terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

A SEDE



A SEDE



ACELERADA A SUA TRANSIÇÃO NUNCA SE ESGOTA, e dos seus turbilhões uma infinita sede, impávida, consoladora nas sensações acústicas do fluir líquido das suas eternas cores. E nada inodora.
 Contemplada com as vibrações do cair de um perfume de comoção, e quando dela se bebe... 

Olfativa é o CHEIRO DO seu gozo, e auditiva a sua consoladora que nos chama para o seu espetáculo.

Uma rajada
de ar e com uma lufada de meiga
sensualidade.

Um doce suave E BELO tesouro 
eloquente. 

Iluminado a criar flores e frutos em um meigo esplendor de um santuário, e dentro de uma Veneza de almíscar e jasmins, e no sândalo perfume da simplicidade para as afetações dos olhares do império ousado de uma feminilidade.


O prazer que se destina a obter a emoção, 
e nos contornos dos artísticos doces dos 
moveres dos seus atos... 

Desenvolvem-se todas
 as suas pigmentações na úmida boca aberta.
 E depois fechada.

Uiva-se
acendido nos seus altivos sonhos 
delirantes, e cheios de versos metrificados,
 às vezes soltos, e quando se quer a GRANDE 
inspiração ardente se move sem regras,
 e bem afoito o rugir da harpa a ferver os 
ventos. O galope febril de um peito que 
arrasta o seu caudal de sentimentos pelo o 
interior tão ardentemente. Uma terra 
cheia de significado por onde se sonha a
voar pelos os seus mistérios, e privado se 
afoga nas suas memórias secretas, 
e que se encontram nos elogios dos beijos,
 e que no caminho da evolução do seu doce
 reencontra a sensibilidade, e com uma
 melodia da graça desenrolada, e com
 instrução para a meditação. Um mergulho
 cristalino na efervescência dos braços
 azuis, e com as virações dos seus hinos 
a consolar o amor.

O UNGIDO.
A fragrância.
Porque se veste do seu respiro o hidratante corporal da sua alma. O crescer do óleo da sua mensagem a exalar uma sensação diferente por toda a parte do corpo. 

O seu fôlego
é ecoante e as explorações fortíssimas da sua sonoridade elegante fazem nascerem cenas enfatizadas por melodias, e com continuidade de deslocamento, e ainda alcançadas por um compasso subordinada a sua elevação, e TAMBÉM ao seu grau sonoro da vontade.


DEIXE-ME BEBER!
Preencher
a vontade sentimental com as sensações evocadas de um amor, e que nos seus odores movimentam as suas paisagens, e na especulação de que algo possa observar os seus movimentos e eventos da sua natureza rica, e na doce coloração da sua forma romântica e emancipada de todas as suas figuras, e assim  resgatar os seus risos e brincar com a sua  
ingenuidade.


Subtrair
uma percepção e afinar a ressonância do seu sentir nos rabiscados suores, onde o período dos seus dados se aglomeraram, e depois se afogam com o seu prazer. O íntegro elixir hipnótico e magnetizador das alucinações das suas dosagens apalpáveis no cociente da sua flor.

Oh, pressentimento de uma profecia que
abate os pensamentos, e rompe a língua de gestos indecentes! 

Indiferente talento que se apluma contente na sentinela das lágrimas sublimes que
 saltitam alegres!

Zeloso, constante empenho de uma veneração formosa, e de benevolência suave, e festa para as pretensões românticas e doces que não cessam de gritar!

Escuta o
clímax das vozes que se levantam, e nelas a atmosfera potente de um senso com a regente passagem para uma região intensa de realizações divinas, giros fortes de insinuações na sua imaginação que se arremessam na amplidão dos aromas em perfumes!
Como atento em acariciar o sentido mais íntimo do amor, e no seu absoluto fragmento sensível ser o principio do seu abalo, sabedor das suas direções, e contador de todos os seus beijos, e nos itinerários dos seus prazeres articular entre mesclas de desejos e ensejos todas as suas delícias românticas.

Os meandros
da nudez de um modelo amoroso com os seus assuntos que conduz ao seu universo grandioso, colocando as peças dos seus manuais nos jogos das discussões dos olhares, conduzindo os riscos de desejos, a instigarem o seu nível 
maior de prazeres.

 A intentar ir além, atravessando emaranhados sinais da pele. A conduzir os pontos de equilíbrios sem recursa, e dentro de um silêncio onde os afagos tecem um império molhado,  e ESPALHADOS depois por lábios que se secam.
Visados movimentos sublimes que sustentam as compreensões da FÓRMULA de um
EU apaixonado. 

Uma análise que se apercebe de um poema iluminado.

Os segredos das juras descalças no cheiro dos sorrisos que se entrelaçam, a soar a ideia de uma forma que brinca com um retrato, as mensagens que coletam os abalos, e que são escolhidas quando se olha, e na posição de intervenção se pede,  e diante da projeção da revelação das pupilas que se entregam a paixão.

Deixe-me dirigir e controlar a capacidade de uma tinta, e com o seu impulso estabelecer uma colagem de criatividade dentro do teu coração, e peitar a tua timidez e dela desmitificar o seu medo, e assim resgatando a coragem dos teus abraços!

Uma lâmpada 
a escorrer o seu azeite na imagem de uma 
face pela a tinta da emoção pintada.
Um percurso ativo nas cenas de um personagem revelador. A expor a sua memória extensa e viva, e assim revelando o volume intenso, inapagável de uma boca cheia de água. Editando os riscos de um pincel no campo de um poema tão enamorado!

Oh, Como é cândido anteceder o volume de um pacto, e no seu material de totalidade reunir as peças que são ligadas deste um olhar ao fechar completa das almas!

Arder nos movimentos que assinalam as tramas de perspectivas mágicas e semeaduras na procriação dos atos de um culto tão loquaz!

Instigante
se busca através de uma percepção os contínuos cíclicos vivos da sonoridade que marca as lembranças, e na batalha da composição das tristezas alegre o amor se acha fluindo na liberdade.

As citações das linhas que transitam na ideia da alma, e que se fixam esgotadas a ouvirem...
QUANTA SEDE!

Desiludido o olhar arguto ainda espera, e exiladas as pálpebras, e queimadas as suas retinas ainda sonham que os argueiros sejam retirados, e que a sua visão seja mais ampla e sem sujeira.

Perscruta
a irreverência de um agressivo desequilibro de um pensamento, e o cerne comovente de um coração jaz em uma tarefa solitária, e que insiste na ligação perpétua da esperança, a fornecer ilustrações instáveis e não desajustados das soluções para o melhor sonhar de uma alma que
 dorme para viver.
Que bela e doce e grata lembrança 
de um império sem críticas, e onde nele 
se agrupam os originais e replicas de um 
artista que vislumbra as seções das amostras dos verdadeiros sentimentos!

Gerador de uma missão que mistura
 o seu universo para designar os traços unificados de uma língua que ler sem sotaque a infinitésima
parte do espírito humano!

As imigrações dos esforços fechados 
das lágrimas caminham para o estrangeiro 
campo, e o mostruário da sua morada
 está escondida, e sem enfeites a decoração
da sua alma se perde entre lendas e
fantasmas dentro da sua casa.

Belo floral em procissões de perfumes.
Convidando borboletas revestidas de nódoas das seivas de flores, incensando um aroma que se debruça nas trepadeiras dos olhos a cogitarem doçuras. Adorado monte a despertar nutrido o físico registro da ressonância do sonho. A amplidão de uma estrela onde sobre ela chora o pastor
 com sede de justiça!
Fundir a profundidade de dois corações e assim obter a proliferação dos exercícios das suas bocas que sopram o  hálito palpável.

Oh, Aura das delícias! 

- Onde estás? 

O eco que se esconde e não faz soar teu nome? Mostrai-me a tua formosura e me
 responde:

- Onde está aquela que muito amo! E se nos seus olhares a minha alma se esconde!

Pois se desembarca cheios dos vestígios de perfumes que afloram odores, e a sua luz simbólica estoura, e em um embate descritivo vêm heranças que alcançam e norteiam as mensagens, e que nas suas aberturas um secreto desígnio CHAMA: 
- Onde estás?

A SEDE!

Chave ilustrada a fornecer o adorno. Porque todas as minhas declarações de amor foram excluídas, e não foram postuladas nelas as verdades, e o exame das suas sensações foram colocadas em um coração duro e mau.

A graciosidade de uma voz eloquente que oferece iguarias, e que arrefece gloriosa o incentivo de uma vontade jubilosa e com grandes atrativos.

Que bela e viva linhagem onde o seu aventureiro ousado é um belo vidente, e onde as figuras do seu feitiço marca a explosão do místico ímpeto respiro. A coerência de todo o seu conjunto a desenhar ciclos vitais para a partícula andar pelos os seus laços. Os ruídos das suas paisagens na fusão do nascer de um sentimento agitado, e com todas as suas veias a reabsorverem o fogo do coração.

Preparo a minha autoridade, porque solene é o cume do meu amor, e eleita é a noiva que fia a seiva sábia da esperança, e conjugados são os domínios de felicidades que transitam por cada fio dos seus cabelos.

Oh, Deus!
Entretanto eu devo morrer de sede!



Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas


Brasília, 02/02/2016

21:31

"Pobre Brasília... Eis que ele morre no seu silêncio..."