sábado, 17 de junho de 2017

CORAÇÃO EM TRANSE








CORAÇÃO EM TRANSE
O olhar que sonha
 e se agarra no bocejo dos gritos, e esses se desatinam amarrados.

 Isso porque o 
coração está no cárcere e o chiste captado dos seusais são ânsias misteriosas, e que em formas de penumbras silenciosas são agitados pela a ROSA que tanto aspira por um íntimo perfume atencioso. 

A forma que se
 agita, e brotando a vasta vontade, e que em cada passo dos seus suspiros se enrosca, e longamente nas luzes inconscientes do misterioso absinto que geme.

 O mitológico isolamento
 de um coração que não mais participa do beber bendito do AMOR, e que no deserto da sua amargura não semeia mais na alma os pomposos frutos de sabores, e que no pulso da escravidão de uma solidão, e sem razão, cai em trevas sem o dourado das volúpias.

 A arquejar murmúrios
 nus no naufragar das ânsias que se perdem.
PORQUE um beijo 
de mulher se confunde no lauto banquete do seu medo, e onde o domicílio da sua viagem são as ilusões. A penetrarem nas máscaras errantes que cobrem a face malbaratada, e bem ONDE o mostruário da beleza se mostra falso. Isso porque não acesos estão os olhos, e que na cronologia do ser ver e desejar se perde diante do seu falso espelho. E bem alto o beijo que oscila com apenas sua metade molhada, e bem agarrado pelos os dentes cortantes que não liberam o seu gosto.

 O infinito saboroso
 do seu grito, e entre mil desejos a permanecer absorto e com medo dos prazeres, sem o esplendor do astro maior que tece a pele calafrios de emoções, a flamejarem as asas, e bem resumidas, e na esperança desterrada, ansiosa e nunca adiada de uma alma desgarrada, milagres arreados dentro de uma nostalgia enlaçada por uma aragem alucinada, e onde seu eco ressoa agnóstico na paisagem de contemplação do além-cântico penitente e meridiano, e bem poético de sentido fenomenológico, porque a construção do seu fiar demora, e as repúblicas da "Sociedade dos Lobos" devoram a luz que nasce nas entranhas do AMOR.
Insólito detalhe 
gravado no coração, e onde uma viagem íntima se desenrola silenciosamente.

 Significativa dimensão no arquipélago da metafísica e no lirismo das memórias que rebuscam suas velhas histórias. 

Porque a dissolução
 da sintonia na alma é apenas um artigo sem ideia, e mórbida teoria de uma tensão masoquista que habita na carne.

APRENDEREI A VIVER 
SEM ELA?
Falta-lhe 
sonolência e a confusão nervosa de um "EU" doente arregala seus olhos, e com o seu conjunto de batalhas macabras, moradia sem condições dos sentimentos QUE DESATINAM DORES IMENSAS.

Um Orfeu a atravessar sua agonia
 Mórbida e só.

Um animal biográfico
 dentro de uma sombra tortuosa, e a distrair a grande associação da plateia entediada, e que no seu coliseu grita:

Ave Caesar, morituri te salutant.
A fervilhar
no coração a ausência do desejo que é devasso, e que não age no consolo da vida que enfada, e com gestos feios da persuasão que foi concebida por uma grande solidão que atiça a separação.

Um punhado de beijos 
jogados ao chão. Tamanha e estranha visão que mata de medo o coração.

 Grande Babel
de conversações dos pavores a  tremerem as mãos, E NA CADEIA ETERNA DO MEDO VIVE desenganado o coração,e cheio de permuta a labutar sem emoção, proscrito e a beber a sua amarga recordação.  



Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas


Bsb, 17/06/2017

18:58



"Adormeço olhando uma oferta do silêncio 
que flui pelos os desejos de uma mente, e bem quando essa 
se acende ao fechar dos seus ardentes olhos".