sábado, 1 de outubro de 2016

ENIGMA (AO ANJO)







ENIGMA
(ao anjo)

E como treme
 o coração que vos 
fala!

 E que se move 
na elegância do achado da sua
 fala.

 E quando me olha:

 Eis que picante a sua fragrância me embala.

Leva-me e me arrasta.


Porque o eco 
doce do seu perfume, requintando e florescente, e junto com o seu hálito que vem montado na sua boca suave,e com os seus adjacentes lábios que sentem o alegre e suave estado apaixonado.

 Sábia face 
tresloucada pelas as correspondências dos belos olhares enamorados.

 Cenário dos impulsos 
das narinas que sentem o licor sendo derramado.
Que belo anjo de olhar assim:

- Esverdeado! 

Pontiagudo, 
penetrante e flamejante é o fogo 
que vem na luz do AMOR.

Crescente símbolo 
consagrado à felicidade que se espalha 
pelo o círculo loquaz da mente.

 Uno emblema que 
atiça a circunferência da visão, e bem quando esse olhar roda com os seus raios solares, e que depois paira no centro da lei de atração, entre as joias de um céu onipotente e o cai-e-cai das estrelas doadoras da regeneração do seu coração.


E como a sua 
formosura goza da cortesia do fresco ar que trança a aurora.

 Convertida e guarnecida
 dos seus olhos - O verde fino de um cristal lisonjeado do prado do seu rosto - E que sobre as flores vindouras do gosto do amor... Espalham ressonantes festejos dos cantores nos seus amores!
 
 Rasga-se o 
véu de um tabernáculo e a designação da sua figura é uma lua redonda como emblema da sua salvação. A tecer o chamado vivo e doador do amplo pilar do seu fôlego.

O interior 
regenerado e o novo nascimento feito pela a tríplice aliança da liberdade.

As amplas 
expressões que fecundam e introduz o arquiteto absoluto nos pilares estabelecidos do seu grande querer.

A força do seu
 uniforme são as belas palavras, e todas elas dizentes e cheias de grande significados, e onde o seu pórtico é a promessa de um trono firme, e com o fogo perpetuo que incendeia.

 Mas que não
 queima o célebre assento do templo da sua prosperidade.

Devolve-me,
 inédito, o absinto retirado de mim! O tempo que não fora estranho as minhas lágrimas!

Excitar os instintos
 dos prazeres nas paixões avassaladoras, e nas falácias do óbvio da sua composição, e assim alargar os seus voos alarmantes, e bem para o entretenimento da arte dinâmica do pensamento, a recriar a personagem no veículo motivador da sua mente.

Um olhar que 
atravessa a alma. Às margens das suas pupilas a pregar o evangelho da 
salvação.

 Esgotadas trajetórias de ardores que se fincam nos contornos provocadores, e sem desvios, e bem nas bordas dos lábios que delineiam as evidências dos mexer dos seus músculos, e assim deslocar, emergir as áreas eloquentes do seu mel para fazer crescer os olhares nas influências diversas dos seus desejos.

A genialidade 
de uma contemplação, e que não decai e nem malogra nas tarefas esquecida por uma mão, e essa sem a dispersão da outra que se lança na energia criadora da alma, e onde nasce o gênio da liberdade. Porque apesar de se tornar pesado a instituição sentimental do coração, o divino ato criador da libertação realiza no cérebro todo movimento dinâmico das orações.

- Devo abrir a minha boca?

Que belo vértice
 autêntico onde florescem as rosas e as suas pétalas nunca caem! Pois se espalha a ressurreição no mórbido ser que agora se decompõe das suas imundices, e o novo terreno já o espera, e agora sem as máculas da sua má deformação e os vis pecados da sua esfera.

Quem pinta 
assim a luz que cai esmaecida dentro dos olhares, e queima divino o destino que  flerta o suave momento que arde? 

Entusiasmos reunidos
 na língua filosófica da matéria que compõe o amor?


O lisonjeio intenso
 de um desenho que insiste na sua personificação, e na precisão luxuriante e meditativo do seu exagerado, e que quebra a privacidade das suas gravuras, e depois se mostram as falhas intensas da sua sexualidade ao Safo, e que este se engasga com a sua saliva seca a espera do borrão na pintura que não será depois repintada.
Onde devo falar 
dos meus recitais? Na área decorada da sua ignorância? Nos assentos de mármores do seu egoísmo? Ou ainda no terraço da sua falsidade?

Febril eu caio,
 e ao teu lado tremo.
Suspiro o gozo de o teu hálito exalar.
Perto de ti sinto teu doce coração falar.
E transporto-me ao langor do extremo.

Confuso e zonzo eu quero te tocar.
Pálido eu ouço o frêmito do ar.
Um fogo sutil no meu respirar.
Pondera-se em mim o desejo de te amar.

Inclino-me 
e vejo o mar nos teus olhares.
O mistério que me sonda no seu clamor profundo.

Intenso gelar que impede o meu falar.

Ruborizo-me com
 o perfume acolhedor que me chega aos lábios. Espiando estonteadamente as suas montanhas, e como também o clímax esvoaçante da sua frequência que transita arrebatador no nu comportado dos meus pensamentos.

 O luxo das
 suas sombras no veludo do silêncio, e que se curva na sutil ventania das delícias dos seus afagos. 

Transitando nos 
seus sopros, e nas dezenas e serenas noitadas dos sons delicados das suas vozes.

 As gradações
 dos suspiros das palpitações da luz do seu olhar.

 Tudo é tão sombrio! 
O gesto da sua imagem na paisagem da sua face, e que transmuda um ar no riso fresco do seu horizonte.

 Uma beleza ébria 
dentro da volúpia dos açoites dos seus desejos, embebecida no largo êxtase, deslumbrante e supremo dilema da insolência do balé das cores do amor.

FALO DO ANJO OU DE MIM?

Abre-se!
 Abre-se e vem à perfeição na adoração dos corpos, e entre salivas lânguidas e pavores gostosos!

 Intensas passagens bondosas das caridades dos declives dos beijos, e com os seus sulcos arrebentados, ruídos de aço nos dentes quebrados, prado por onde fluem as falsas mágicas, poços de desejos nas cisternas dos seios, porque o paraíso é a sua noite que canta e dança no seu trabalho, sobre as plataformas cintilantes das alegrias que hasteiam os seus mastros de felicidades, e suspensos os seus sinos badalam a hora exata de fazer adormecer a alma.
Sentar-se diante
 dos seus próprios olhos, e erudito ouvir, e bem distraído, os sons dos gestos de um coração, e que esse se interna dentro de si mesmo para obter o elixir da sua própria vida.

Os ruídos 
de uma solidão quebra o silêncio, e esses se embriagam com as dores, e convalescente o organismo na sua transição de desespero é o paciente frio com sua estranha doença sem fim.

Múltiplas variantes
 dos olhares que se entregam desesperados por abraços. Um afagar de efeito seguro que se sustenta com os sinais de cortesias.

Cortante é o lampejo fresco que corre rasteiro, e o líquen do seu ventre rodeia com o medo, o cálix que inquieta a paisagem selvagem da surpresa.

A grande insolência
 da voz que se asila no íntimo e causa badalações.

ENTÃO...


Badalam! Badalam! 
Lendas evoluem e nascem os 
fantasmas!

 Agitações fabulosas
 a arderem nas bravuras e bravatas de uma boca!

OS OLHAREM

 A SONDAREM
 rebentados os delirantes roucos sons convidativos que se estocam nas feridas dos ouvidos,e na negra dança que se levanta e faz rugir a lança que consome a pele, e BEM dentro de um leve intervalo dos abraços que se reveste com uma falsa amizade.
 

Surdas se levantam
 as músicas dos atos profanos, e com seus aspectos feridos e desumanos. A estocarem as suas sibilações nos foscos frissons dos rangeres dos dentes. Porque os escudos dos braços já convidam a um grande sonolência complacente das almas que se vendem a luxúrias.


Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas

Brasília,01/10/2016


20:10