terça-feira, 15 de setembro de 2015

PEDAÇOS







Exilado e decadente

o sonho em delírio eterno de
lágrimas.
A vadiar nas noites de mármores.
Ave! Risada...

A UM FILHO


A pagã
do seu campo na plangência das
manhãs frias.

A se desenrolarem secas suas
flores.

E a adúltera

de uma DOR A ILUMINAR opaca
UM céu QUE FOI ABSOLUTO no seu esplendor.

 A TUA Cruz me mata!
Já não consigo
Só levá-la!

O negro da carne a vivenciar a
dependência dos seus instintos, e os tons insaciáveis da sua voz é um corporal chamativo, e onde seus faróis famintos
na rebeldia das suas sombras desterram os fantasmas que enterra a vida.

Que belo individuo gerado entre frases
eternas de amor, e com poemas cheios de orgulhos a se entrelaçarem uns nos outros e bebendo o tópico lírico de um “EU TE AMO”. E no seu discurso de êxtase as 
promessas se derramando dentro da
matéria dos orgásticos, apropriando-se das revelações de inglórias mentirosas e luxúrias naqueles instantes se fabricando.

Basta!
Os chacais, abutres e serpentes!
Um olhar viscoso de piedade!
Uma só carícia íntima inflama!
A sede sedenta da sua fome!


Que curva de aparição
não simétrica do coração que não se
comove, e se sobressalta com o convívio
pulsar da presença fervente da figura
íntima, crescente e asfixiante, triste e centenas de noites às margens das
dúvidas, enlaçado por uma angústia
gritante nas imagens ambíguas!

Quem ouvirá a minha amarga
indignação?

O abandono do meu próprio
 Nome!

As sombras não me ouvem e a
estrela dos meus mimos perdeu a voz.

Porque solitário ressoa o passo de
quem me olha, pendente e infinitamente vazio e com uma réstia perturbadora
de um abraço insonoro.

O ciclo da vida é uma pré-figuração
de uma angústia que se dilata cada
vez que as pálpebras se fecham, e tudo
aquilo que vejo no escuro ele não
percebe no claro.

Perdoará a amada
o seu amado? Por que a amante recolhe
forças para ser pisoteada, e mesmo
assim se concentra ainda mais nas suas mentiras.

Festiva é a superstição mórbida de
um tempo que não avalia a violenta discursão, porque os caos dos meus
painéis saltam ao chão e as suas tintas
foram dopadas, e bêbadas roubam as
canções do meu coração, e esse tomba
vestido de corte boba e a moer as braçadeiras
que um dia o prendeu.

Porque chorar
não é o que não me faz voar, e sim o
peso do sal das lágrimas.

Ah! Tudo é lenda!
E sobressaltado o vazio escreve a árida e súbita vibração, e o seu esmagador se mistura no coração, e o seu conceito é um curioso abstrato de um lugar utópico e cheio de maledicências que se movimentam apenas no seu falso real.

Grandes subsídios
de fantasias atiradas nas mãos e sendo enterradas nas emoções que não procriam as suas verdades.

Porque os cenários mais
profundos não são os sonhos que
não se realizam, e sim...

Os meandros do fôlego
não compreendidos pelo o espírito
humano.

Porque os seus valores
absolutos são extremos e
transcendentalizam as suas
sátiras mais absurdas.

Inúmeras são as odaliscas errantes
e esmaltadas entre um Fausto
desmaiado e um beijo de um Don Juan apaixonado.

Por que o medo nasce nos ruídos dos
fechares das pálpebras, e os sulcos de uma insônia vêm a galope de uma Amazona
que me toma como gerador do seu
consolo.

Desmanchar-se a imaginação e nos
mantos dos primores das cores da beleza retirar de si mesmo a sua sobrevivência.

Porque os malfeitores não mais choram
no seu calvário, e a sua sensatez se
arrebata em uma senzala de
impurezas.

Quem fechará os meus olhos que
apascenta o sol e fecunda o pastor da minha salvação?
Oh, meu Deus!
A cor do meu campo é mórbida e
nele gira o beijo da consolação que
arqueja na lágrima da
infelicidade!

Eu só preciso de um único
beijo!

Verdadeiro e que não se furte ao seu ardor primeiro!

A minha honra não é gerada da
carne humana, é um sentimento de formosura, fino e bordado, gracioso e 
tecido por mãos únicas, e postergado
pela a inocência de um anjo que reside
na flor do amor sincero.

Escrever a percepção e detectar a
bela navegante que leva o escudo das
emoções nas cápsulas dos seus sorrisos
e não mais chorar.

Um tabernáculo vivente onde a fumaça
das oferendas do seu amor não chega às narinas de quem sempre vem ofertar
suas doloridas orações.
Tudo
foram ensinado e marcado na minha
própria pele.


ENTRETANTO...

Nadar nas suas águas de imensidão profundas.

Encher o pulmão de ar nos mares das suas dores.

Sem voz e tentar gritar e sentir os seus  amargores.

Lento se afogar nas suas correntezas vagabundas!

POR QUE...

Fiz um templo onde o seu insólito
pilar.

Feito de resinas infiéis a esculpirem
mentiras.

Fogos a devorarem todas as minhas belas piras.

Um... Dois e três!
Não sei mais como pular!

Pois suas mordidas concebem
calafrios...

Um ESPATALHO a brinca com os meus círios.

No vício bestial da sua luz cômica e tão fria!

Não!
Esse não pode ser meu filho!


Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas
Brasília, 15/09/2015
09:00
Tudo me dói!
E não consigo dormir porque brinco com o meu fantasma!
Um jogo:
"MORRE QUEM VIVE"