domingo, 16 de julho de 2017

POEMA: VIDA SEM SIGNIFICADO



POEMA
VIDA SEM SIGNIFICADO

Sou uma vida sem
Significado.

Um pouco de um resto.
E que BEM LÁ...

 ATRÁS FICOU!

E o que restou?

Vagante e inebriada
 fome laureado pelo o prêmio da discórdia 
com o seu coração errante.

Dormentes
 luares murmurantes com seus
 ardentes frios delirantes.

A fustigar misteriosos
 sonhos que se levantam em pó de esperança,
 e que na dormência se lançam vazios. 

Cruel mal que NASCE
 envolvendo o nutrido pórtico do desespero.

Desejos que germinam
 batidas que se arraigam pelos os lábios
 sem esplendores. 

Latejados punhados
 elevados de saudades... E foram isso que
 do peito brotou.

E que belo cárcere 
nas tardes imensas das solidões profundas, e que faz suspender e depois descer aos pés o seu mundo DE DORES.

Atroz olhar 
que entre as grades do tédio acusa o peregrino 
que só sabe chorar.

Inconsciente mundo abstrato...
 Mas tão real! 

Luta cansada 
que sempre procura a sua  DERROTA.

Súbita mancha de
 um ar que olha o mórbido riso onde 
aflora a dor escura.

 E com a sua rutilância absurda.

 O monstro da repugnância
 da sua ânsia. Pois me afaga a fera que ao meu lado anda e mora, e na secreção infame ela só sabe 
gritar meu nome. 

Oh, volúpia rítmica
 de um ser na perpetuação inconclusiva 
do seu viver! 

Como é o ser?

Ceva-se
 a simultaneidade dos contrastes do coração 
que fomento bebe a serenata solitária.

Intensa
 e fúlgida prática a se erguer no 
desespero da alma.

Grande figura 
quebrada na recomposição do 
aspecto humano.

Braços esticados
 e cérebro restaurado para a configuração 
dos pecados.

E onde se acham 
milhares de peças para montar um 
corpo dilacerado?

Pois o tom
 da voz se eleva no afrodisíaco rubor de um rosto encantado.

Poderoso é 
o espontâneo abrir dos seus olhos que depois
 se deixam fechar para o choro.

Silêncio!

Mergulha-se 
cheio de ardor dentro dos seios que
 aquecem E DEPOIS ME MATA.

A oferecer o veneno da discórdia.

E se rasga 
e se emenda na alma o desprezo da
 PAIXÃO.

Que belo calor 
a canção e a extrair o doce 
do coração.

 Cortejo escolhido pela a força 
da paixão.

Atropelado fôlego 
que na sua instância difusa não reconhece
 a música do SENTIMENTO.

Uma superfície 
fictícia onde a intensidade de um sentimento
 ingênuo se oculta.

Tópicos e artífices
 que não alcançam as metáforas e não penetram nos sentidos do AMOR.

Obscuras construções
 sentimentais sem a remissão suprema da amizade.

A vida sem significado que o próprio 
AMOR DEIXOU.

DOR!

Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas


Brasília, 16/07/2017

Um domingo sem movimentos.

18:23