quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

A MATÉRIA DESPEDAÇADA





Persuades-me
 o estrago da tua quimera!
O VENENO violento do teu labirinto!
Expressão falsa onde sempre dizia:
- “Que o amor era benigno...”.
A MOSTRAR
A DUPLA FACE DE UM  FALSO
MENINO!
A matéria
de um céu predestinado na sua potência a esconder as suas nuvens aflitivas. A esfinge da sua língua com o seu senso ridículo, e que desperta os climas frios que programam as evocações de uma dor nas luzes partidas e sombrias das mentiras.

Uma afronta que na sua aflição é um vestíbulo ecoando mavioso em um coração, e que na sua nuança a chita do seu vestido não lhe cobrem os seios.

Deformar o entusiasmo na anônima tragédia da reação da alma, e no equilibro da melodia  abordar o seu som para a extensão compreendida da sua altura,  e na vaporosidade da sensação do seu intervalo ser  o falso e sombrio da sua pausa. 

E ONDE ESTÃO
 OS MEUS FRAGMENTOS 
INACABADOS? 

Os pareceres 
dos esboços das alegrias que ficaram 
caladas?

Ouves
 o seio profundo, e que no calor 
do seu suspiro faz nascer por dentro um novo mundo! 

Altíssima confissão que lhe salta do olhar, e assim adensando a paisagem que
 borbulha clarividente no
delírio complacente, e que inspira o poder acariciante da liberdade do seu
 gênio, pois as ocorrências ilusionarias são revelações de um depoimento que não cansa de flertar com a alma.

Onde
 se devem encaixar as peças fundamentais e sem defeitos no cerne da alma para que ela se torne mais humana? 

Vislumbrar o mergulho das suas forças e conceber as suas pegadas sem a colisão da
sua vaidade e egoísmo, e assim com a gravitação dos seus sentimentos unificar todas as suas leis, e depois
 submetê-las as grandezas de qualidades demasiadamente humanas.

Onde
 se subloca o principio coordenado da essência do Espírito no cósmico da sua existência?

 O rítmico
 transcendente da partícula dos sentidos imortais da fonte evolutiva da sua
 bondade?


Furam as minhas mãos e depois as amarram nos padrões das encarnações das suas maldades, e designam a caminharem sorrindo, e os quais, E PONTIAGUDOS, eis os espinhos de composições doentias das suas maldades  cravados mais profundos nas minhas carnes.
A dimensão pesada de uma consciência que adelgaçando as suas ações sem aparatos tenta a respiração da sua salvação.

 Eis que se perde ao exsudar suas criações impregnadas de colorações de pensamentos maus, pois as repercussões das criações vibratórias dos seus pecados são reais, e nas ondas de atmosferas dos desejos originam as intensidades dos desequilíbrios da sua matéria.

O pensante da intoxicação que altera o psíquico da intimidade sem o saneamento da evolução condensada dos afetos.

Ora, o seu som é inconsciente e a percepção da sua substância é externa, e os elementos da doutrina do seu corpo são primitivos na matéria que lhe concebe as imaginações doentias, porque as divisões do ocultismo das suas visões são cegas, e os fenômenos dos seus laços isotéricos são egos diversos a representarem os seus vários mundos de mentiras soberbas.

O adepto chora ao ler dentro do seu reino o seu nascimento, e o choque das ondulações das suas ilusões é o recipiente de forças para a chave do seu uno, porque o simbolismo da sua Cruz é um emblema confuso que se congraça com a significação acidental do olho do seu Sol, e que sob a forma de sombras, o laço, a sua teia que nasce astuciosa e sem convicção da sensibilidade que mata e devora.

Porque se sente o cipreste que no silêncio deita a sua sombra no monte da alma, e essa chora de saudade a escrever no vazio dos passos o cântico roubado de uma saudade.

 E folheiam-se as orações na torre do fanatismo da desilusão, e os versos de névoas exaltam o amor perdido na tortura da flor, e  essa na sua biografia adultera os seus manuscritos, e  soluça ao luar caindo nos delírios intensos das mágoas errantes dos festins a chorar.

Sente-se fome pois no peito o infinito.
Esplendor que deseja o amor alcançar.
Vontade de morder e logo depois beijar.
Ser condor e voar no esplendor do grito.

Uma sede infinda é essa vontade de amar.
É querer está assim estremecido.
Entre pedaços dispersos de gemidos.

Pois algo move e mantém preso o rosto de aparência desumana. A máscara que nos seus festejos veste suas emboscadas no palco ditador das suas inverdades, articulada forma de um fantoche na figura íntima da amizade, E DENTRO DE UM BERÇO sem prosperidade.

MAS ESTÁ TUDO FECHADO


Debruço-me mesmo cego a ouvir dos meus próprios tímpanos os ais esvoaçantes a gritarem perpétuos diante de um mar que me 
afronta.

 Isto é a voz do afastamento carnal a expressar no poema do amor o ri emocional dos ritmos de um coração bem acentuado de
 emoções.

 Como é rígido o frio que vaga pelo o interior, e uma ponte não se estende sobre o abismo do coração, porque encravadas estão as unhas dos pés, e eles não amassam o barro que rumoreja o hálito, pois fraca é a lua cheia e esfarrapada que paira nas noites sonâmbulas e doentias de uma louca agonia.

A arqueologia das palavras está encrustada nos meus lábios, e os meados das consequências dos seus significados é o gênio da fonte de um jardim que decifra o enigma de um coração enamorado.

CHORO PORQUE 
ESTOU APAIXONADO!

Mistura-se solene o sublime nas lágrimas, e o seu indício do seu belo é postulado na força dos risos que constroem as insígnias dos primeiros doces que desembocam pelo o espírito.


Oh, a íntegra dos voos da minha borboleta é curiosa, e às margens do seu Mar de Solidão, fecho os olhos para sentir roçar na pele a fímbria da sua túnica que me cobre o coração, e assim fazer abrir a sua luz como a oração da salvação.

Despedaçar-se para amar?
O que faço e o que falo diante de uma matéria despedaçada?

PORQUE


Abatida 
alma impele a devoção de um âmago 
que no livre céu da liberdade
 sela o ego.

 Determinada e forçada.

 Assim obsoleta!

Um posto
 sem janelas! Sem as linhas de Pitágoras 
e uma hierarquia clássica de 
um Aedo.

Cavernas 
sem um Plantão.

 E uma só
 conversão de tantas falsas 
moedas.


E uma 
Musa em delírio a brincar com 
o poeta. 




Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas


Brasília, 10/02/2016
21: 10

"Oh, meu Deus! 
A minha recepção está cheia de bajuladores 
a pedirem as bênçãos para a emancipação 
das suas vaidades!