sábado, 1 de março de 2014

A PSICOSE DOS DELÍRIOS

SOLO ÓRFICO
tumblr_lw1fckt8Qe1r7n5u7o1_500
Um preto e um roxo. A maquiagem 
dos olhos, e nas pálpebras um 
contorno externo a convidar, e os
 cílios se fundindo no seu abrir e
 fechar, e em sequencias que desenham
 imagens reforçadas e transparentes
 com o desejo de se entregar, e 
absurdamente o vivo arremata o 
desejo de amar. Uma visual ideal
 de cerdas convidativas com flexíveis
 hastes a se aplicarem no seu fixo.
 E nos olhos de quem olha o pó 
finíssimo de dois tons completa 
a pitada de combinações do líquido
 a molhar os lábios. Por que 
intensos se espalham as pinceladas 
nas emoções de possuir a pérola 
sexy que faz dobrar os olhos no 
seu cansaço.
Ou então dormência para logo 
se sonhar!
Por tanto devo 
desejá-la?
Ou então simplesmente 
caminhar meus passo 
nos seus olhares?


ANDAR E SEGUIR
UMA VIA...
E chama-me um belo solo órfico 
com um filósofo sagrado a olhar 
as linhas melódicas de uma harmonia.
- És tu?
Devo conectar a sensibilidade nos 
símbolos das preces do meu espírito,
 e revelar a premência da sua comunhão,
 e me aderir a sua dança sem as
 vestes das minhas cerimônias.
É tão belo o solo órfico, pois a sua
 clave é uma musica vidente e inédita
 na bela mulher que me serve de amparo.
Quem é a mulher?
Na escada platônica existem dois 
amores, e um me rói, e o seu inseto
 come as minhas flores.
Como assim?
Agora eu construo aqui o meu
 buquê tão sensível e tão cândido 
para ofertar a fome das minhas 
lágrimas que choram pelo o modelo
 inexistente. Então eu escrevo o seu
 estético na minha flor que agora 
estar nua, e isso porque todas 
as suas
 pétalas
 me foram saqueadas.
Por favor, toque o solo órfico! 
Porque ele é o veiculo da minha 
sabedoria, e o Orfeu dentro de mim 
chora pela a sua Eurídice!
Incômodos e perceptíveis são os 
portadores da preguiça a analisarem 
a ideia da sua sensibilidade, pois
 mecânica e insana é o psique de 
um coração que não evolui no 
metafisico da sua angustia, e não 
demonstra o funcionamento dos 
estágios da sua alma nos cálculos 
filosóficos da sua forma humana.
 E isso sei porque dela fluem 
lágrimas.
tumblr_lqqz43gVwU1qiu4gao1_500
EU FUI PUNIDO!
E adveio de um advento das ideias 
românticas, e fui lastreado por 
sua farda grosseira onde cada linha 
dos seus ornamentos me submeteu 
as suas cirurgias profundas de cortes,
 e sem coerência me puniu com a sua
 exclusão ofensiva, e seus artífices
 sob a tutela da sua loucura me 
excluiu das verdades.
Rejuvenescer os voos às noites,
 a caírem sobras de um pássaro 
crepuscular que foi estraçalhado, 
e abafado o âmago recusa a partilha 
dos meus suspiros para alimentar EU
e a minha 
AVE.
E ela se camufla dentro de mim e 
me perturba!
Devo ajoelhar-me, e TAMBÉM copiar 
os minutos de duração dos batimentos
 de um coração, e ganhar um tempo 
extra para rezar e jogar no seu ar
 o balbuciar dos meus pulsos que
 querem se cortar, pois eles sentem
 a ausência das irresistíveis 
formas dos delírios nas loucuras do
 amante de Eros, e de sedentos 
impulsos que permitem voar.
Por que sensível é o meio exato 
da razão de Ser na alma inteligível, e sucedânea da verdadeira dialética
 de um titulo, e de efeito susceptível
 a sua natureza em operar os 
opostos dos seus dois amores. 
A unir uma de suas partes e depois 
separar a outra.
Devo amar uma e odiar a outra?
Que síntese de experiência 
ascendente das lágrimas sem um
 auxílio de uma ordem superior nos 
rastros das sensações que se reduzem 
ao vácuo! E o seu erótico desperta
 o seu outro intermediário, e 
esconde as verdades, e a sua 
condição metralhada finaliza a 
morte de um 
DOM 
tão garboso e cheio de línguas 
vibráteis.
tumblr_static_tumblr_static_tumblr_lhtb0evrif1qh83c9o1_500

MAS QUEM É
A DITA ASSIM?
Devo olhar todas as etapas da 
iniciação dos meus olhos a verem 
as gotas febris de desejos, e na sua 
escala de degradação roubar o 
corporal platônico, e o seu crescente
 erótico existencial que faz com 
que eu não feche a boca, e nos 
diversos comportamentos da sua 
saliva vigiar qual dela me enche 
o coração e transborda pelos os meus 
lábios os seus maiores temporais.
Por que não te vestes? A tua 
nudez me perturba!
Devo corrigir o comércio do meu 
corpo e fazer uma transposição de
 sacríficos na censura do tema 
elevada dos prazeres, e ser 
individualista ao seu corporal
 que é o meu também, e não mais 
criar os temporais reprodutores
 de sonhos fantasmagóricos, 
assim a minha indivisibilidade não
 acontecerá, e eu serei o absoluto 
na única forma de amar, sem o 
domínio da concepção de dois “ais” 
diferentes a querer possuir umas 
das minhas metades. Por que o
 banquete é meu e não necessito 
ficar em dúvidas de qual licor devo
 usar para a mortalidade do meu 
espírito, e que se agoniza nos 
sucessivos segundos das minhas 
dúvidas.
Anna-Karenina-anna-karenina-by-joe-wright-31201406-500-240
“ Sinto-me melhor à luz 
dos meus desejos!”
Glorificar divinamente o que se 
liga sem esforços as exigências de 
acesso às verdades que transitam nas
 formulas dos delírios, e reconhecer
 o seu método sem a diferenciação
 de uma intuição que no intuitivo
 do seu verdadeiro sopro não 
cogita se entregar as novas manias 
viciosas da loucura, e que se
 endereça progressivamente as suas
 rupturas de escárnios, e,
Não devo olhar o ponto da análise 
que abrem os meus olhos, e nos jogos 
dos seus diálogos contorcionistas 
não apreciar a amante do seu
 particular, porque nascerá um 
apetite no amante impetuoso, e o 
reparador não explicará depois o 
peso de uma consciência a se 
subverter também depois em 
defesa dos conteúdos que ramificam
 a inocência do mísero humano.
A POSSESSÃO DO SEU DESEJO DETERMINA 
uma mania reflexiva de me ausentar 
de mim, e iniciar um movimento de
 inspiração na própria carne que me 
constituiu ser, e articular nos 
seus rodopios a corrente de Eros
 com o seu misticismo de modelo sem 
lição de sabedoria.
É UMA DÁDIVA VULGAR ÀS DOENÇAS
 da sua possessão, entretanto os
 seus elogios de graças nos
 signos de fantasias causam a 
sacerdotisa uma satisfação em 
transito de êxtase na sua dupla
 natureza, onde as afecções 
lógicas lhe transmitem luxúrias,
 e as mesmas ações destas se 
infiltram como ingênuos sonhos, 
e na medida certa lhe enche o coração
 ao achar que estar sendo 
amada.
tumblr_m6t4hzhEmf1qj7reio1_250
Vira-te rápida e ouça
 o que te falo pelas
 as costas!
Por que eu me movo por dentro de
 ti e sou o privilegiado de
 inteligência por não me deixar 
sucumbir no que estar a deriva 
pelos os teus olhos, e engendrado no espontâneo do titulo da 
tua natureza de mulher EU TE POSSUO com grande ironias.
Devo aparelhar as duas tendências
 da minha imaginação e fazer
 insinuações ao meu cocheiro a
 libre que me traga a minha outra 
metade, e que não é homogênea. 
E misturar nela as direções 
inclináveis dos meus olhares, 
e assim obter a fissura revestida
 de odores para impulsionar a
 minha mente nas criações 
atrelados dos prazeres, e
 encontrar neles a presença de uma
 realidade que não me faça sofrer.
- Vem... 
Olha só como eu estou!
Elevar as asas, apreender a 
essência que me observa, e isolar 
a ânsia do alimento que me fascina.
 Que belo cortejo humano a tutelar 
as suas duas metades nas regiões 
intangíveis dos gozos, e 
acordar ainda sedento, 
e com a boca
 em transe a soprar a queimação 
dos restos da comida que ficaram 
presas nos dentes!
Oh! Nascerá em mim um novo corpo
 mais justo e sem um tirano
 místico a gerar conflitos 
incessantes por dentro de mim!
 Por que um artesão-médico me 
colará as asas que foram perdidas, 
e outra vez voltarei a voar pelos 
os círculos de contemplação da
 felicidade pura. A recordar,
 outrora, a predestinação 
da visão do entusiasmo sensível 
a frear o inseto que me consome.
Estimular os meus entusiasmos e 
espalhar o seu incansável no febril
 nascimento da loucura das suas
 asas, e ter como vital de 
benevolência um extremo despertar
 não lúcido da minha matéria, e
 nela corromper o seu sensato, e 
violar os seus sentidos em busca 
da fulguração do sensual que se 
lança diante de mim e provoca 
a dormência da minha consciência, 
e que se ergue a contemplar
 todos os pontos exatos de 
fuga das suas 
cobranças.
 Devo apenas olhar? 
O quê!
tumblr_miq1esRqJ21s5rsrfo1_500_large
 
- Devo ir?
Treme-me os nervos e os dentes 
rangem no seu esmalte que aparentemente
 é tão doce.
- Vens porque apagarei a única
 luz da tua consciência e ela não 
verá a tua transgressão!
Resistir a uma flor e depois não ri?
Um ninho que força a 
pele tremer!
Caminha sorrateiramente às 
ocultas e ir
Por piedades as pérolas...? 
Ai de mim!
Cego se perde na fuligem do óleo!
Ácidos cipós que amarram e 
engolem...
Pois as suas papoulas adormecem 
os olhos.
Garganta se abre na floração 
do seu pólen.
A sua música enleia e mata e
 fere.
E move a corrente inocente da 
sua prole.
Cintilam sidéreo e agitado lábios 
tão doces.
Comê-los e depois bebê-los... 
Não posso!
Senão a mim mesmo ditarei a própria
 morte!
tumblr_static_tumblr_2_icon_kiss
 
Que tortura é o excessivo de 
uma face regredida, e em busca da 
sua mesmice, e disforme é a sua 
impotência nas alienadas 
gratificações de coações, porque 
o bicho é o lixo, e na sua prática 
de evolução transita semelhantes 
aos outros nos mesmos lugares, 
e a sua insociabilidade desviante
 o leva a entrega, sem obstinação, 
as paixões de desordens e jogos 
de combates dentro de si mesmo, 
sem a divina providência do 
justo 
que o olha e o amaldiçoa na sua 
congregação de prazeres.
Curar o meu mundo exterior, educá-lo 
e ensiná-lo a se asilar montado na
 sua besta maior, e ter o domínio 
das suas rédeas, resgatando-o as 
tendências elásticas, assim 
visando ser o seu dominador, e
 nunca antes o dominado, entretanto
 se cala para ouvir a voz do além
 que sempre atina o seu aroma 
angelical e sempre é praxe de 
resistências.
Não me vencerás!
tumblr_mq5sghd4eP1s3v3ezo1_500
Temporais são os espaços 
diferenciados das instâncias de
 nascimentos das potestades na
 minha alma, e as suas espessuras
 estão cheias de justificativas 
eufóricas para que a minha 
vigilância tombe nos excessos dos
 seus álcoois, e no ócio pleno da
 sua teoria de entrega as suas 
luxúrias, mas a minha psique estar
 tão fraca, e assim ainda mais 
aumentam em mim as fissuras 
que pedem as paixões rebeldes e 
os seus atos dominantes de 
analgésicos estonteantes a 
preenchem as luzes dos meus
 olhares.
Que apetite incontrolável! 
O equilibro que se busca na
 sensação do amor para satisfazer
 a medida exata de um vazio com
 impulsos orientadores de 
cegueiras sem freios!
Calculo a minha medida, e sobre
 a irradiação de um corpo derramo
 nele o seu principio de 
ativação para suportar o seu peso,
 e residir no seu signo sem 
inibições, e com aptidão 
constante para movimentar os 
seus impulsos, e na sua inconstância
 não obter explicações para 
frear as suas articulações, 
porque se deve preencher a 
função da fome e não deliberar
 a forma astuciosa nela a deslizar
 e redefinir em qual a sua 
resistência se aplica melhor 
todos os atos eloquentes
 de possessão.
Que entidade! Segundo a 
investigação dos meus olhos a
 reunir dentro das suas pupilas 
o desejo de uma presa, e a grande 
vontade de ser caçador, e que também...
 Céus! 
Ser caçado com extremo 
ardor?
tumblr_lq39gwmhWr1r086dio1_500
- vem meu amor!
O cálculo foi medido e a astúcia 
dos impulsos já inspiram as correntes
 de ar das narinas, o hálito da
 boca emana fogo, e a língua
 se afoga.
Devo me retratar depois aos
 Delfos que a mim concederam a sua 
imortalidade, pois a sacerdotisa 
é louca, e as graças dos seus 
benefícios já não mais conseguem
 me segurar do meu clausulo, e 
extraordinariamente se aventura
 o amante, e sob os impulsos 
se inclina revestidos de 
desculpas
 para depois amenizar as 
dores da sua consciência.
Confusa e vaga é uma 
reminiscência sem diferenciação da outra,
 onde sem poderes não ativa o 
principio do seu inteligível
  no emergir de uma memória que
se forma em uma figura sem 
 forças, 
e que não é mais difusa 
aos olhos.
Oh! Onde se esconde a Sophia 
da inteligência? Pois os meus 
poderes não me transmitem mais 
sabedoria, e transcendente e 
metido em delírios o meu espírito 
no auge de um só tormento se 
alucina!
Devo abrir os meus manuscritos, 
porque o meu apetite agora é 
incontrolável, e Lísia me traz o 
seu cheiro nas narinas a 
impulsionar o excesso dos 
seus desejos irresistíveis 
pela a minha boca.
Furtar-me e matar a própria 
potência de realizações de 
um solo órfico, e na justa medida
 do seu belo método retomar o
 meu erótico e fundir o seu 
vínculo que o une aos benefícios 
dos seus signos aos meus.
A graça da visão contempla
 o ciclo da metamorfose do corpo,
 e fixado nele trabalham os 
pensamentos na sua multiplicidade
 de formas e cores, e também 
cheiros que dão ordens e 
entusiasmos ao objeto que se
 espalha nas asas 
contemplativas da sua 
libertinagem.
ciganafogo
E a adivinha joga as suas 
cartas e me apresenta dois lados
 iguais, e com duas formas 
diferentes de amar.
Elaborar uma escolha com 
clareza, e na corrente da sua 
interrogação conduzir a sua honra
 a um átrio sublime de luz 
da verdade, e não se deixar 
ser coagido. Entretanto...
Opulento veneno se abre para 
nele se viver.
Uma sultana de lindos seios 
a oferecer.
Olhares virgens a me marchar dos
 seus prazeres.
A deixar pelos os lábios seu
 doce florescer
E vê-la! 
É um fascino estonteante!
E por isso eis que... 
Cai-se o pano!
E inquieto o nu se completa?
E o secreto, e eis que ficou cego!
Ai! Ai de mim!
 Se for para morrer!
Então devo beber?
Que seja assim o meu fim!
Eis as fontes da alma sendo 
traída com uma finalidade de 
preenchimento íntimo de um 
paradoxo calculado na sua luxúria, e
 a origem dos seus concebidos 
signos não resistem 
aos riscos
 publicados na supersticiosa
 gravidade intensiva dos seus gestos 
que caem, e a sua escrita 
tipográfica já vêm marcadas 
na língua de irrupção que 
incorpora a sua outra fala: 
a dos dois ais e ais sedentos.
Apenas sei que uma das partes vai
 adoecer e depois 
simplesmente morrer.


Brasília, 01/03/2014
Oito e vinte de uma bela manhã.


 
Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas