AMOR. O gosto do seu haxixe com sua tortura.

 Grande volúpia frouxa
 com um falsete gênio que se autodenomina ingênuo, e que nas visões de uma criança até parece “amiguinho” que nunca descansa, grudando com o seu sumário vinho de visões inalante, frenética substância de um unguento que enrijece a fleuma de um sonho.

- EI, VIAJANTE!

O êxtase aceso de um círculo
 que no tom do seu vício enche 
a barriga!

 Um golpe solitário 
na substância do sangue, e que digestivo arranca as entranhas! Teórica música que se arranca da droga quando no órgão o seu fantasma dança, e não desperta o pêndulo que a mente engana, infame arte, medíocre relva que seus objetos escondem! Porque trêmula e sem encanto é a DIVA que tanto grita pelo o meu nome. 

O misticismo que se dissipa
 no visionário cérebro da angústia, afundando a alma na caverna da discórdia, convulsivos olhares que faz arderem às memórias que se inflamam compulsivas na esmaecida agonia do peito. O leito que se conforta e tece estranhas criaturas de amarguras, resvalando às ilusões alienantes que mantêm férteis melancolias, adotadas de hábitos autodestrutivos com suas drogas de sórdidos suicídios.

- É SANGUE! É SANGUE!
- O MAU SANGUE! 

O ladrão pejorento no seu mal
 de blasfêmias - e entre lugares extensos e a brincar com o diabo, e na inocência de Byron, Blake e Shelley lhes faz confidências dos malditos beijos dado na SERPENTE. Pois abafa a ópera a luz ensanguentada do anseio sombrio. Ateísmo miserável e íntimo de um poeta vazio. Delírio na ferocidade do seu grande cio.

Rol de malditas fantasia!
 Quimeras herdadas pela a raça de “Caim”! - REBELDE SINTAXE - de um Baudelaire no mito angelical da sua fera. Cíclico de um anjo caído à margem dos olhos de Luzbel. INCONFORMADO domínio de uma sina feita mulher Jezabel.


- Ganharás os céus? E tanto se grita: vivas a belzebu o grande herege!

O plano da matéria que no
 seu universo ganha asas e voa pelo o seu avesso. A FADA QUE TEM RÓSEOS LÁBIOS e seios de berço dorminhoco. Delírios e insônias que se debatem feitos loucos.

 E contudo a minha vida
 se esgota e só desilusão atiça o ingênuo coração.
O simbolismo incompreendido 
da fêmea que no manifesto do nu dos seus seios o povo não estabelece a real sonolência dos seus mamilos, e onde nos ramos da queda da sua carne, e bem nas suas alturas dos beijos, a provocar a boca encharcada de saliva no auge da sua loucura. Pois a árvore balança o sepulto da verdade. O perfume da flor de uma solidão que o seu óleo faz escorregar a emoção. Virtuais clarões que banha de ódio um coração.

- Que fúnebre ciência!

Os frutos traiçoeiros dos 
embusteiros que no contínuo e sinistro seus desejos mantêm as bocas acesas! Satã a se orgulhar das suas proezas! Excêntrico silogismo da maldade que mora no seu peito!

- E a tudo se pede segredo!

 E não se acorda quando
 a boca expira o pó da maldade! Abastecendo-se do medo que se atira no ferro que atiça o fogo.

 A figura lendária dentro 
da memória que oculta Pitágoras! O grande charlatão que pinta a matemática. Pois se misturam as fantasias nas mentiras e também nas verdades.

SERÁ?
  AH! CHARLATÃO!  

Profeta falso e solitário a andar com os [últimos predadores da mocidade]. Fera canibal! Obcecado bandido que na neblina do desespero se esconde entre o chumbo ardente e as hienas da consolação. Pois o escravo teu nas sombras da morte se lança em defesa do território do teu pecado. ONDE na balada vai à caravana do xamã causador das feridas da alma. Veneno da ira com o seu ódio que enlaça o filho da inocência.

- Oh, prado inóspito!

 Monarquia onde a república 
do mal perpassa no "erótico" caso recôndito da vadia! Extensão do impulso maldito que conecta o corpo aos calafrios, e que são devotos dos vértices dos beijos perdidos! E forma o léxico encardido, e sempre emendado no feio pecado dos seus sentidos.

- E assim saudamos porque amamos?

Feiticeira insônia que se injeta 
nas imaginações faceiras dos desejos! E que translúcido penteado prateado 
BEM TRIPAL!

- Eu sou o bem!
(será falsidade?)

 Agnóstico e ateu!
 Verso branco com a revelação tensionado pelo o gênio que vigia o Éder. Tédio e miséria nos diálogos da loucura da mente! O veneno dentro da alma a inocular grandes inquietações ao coração.

 Ressoar letal dos sentidos 
dentro dos gemidos. A saltar aos olhos a cicuta da prosperidade.

Fanfarras misteriosas onde
 se banha na orla das suas bagunças o moço ébrio de AMOR. Instintos e memórias com os grifos feitos pela posteridade que registra O SEU MAL, e ainda acrescido do vazio dos gestos solitários de quem espera o sabor.

Ecoa o murmúrio lírico com sua
 epígrafe, e onde sua metáfora faz soar pela a janela da sua analogia o "sono" , e com sua potência de preguiça. 

E que irrisória declaração
 da loucura infinita do seu labirinto de persuasão! Insólita solidão a preencher por total o CORAÇÃO.
Oh! Morada humana!

 Incompatível mundo a circunscrever
 na esfera da vida as suas deidades de farpões ímpios! Coerência escrota de um ideário que perambula na crise de identidade de um fantoche!

 Onde se sustém a liberdade?

 A voz 
enunciativa do cânone da felicidade? 
 
A alegoria platônica de um falso 
riso na sua utopia maior! A corrupção do seu próprio coração, e com a decadência da sua amizade, e sem ordenações das verdades. Porque nas terras desconhecidas o incomodo do fruto da verdade gera um martírio ao ESPÍRITO, E ESSE aos poucos morre desvairado e MANCHADO PELOS OS PECADOS DA CARNE.

A lesão que estimula a inflamação
 do coração, e que no fôlego da existência nunca se obtém a sede de justiça, pois o nascer do vulcão nos olhares humana dilacera o inocente.

OH! MÍSERA ALMA HUMANA!


Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas


Brasília, 01/03/2018

17:08


"Eis que me roubam tudo..."