quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

TERAPIA RECREATIVA





Sempre
acordo nas manhãs
 sorrindo, perfeito e cheio de
 renovo, mas durante o correr das
 horas, e dentro dos dias EU me 
estrago...
 Por que a montagem da 
minha face é um monstro gerado 
pela a necessidade de ser 
aquele que não SOU.





OU SOU EU?

Mencionar e atribuir um transtorno
 mental a um infrator, e que nas 
agruras internas de uma carne desperta
 andante a viciação de um veneno 
da angústia no obsidiado, e que 
esse busca um diálogo instintivo 
para o deletério condensador da sua
 dor. 
   
“Prefiro o gênio grandioso
 de um coração rico do que apenas 
um corpo sem as curvas da 
admiração”.

Indefesa estar a alma, e
 os seus distúrbios impulsionam
 o porte arrojado de um coração
 sem vícios, mas os invejosos
 sintomas transpõem com as 
suas obsessões traumáticas e 
aferram com os seus impulsos
 enfermos o íntimo que se agasalha 
e hospede o ardente 
AMOR.
O seu TRÂNSITO TELEPÁTICO
 é mórbido, e as suas agressões
 mergulham, e assim Induz
 O PERSEGUIDO com a injunção 
seletiva das suas recordações, e o 
assenhoreando, e sem defesa o seu
 campo interno que é subjugado pela
 as fascinações perniciosas das faixas
infinitas e vibratórias do universo
 das suas vibrações 
criminosas cai em delírios

Que bela variação ocupacional
 e mórbida da amputação de um Eu 
nos acrescidos e degradantes 
efeitos de uma anormalidade sem 
compreensão, e ainda estrangeira, 
reclusa e com o seu passaporte para a 
solidão!

O libertino vidente e pervertido
 das queixas da preguiça.

  A 

impedir ainda um estigma de luxo
 dentro de um coração que anseia 
se livrar da sua loucura.

Que monstruosidade depravada 
de uma patologia mental, e com a sua
 criminalidade a lidar disfarçada 
com o SUJEITO ainda não excluído da 
sociedade.

- Eu estou bem hoje, doutora?

Por que o seu juízo interno se 
submete as torturas que transgredem 
os estranhos pós-pisados de uma 
melopeia triste, arquejante no 
seu ritmo e nos soluços dos 
seus cânticos embalados.

Abro os olhos e desponta 
o chilrear de um anjo no seu 
céu a me tocar sorridente.

avisa-me:


 Pois
Um charlatão brinca com as
minhas bolas de sabão, e 
despertam os delírios que
papagueiam na banalidade das 
suas imagens, e tenta turvar 
coração da criança.

Que bela perturbação a 
farfalhar como se fosse uma folha
 caindo.

 A alcançar os desconhecidos 

 monólogos que se inclinam 
diante do sofredor trapezista, e 
que voa na flor da sua folha que vai
 caindo.
E ele jura que vai subindo!

Aprisionar a visão e depois
 apaga-la do coração a intensidade 
do seu fogo, e da sede dos seus seios
 matar a carne infinita que nunca 
cessa com os seus urros de
 prazeres.

Escutando a dissipação da voz do seu
 adivinho, e assim assumindo o seu 
voluntário
 diagnóstico na carência de um 
ambiente em risco.

 Incorpórea é a sua imaginação 

em um breve realce mítico-latente, 
por que no seu além se chora, e a 
profusão do coração não repousa,
 e no desperdício do seu
 esgotamento a sua dinâmica tem 
outras tantas medidas.
Oh, meu Deus! 

Devo construir
 para a minha língua
 um círculo de ornamentos, e assim
 receber a sua boca com os sons 
agraciados por um mover feminino,
 e com uns lábios arrebatadores a 
espalharem um perfume de mimos 
e niquices de uma mulher estonteante, 
e que causa no coração sonhos tão
 suaves!

Outro bom dia da minha boca seria
 tão pouco para cumprimentar
tamanha ansiedade...

Portanto, 

eis que prostro as minhas memórias 
diante desta futura visão, e aclamo com
 veemência a mulher tão especial e 
angelical, e que no seu trono sublime de
 beleza morde seus próprios
 lábios...

 Olhar assim uma dádiva é sentir
 e ver um universo cheio de estrelas, 
e com mãos trêmulas só em pensar 
tocá-las...

EU GELO!


Ter 
algo a dizer e na extremidade
 de cada palavra separar a
 ignorância que transforma os pontos 
de contatos das frases EM 
UM LIBERTINO da loucura, e 
que incide o seu combinatório
 de ociosos instintos em afãs da
loucura.  

A gestação de um manifesto
 a se misturar no consumado vazio,
 aderente nas revoluções da alma que
 se desprende da maturação de um fruto
 estéril.

- Eu estou melhor hoje, doutora?

Devo inverter o dorso do meu nariz
 e olhar com os olhos cultivados 
de uma revolução no céu que gira sem
 harmonia.

 E no alto grau do seu elixir 
aniquilar o rejuvenescimento de 
um escuro, e que transita como doença
 agindo no cérebro e a causar danos
 com os seus devaneios.

Quem dará asilo às razões já julgadas 
mentirosas pelos os que se dizem
 cônscios do bem, e que não escutam 
o moço órfão sendo atacado por uma
 médica feroz, e que tenta excluir 
o louco da matéria que não
 existe?

Que belo efetivos de fluxos 
mentais, e que são concebidos
 por uma fórmula analógica o 
sã da consciência!

 A expressar índices onde 
o especialista anota os distúrbios
 da mórbida loucura com as suas 
designações, mas utópicas do que 
práticas, e afunda as manias de
 um louco na sua própria fantasia de 
loucura.

As evidências alucinatórias dos
 meus delírios são acentuados por 
uma anatomia de cartas episto 
grafadas por uma delirante médica,
 e com o seu personagem que julga 
as perturbações conforme os efeitos
 das drogas em delírios.

Leve o meu líder encapuzado,
arranque as suas unhas e o faça se 
ajoelhar com as suas mãos amarradas, 
e se eu ainda estiver vivo...

EU
 verei o 
trasladado do seu corpo sendo levado
 ao destino do seu nascimento para 
sentir o primeiro tremor de um amor
 que mata.
- Por favor, doutora, eu estou bem hoje?
Quero 
expressar a minha liberdade,
 e nos princípios da sua solidariedade
 tentar amar o meu profeta, e assim
 exaltando a segurança em mim 
quando com ele estou.

Por que seus largos braços me
 amparam, e as gargalheiras do 
meu luto vão embora, e minha 
matéria arranca a sede dos seus
 carinhos que se abrem em formosuras, 
e eu lhe digo que nos seus braços
 estou seguro.

Rebelde é a perplexidade dos
 meus testemunhos a se espantarem 
amarrados nos edemas irônicos 
de opressão na amante dos meus 
sonhos, e a sua emoção nítida brinca 
nos rabiscos da combinação dos
 estímulos das pinturas, e que 
mudas não se exprimem, mas 
o seu mundo vive latente 
nas premeditações inconscientes 
dentro do louco que mora no
ínfimo da SUA GARGANTA.

Mas eu carrego a Águia 
dentro dos olhos e ela obedece ao 
meu brinquedo de menino 
ingênuo.

 A fazer comidinha para o experimento
 dos voos alçados das suas garras 
pela a também perda da sua
 inocência.

     A intuição revela a faceta que 
investiga, e às escondidas, o seu 
pulsional inaugural da primeira 
dinâmica, e não sólida de um beijo
 dobrado a serviço da incubação 
de um dote arranjado que desabrocha
 saturado. 
A preparar o orvalho 
para o choro desferido das pálpebras 
machucadas.

O mundo onde me jogam visa
 aplicar as suas perversidades, e o seu 
doente não é utópico e não se opõe 
a metamorfose propulsada do fluxo
 líquido de um frasco de cicuta com
o seu mel e o seu cheiro a brotar
 um convite tão seguro.

Sempre vejo Narciso brincar com 
a sua bonequinha, onde a mania da 
sua ignorância traz possessão de
 um exercício sonolento, cuja sua 
intensão sensível é se amar e amar
 cada vez mais sem a necessidade
 dos acessos do amor e nem os seus
 favores.

A AUSÊNCIA

 COMEÇA COM um rombo,
 e eu suspeito que Narciso é o eleito do 
seu domínio no meu peito.

Por que ruge dentro de mim um 
fantasma humano. 

Um ASPECTRO IGNÓBIL do 
meu espanto.

 E se Narciso se embesta eu
 levanto.

 Outro duende ainda mais 
desumano.

 E todos
 esses espectros comem e
 cada um na testa tem um 
nome. 
 
Desperta intensa a lira do infinito,
 e o caráter maravilhoso da minha
 música influencia o meu livre-arbítrio
 que ressoa intenso no luxo elevado
 da música que se derrama para me 
receber.

A resolução da razão ainda brinca,
 e a bonequinha nas mãos de Narciso 
tenta lhe falar do critico juízo que 
tributa os seus impostos em altas 
cargas de pesadelos.

 Entretanto afinco

 dentro da sua beleza ele somente 
balança o seu musical para 
adormecer a sua vaidade.

Que gozo encantatório no Logos 
de um jardim que descobre os seus 
poemas de fogo, mas os seus lábios 
silenciam, e não deslizam sobre eles a 
fusão dos beijos para a glória submersa
 do coração, e que nas réstias dos seus
 desejos se esconde e nos vestígios 
constantes do seu passado
TENTA GRITAR SEU NOME.

Quem falará 
TAMBÉM o meu nome? 

Com os seus poderes sofisticados, e 
sem articular o Prometeu que existe em 
mim?

E sem derramar nas minhas vísceras o 
dissecado sentimento do fingimento?
VOA ABUTRE!

Oh, meu Deus!
 O meu camarada vive a perguntar 
da recôndita loucura que modifica
 os meus dois olhos.

 Será que ele nunca 

viu que eu tenho apenas
 UM!

 E que esse sempre se dirige
 introduzido por uma membrana 
de uma anomalia degenerada 
pelo o álcool epilético de uma
 mentira?

Deter-me diante de um discurso
 sem quebras as suas correntes, 
dando-me 
  a liberdade de não fugir para 
a floresta, senão o lobo me devora,
 e a sua farta razão de saciar as minhas 
carnes é que eu serei o precursor dos
 seus sete dias de suspiros.

Paranoico e incomodo que não
 se afasta dos seus delírios, e que
 não cala o seu corpo no propósito
 solícito de amenizar as fadigas 
dos nervos e dos pulmões
 esfacelados.
.
Quem me completará a beatitude 
miraculado da fecundação do meu
 trânsito de vida por dentro de mim? 
E Quem me guiará?

Quem sairá vencedor no embate das 
privações e da louca vontade de se 
perder?

Quem está do meu lado?

O lobo com o chapéu da vovó e 
a contar os seus cabritinhos?

São quantos?

OU SÃO
   Almas regulares que depois 
de mortas se tornarão cinzentas, e 
com o corte de devoção nas suas testas
 de loucos malfeitores e devedores, e
 com os seus arrepios de fogo a 
semearem os fantasmas desorientados 
nas imagens flutuantes de uma íris 
que age viva no pânico autônomo,
 e sem intervenção do coração 
humano!

Oh, Deus! 
Quem me ensinará a comandar a 
minha voz e fazer pular nela os
 momentos curiosos das suas ações 
de graças, e planejar  mais adiante 
a morte do seu caçador que  ao 
meu redor se disfarça!

E o infiel se confronta no palco
 seduzido por uma audiência das
 mentiras, e mesmo com olhos roxos 
insinua apenas que fora uma noite 
mal dormida.
– Eu estou melhor hoje, doutora?

Por que o meu laço de identidade é
 construído por um ensaio 
interpessoal, e age elaborando 
com urgência a identificação que 
EU preciso de uma mulher para 
controlar os seus passos e fazer as 
doações das suas fantasias
 de felicidades que nunca chegarão
 ao seu coração.

Ou devo 
ser leve e buscar prazeres fora
da atividade transitória? 

Ou devo ainda renunciar o prazer e

 voltar a minha forma de 
SERPENTE?

As cenas de seduções são reais, e o
 rato ameaça comer o meu queijo
 e beber do meu vinho, e 
ainda perpetuar as sensações das
 pulsações das minhas fantasias 
eróticas.

Odeio a bonequinha de Narciso 
que o ameaça e o excita, e depois o
 convida para brincar apenas com 
a interação dos olhares sem sentir
 a difusão do animal que todos têm.

 A minha
 vida deve recomeçar doutora? 
Ou eu estou perdido?

Entretanto saiba que hoje ao
 sair da minha casa...

 Um belo menininho mais 

ou menos dois anos de idade
olhou para mim...
 Levou a sua mãozinha 
aos lábios e me mandou um beijo tão 
inocente que eu chorei... 
E depois me deu tchau...

OU

 Devo acordar e interceptar
 a escalada da esperança que nas 
alturas sente vertigens...

 Porque o seu

 Ogro sempre conta histórias onde a 
luz do meu céu se apaga, e ainda fala da
 regressão do meu coração que acredita
 que nele vive doces e ardentes fadas 
perdidas.
Onde elas estão escondidas?

Devo procura-las ou me 
afastar?

Já que não existem ouvidos 
para me ouvir, a não ser que eu 
pague com o meu soldo o próprio 
ar da minha vivência!

Ouvir um convidado não
 convincente, mas apaixonado, e 
que aperta a minha mão e fala que
 tudo estava certo, e que aos meus
 onze anos tinha que ser visível a
 flor na pele dos sulcos das chibatas 
que me causaram a loucura.

 Entretanto ele nunca retirou 
diante de mim a sua burca preta, 
porque os seus olhares enquanto 
me fitava foram rasgados, e os 
gráficos do seu coração escanelados,
 logo depois quando ele saiu e tentou 
seduzir a minha 
amiguinha.

Ah! Como sinto saudades dos 
meus dois cachorrinhos que sempre 
me faziam declarações de amor antes
 de encherem suas barrigas! 

E agora EU
Povoou a minha cabeça com cálculos brilhantes,
 aveludados, e voo tal 
como um morcego a procura do
 inseto que não faz de mim O HOMEM,
 e sobre as suas águas de mentiras  
nela deslizo como um rinoceronte, e
 só quem afunda é o meu rabo.
 Enquanto
 ISSO  vivo para que  o meu EU LOUCO
 me torne agora em UM FALSO HOMEM. 

- Eu estou melhor hoje, doutora?


Brasília,21/01/2015
23:40
"TUDO ESTÁ TORTO..."



Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas