CEGA-ME COM A TUA LUZ…

Qual é a luz que com a sua inserção e o seu elucidado de materialidades e marcas de gêneros superiores e de sentidos intencionados, determinantes em seus conteúdos vai arrebatar-me? A luz com o seu plano de fruição decodificado, ocupará o ir e vim dos meus olhos com o confronto das imagens geradas por uma retina que extasiada, potenciará através das cores dos sonhos o produzir constante dos abalos e tremores que fará o seu clamor em mim?
Acenda a tua luz e cega-me e me ofereça o fascínio do culto da tua figura. Quero à exaustão da tua subjetividade e a conversão dos meus “AIS” em uma fonte cheia de sagacidade inesgotável e sabor de delícias! Quero o dom da tua dádiva e do teu lirismo sofisticado e de língua incisiva ao meu sabor.
        Quero o divertir da tua luz na minha face e lapidar o cristal dos teus sonhos, infiltrando em mim as raízes das linguagens dos teus beijos e a cumplicidade do teu corpo que incendiará os meus olhos. Possuirá os púlpitos das minhas fantasias e a lírica que te cercará, investida por uma tensão poética, obsessiva e de espíritos tradutores da tua magia.
Acenda a tua luz… Órfico e mostra-me a hierarquia dos teus anjos. Os sólios dos teus desejos e o cetro da tua vontade. Mostra a tua visão e circuncisa os teus limites na minha pele e descreve as concordâncias dos teus níveis de sedução, não interceptando a lógica e o sintoma do mel que tanto suscita na minha língua o seu sabor e os indícios do seu fluir no utensílio do coração.
      Acenda a tua luz e o teu eu-ideal pulsará na vibração da paixão…. Além do principio do sonhar e a sua concentração será o bálsamo dos enamorados... Egos concertados pelos sonhos harmônicos dos instrumentos que atinam o imaginário de um espírito e o leva ao lado vivo, pulsante, delirante e eloquente do seu signo representativo e convidativo aos lábios.
Apazigua o meu eu e faz as tuas conjunturas… Ínjetoras febris dos teus mimos e niquices, aprisionando-me na tua luz e articulado a minha admiração que será copia fiel do teu brilho, erguendo por dentro de mim o mundo de representações particular das expressões dos teus paradigmas e artes que remanescerão no meu ser…
       Cobre-me com a tua luz e faça as composições dos teus idílicos
Encantando-me com a realidade artística do teu fenômeno
A percepção do eu mulher nas legitimidades das minhas fantasias
Difunde a tua luz como anjo e faz erguer na minha alma o murmúrio grandioso da tua imortalidade, onde as suas variações serão impulsionandas pelo o edifício do romantismo, delimitando todas as formas de orações e súplicas epistológicas no meu ser, elucidando assim, a visão romântica que ascende com o seu conhecimento na célula da estética dos meus sorrisos, apregoando as boas novas das percepções e sensaçõesdo amor infinito…
               Ó luz Incognoscível e subjetiva na sua forma de abarcar o gênio discursivo do amor!  Leva-o, ensinando a sua arte e o seu potencial de eloquência, porque o meu “EU” quer ser o teu “EU” no perfeito entendimento da tua luz que fluirá nos projetos dos meus movimentos, recuperando a tradição das minhas fantasias, vinculando as suas práticas nas fortes expressões dos argumentos que sucumbem antes a tua formosura.
Oh! Revoga as tuas memórias e a possibilidade da minha imersão pelo o teu interior, buscando os fluxos infinitos de multiplicações de doçuras… Acessando a disponibilidade dos meus olhos que se arregarão pela a tua estética e o refletir da metamorfose em mim dos teus estatutos humanos, afáveis com toque femininos e unhas ornadas pelo o provocativo sabor de pele…
    Oh! Quem vai acessar a logica dos meus fluxos e fazer transbordar as modificações na minha pele e bifurcação da minha língua com as inovações advindas da consciência cognitiva e seu implante no meu coração dos seus sentidos extasiados que suspiram pela a vida. Ah! Tem sede a alma das novas designações! Dos sentimentos que são submetidos às analises múltiplas de subjetividade com o seu círculo em fogo inapagável, fragmentados em milhões de faíscas sedentas pelo o oxigênio que as fazem queimar inacessivelmente a sua matéria.
        Alicia-me com as tuas provocações e as tuas tentações magnificas, atingindo os céus dos afetos, das sensibilidades e lançando o meu ser aos diferentes atritos sentimentais, ultrapassando os domínios que são desconhecidos e restritos a uma alma.
Ah! Cega-me com a tua luz... Os feixes que ordenam o idêntico prazer do seu mundo... Onde a valorização da sua claridade emancipará o uso dos meus risos pela a minha face, florescendo os legítimos sonhos no meu peito. Rompe-me com a tua luz e faz compelir os meus sentidos, fundindo-os em períodos históricos de sussurros... De ares quentes e radiantes. Submetendo-os à regra das determinações das sensações no meu ser que será suporte das experiências das tuas eloquências que serão doces, onde disciplinará a construção e a lógica dos meus pensamentos.
       Associa-te na ruptura extasiada do meu sujeito e na descoberta da instauração dos segredos e dos mecanismos que educam a língua. Uniformiza-me com os teus mimos e niquices e alarga o estatuto do meu EU que transcende e fornece articulações e configurações às analises do meu corpo. Que serão excessos de informações disponíveis para o clarão da tua luz... Apropriando-me no teu éden de novas descobertas... Aprisionando a minha alma e o método da sua imortalidade...
      Quero retirar dos teus lábios a minha ode e o inconsciente do teu ser a mim será revelado, submetendo-o as interpretações dos meus olhos... Do meu nariz e da minha boca que identificam as variações transitórias dos seus sabores.    Faz as tuas substâncias cruzarem os sentidos das palavras e do meu simples olhar que será simbólico para a conquista definitiva da tua grandiosa luz...
Ah! Mostra-me o folego da tua luz porque os meus ouvidos estenderão para ouvir o teu cântico. Amarre os teus liames no meu coração e proponha a ele o sentido dos teus atos e as construções radiantes dos dispositivos da subjetivação do teu ser em mim.
      Quero extrair os teus conceitos e as tuas múltiplas possibilidades e a correlação do inicio e fim dos teus brilhos. Cria a tua emergência no meu ser, fazendo a tua luz atravessar a minha janela, abrindo meu coração, dividindo-o com o dispositivo que é o teu selo, ungindo-me... A alma  recolherá os meus suspiros e o meu espírito transbordante de risos olhará a arquitetura dos teus movimentos e o brincar da tua língua a me provocar. Penaliza o meu corpo e faz a tua cela ao meu redor com espessuras dos teus hálitos , incluindo em mim o vigiar e a disciplinar do teu eu no meu ser.
  Tranca-me e ativa a tua luz no meu espírito e façacom que ele se debata nas forças do amor… Afundando-o para o extremo loquaz das qualidades que vivem no amor. Incita... Impeli-me e se apropria, realizando o teu desempenho nas cenas radiantes dos meus olhos . Acessa a tua luz... A doutrina estética... A dialética do gosto... O ideal efetivo da tua virtude... O diálogo dos discursos... A genealogia da nossa fusão será louvada nos processos dos sonhos que se interligarão em nova profusão de amor e desejos.
Ah! Acessa-me com a tua luz e depois apague-a por que nascerá a sua subdivisão no escuro:  AMOR E PAIXÃO… Eis que uma nova claridade despontará entre os nossos risos e soluços de prazeres…