sábado, 6 de janeiro de 2018

OS TAMBORES DO DESASSOSSEGO





OS TAMBORES RUFLAM
 NA POÉTICA DO DESASSOSSEGO
(os sons harmônicos de uma música que flutua para sempre no
 espírito humano).

Um tributo de uma virtude que se esvai 
solitária.

 O molde dos elementos 
de um pensamento com a sua teoria suprema e sublime 
onde os sons íntimos se cristalizam dentro de um “verbo” que na ação da sua respiração a sua oração já não mais serve.

TAMBÉM SE VIVE OCULTO!
Porque os sons recônditos do 
espírito transitam no silêncio de um coração.

ADEPTO E SOB O DOMÍNIO DE UMA 
PERCEPÇÃO.

ENTÃO...

Debruço-me naquilo que instiga a alma,
 pois as diversas formas de um filósofo são intensas e sublimes. O mundo irrefreável do mito gerador do medo. O inconsciente sendo tema consciente de uma mente que não mais suporta os tambores que ruflam na poética do desassossego. 

Pálpebras que espalham
 as névoas das lágrimas penetrantes e brilhantes. As notas insondáveis que rege a imaginação quando essa no seu maior esboço fia as linhas do seu 
AMOR.

A definição das belas-artes 
que suscitam os manuais existenciais com suas operações de impressões nas grandes emoções distintas, e que na anexação do seu cândido olhar eleva o gênio da boa vontade a descoberta do verdadeiro coração.
Mas são cadentes seus balanços INGÊNUOS 
e sonoros. 

Uma chuva 
de efeitos nos sons recônditos que vêm do ínfimo da alma. A fragmentação mística diluída na música. Pois desprendidas vêm às notas ardentes que são derramadas no coração, e onde esse emerge rugindo aos gritos, e entre labaredas das dores e atrozes cortinas de sussurros. 

O abismo onde nos
 nervos aflora o prenúncio de uma tempestade. Mas saltitante ainda o prazer que metamorfoseia a vertigem que alça a linha de uma catástrofe iminente. Fulminante dinâmica com os sons dos tambores que não pestanejam. E nos seus ensejos brilhantes querem alcançar o mundo do AMOR.

QUEM ENTENDERÁ?

A coloração da imaginação 
que evoca o céu para que o pássaro lance seus voos 
mirabolantes!

 Um sopro fantástico 
com as suas substâncias de movimentos fecundos. Rastros de partículas que pintam os belos acordes na mitiga figura do humano. O estatuto real e bem engajado de um conteúdo que escreve seus dramas na harmônica batida da sua própria solidão.

EU OUÇO A MÚSICA!
Atravessa-me os seus sons 
e o palco veste os anseios da minha alma. Um paradigma de transitoriedade onde o propulsor da sua existência são as minhas lágrimas de infelicidade. Um círculo que ilustra nas pupilas o crispado voo de um tempo que não se alcança mais. O salto evasivo de um som a provocar incêndios no gráfico temporal dos suspiros.

Fixam cerrados os
punhos entre indicio de um precipício a possuir o encanto do ritmo no golpe do sol que aquém lança as asas no além. “A fração do som na relação dos seus intervalos que acumula o silêncio na acústica análise de um ‘só”.

EU DISSE:

"EU OUÇO A MÚSICA"!


 O “Sol Maior” 
NAS CORDAS da vida onde a sua aritmética soma os seus acidentes, mas mesmo assim, eloquente e ardente a ondulatória das curvas altas dos seus tambores não deixa em repouso as lágrimas dos olhos, pois na captura dos impulsos da felicidade se quer também gritar pela a sua liberdade.

Os picos se repetem!

 E as combinações diversas 
das batidas de um coração  que movimentam as ressonâncias dentro de uma alma, e que na vibração da sua percepção combinam sequências de sons ritmados, e nas suas alturas encontram eivadas palavras que no ar dos seus movimentos excita a caixa da sua existência.

O TIMBRE! O TIMBRE

 As vozes mudam e os instrumentos de combinação dos efeitos sonoros das suas amplitudes atiçam a percussão da minha vitória. Porque domino o seu silêncio e as suas vibrações são gravados debaixo da chuva de solidão, onde a sua dança lenteia a fluída matéria da paixão.
PODERES! 

Rasgando véus 
a gênese com o seu reino de sarça quente rompe os mistérios! O apocalipse da dor com o seu título desvelado de pavor! Batismo de tristezas no coração de quem deixou o grande “Eu o Sou”.

ADONAI! ADONAI! 

Que belos voláteis sons sobrecarregados
 que brotam das memórias, e dentro dos acordes que escutam o silêncio.

 Mutações que entornam jogos
 audíveis de uma saudade com seu ruído, tom e barulho cheios de lembranças.

O vazio que em trânsito
 das ressonâncias do silêncio dobra o cabo da luz de um amanhecer onde se cruza a estampa da sua sombra, e no degote melancólico do peito uma corrente amarra com as suas amarras a fivela que não se solta dos seus cabelos. 

O último suspiro virá 
no juiz final, e sendo induzido pela efetiva inserção de um coração que no ambiente do seu processo metafórico odeia a geração de humano. 

Integrada dinâmica da
 morte nas encadernações dos livros das fantasias que rutilam feias e frias os acervos da agonia. Brochuras que se desmancham com os olhares maldosos e onde suas organizações levam as lágrimas. 


O cheiro dos meus passos levam os manuscritos das minhas memórias. E quem folheará as páginas da minha história?  O legado das conversas que se perderam!

Ouço o viés do último tambor que me chama! A convocação de uma identidade para moldar “Aquele que nada é”. O momento íntimo da separação do seu respiro.

Um afastamento progressivo
 dentro de um pensamento que labuta nas tristezas. A aniquilação com a sua aparência e expressões inconciliáveis, redutível nas suas contradições e onde olhos espiam a tortura da criatura aflita sendo enlaçado pela a persuasão absurda da vida.  
 Onde vive a Elegia e o amor?

O erguido céu com suas sinfonias radiantes e vivas.

 Fundamental extensão
para a fixação de um olhar cheio de paciência, e que tomba na providência alardeada de uma leitura que fecunda a voz fluida de uma solidão.

DESASSOSSEGO! DESASSOSSEGO INFINDO!



Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas


Brasília, 06/01/2018

17:10


"Eis que recomeça tudo de novo..."  

O LUTO SEMPRE VEM!
CHORO!