POEMA
VIDA SEM SIGNIFICADO
Sou uma vida sem
Significado.
Um pouco de um resto.
E que BEM LÁ...
ATRÁS FICOU!
ATRÁS FICOU!
E o que restou?
Vagante e
inebriada
fome laureado pelo o prêmio da discórdia
com o seu coração errante.
com o seu coração errante.
Dormentes
luares murmurantes com seus
luares murmurantes com seus
ardentes frios delirantes.
A fustigar misteriosos
sonhos que se levantam em pó de esperança,
e que na dormência se lançam vazios.
e que na dormência se lançam vazios.
Cruel mal que NASCE
envolvendo o nutrido pórtico do desespero.
Desejos que germinam
batidas que se
arraigam pelos os lábios
sem esplendores.
Latejados punhados
elevados de
saudades... E foram isso que
do peito brotou.
E que belo
cárcere
nas tardes imensas das solidões profundas, e que faz suspender e depois
descer aos pés o seu mundo DE DORES.
Atroz olhar
que entre as grades do tédio acusa o
peregrino
que só sabe chorar.
que só sabe chorar.
Inconsciente mundo abstrato...
Mas tão real!
Mas tão real!
Luta
cansada
que sempre procura a sua DERROTA.
Súbita mancha de
um ar que olha o
mórbido riso onde
aflora a dor escura.
E com a sua rutilância absurda.
O monstro da repugnância
da sua ânsia. Pois me afaga a fera que ao meu lado anda e mora, e na secreção infame ela só sabe
aflora a dor escura.
E com a sua rutilância absurda.
O monstro da repugnância
da sua ânsia. Pois me afaga a fera que ao meu lado anda e mora, e na secreção infame ela só sabe
gritar meu nome.
Oh, volúpia rítmica
de um ser na perpetuação inconclusiva
do seu viver!
do seu viver!
Como é o ser?
Ceva-se
a
simultaneidade dos contrastes do coração
que fomento bebe a serenata solitária.
que fomento bebe a serenata solitária.
Intensa
e
fúlgida prática a se erguer no
desespero da alma.
desespero da alma.
Grande figura
quebrada na
recomposição do
aspecto humano.
aspecto humano.
Braços esticados
e cérebro restaurado para a
configuração
dos pecados.
dos pecados.
E onde se acham
milhares de peças para montar um
corpo dilacerado?
corpo dilacerado?
Pois o tom
da voz se eleva
no afrodisíaco rubor de um rosto encantado.
Poderoso é
o espontâneo abrir dos
seus olhos que depois
se deixam fechar para o choro.
se deixam fechar para o choro.
Silêncio!
Mergulha-se
cheio
de ardor dentro dos seios que
aquecem E DEPOIS ME MATA.
aquecem E DEPOIS ME MATA.
A oferecer o veneno da
discórdia.
E se rasga
e se emenda na alma o desprezo da
PAIXÃO.
PAIXÃO.
Que belo calor
a
canção e a extrair o doce
do coração.
Cortejo escolhido pela a força
da paixão.
do coração.
Cortejo escolhido pela a força
da paixão.
Atropelado fôlego
que na sua instância difusa não reconhece
a música do SENTIMENTO.
a música do SENTIMENTO.
Uma
superfície
fictícia onde a intensidade de um sentimento
ingênuo se oculta.
ingênuo se oculta.
Tópicos
e artífices
que não alcançam as metáforas e não penetram nos sentidos do AMOR.
Obscuras construções
sentimentais sem a remissão suprema da amizade.
A vida sem significado que o próprio
AMOR DEIXOU.
A vida sem significado que o próprio
AMOR DEIXOU.
DOR!
Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas
Brasília, 16/07/2017
Um domingo sem movimentos.
18:23