Os
Picos de uma
Febre
Dentro
de um paciente, e com um deserto infinito, e sem iluminação, pois uma sombra cobre todo o seu corpo.
de um paciente, e com um deserto infinito, e sem iluminação, pois uma sombra cobre todo o seu corpo.
O meu tutor caminha com
uma vasilha feita de argila, e tão mal assada por um fogo cansado. E o seu barro
que também faz parte de mim, algumas migalhas nunca chegaram a ser torradas. A não "ser"
em algumas partes!
POR QUE
UM PORÇÃO DO BARRO
QUE SAIU
DE MIM FICOU MAL
ASSADO.
em algumas partes!
POR QUE
UM PORÇÃO DO BARRO
QUE SAIU
DE MIM FICOU MAL
ASSADO.
Essa noite
é triste e o moço que habita em mim
morre asfixiado.
é triste e o moço que habita em mim
morre asfixiado.
Manejar o que
se adapta aos olhos e ficar afeiçoado a um bom percutor, e
com espectros de retoques por toda a face, e fixar na palma
da mão um signo que fala alto.
se adapta aos olhos e ficar afeiçoado a um bom percutor, e
com espectros de retoques por toda a face, e fixar na palma
da mão um signo que fala alto.
Por que o sangue que
brota em uma das mãos
não contém as nódoas de vilezas da outra.
não contém as nódoas de vilezas da outra.
E assim
Eu talho a elegância
da sua distração, e as suas intenções
sensíveis corto todas elas com o machado feito também do mesmo
barro que me molda, e que se aplicam aos monumentos de lascas
sentimentais das almas.
sensíveis corto todas elas com o machado feito também do mesmo
barro que me molda, e que se aplicam aos monumentos de lascas
sentimentais das almas.
E asso, às vezes escondido... Apenas um braço
para
sustentar o peso dos seus enfados.
sustentar o peso dos seus enfados.
Oh, meu Deus!
Devo
sair à rua e enforcar o meu rei que come e bebe
sentado no seu átrio de ouro, e assim tornando gorda a
soberba do seu coração!
sentado no seu átrio de ouro, e assim tornando gorda a
soberba do seu coração!
E na cosmologia dos
seus rituais, e quando a si mesmo
ele aplica seus odoríferos para o acasalamento com a sua
rainha...
Adorar escondido com o seu mago as peripécias de
todos os seus sentidos sendo perdidos.
ele aplica seus odoríferos para o acasalamento com a sua
rainha...
Adorar escondido com o seu mago as peripécias de
todos os seus sentidos sendo perdidos.
Porque já nasceu afugentado a sua
divindade
que com o seu lobo se esquenta do frio da sua
luz mística.
que com o seu lobo se esquenta do frio da sua
luz mística.
E UM LOUVA-DEUS
pede clemências pelos os seus pecados,
e CONTA DOIS PASSOS PARA O SEU FIM...
pede clemências pelos os seus pecados,
e CONTA DOIS PASSOS PARA O SEU FIM...
A olhar
Um rei iluminado afogando suas vitórias
consecutivas
no néscio fracassado do
seu coração, e que se gaba do poderio das
suas vitórias sobre um fraco.
ENGANEI-ME PORQUE
SÃO TRÊS PASSOS...
suas vitórias sobre um fraco.
ENGANEI-ME PORQUE
SÃO TRÊS PASSOS...
A olhar um
juiz de plantão que gratifica as entidades
famintas da sua alma.
famintas da sua alma.
E NO QUARTO
PASSO...
PASSO...
Somos ascos e
nos sentimos imortais!
POR QUE
POR QUE
Tardio se espalham as
ordens de crescimentos por toda
a parte de um corpo, e abundantes são as destruições das
substâncias puras,e que feitas chuvas de lágrimas são comidas
por olhos cheios de incêndios.
a parte de um corpo, e abundantes são as destruições das
substâncias puras,e que feitas chuvas de lágrimas são comidas
por olhos cheios de incêndios.
A brilharem por sete dias até a vinda dos outros tantos
motivos.
Alcançando o extático adormecido de um êxtase
que em transe...
Tornam surdos os seus próprios ouvidos!
motivos.
Alcançando o extático adormecido de um êxtase
que em transe...
Tornam surdos os seus próprios ouvidos!
E como "EU"choro essa
noite!
Um coração
em
desgraça que herdou a posteridade,
e que beberá
todos os dias o seu licor amargo.
e que beberá
todos os dias o seu licor amargo.
Dizem
que filhos é a
própria carne.
É VERDADE!
É VERDADE!
ENTÃO...
Isolo-me
porque as
aventuras de uma feiticeira batem à minha porta, e
os mares amenos de uma bonança já se agitam, e começam
a arfarem soltos com as suas lágrimas de desesperos e
fúrias.
os mares amenos de uma bonança já se agitam, e começam
a arfarem soltos com as suas lágrimas de desesperos e
fúrias.
Pois carpindo e
desfolhando, arrebatada e estremecida
a alma mergulha nas amargas recordações, e a madrugada
dos júbilos dos lábios amanhece com um grão de luz amarga.
a alma mergulha nas amargas recordações, e a madrugada
dos júbilos dos lábios amanhece com um grão de luz amarga.
Enfado!
Pois já não
mais canta a mariposa BELA
enamorada!
enamorada!
Somente suspira e geme, e no canteiro do seu
coração
a corte dos canalhas e assassinos a transfigurar a sua
CARNE.
a corte dos canalhas e assassinos a transfigurar a sua
CARNE.
- Adoro os celestes
traços dos teus gemidos!
E sendo eu gerado da tua carne QUE É O BEM...
Então
pratico o mal que a tua carne não faz!
EU OUÇO A SUA FALA!
Então
pratico o mal que a tua carne não faz!
EU OUÇO A SUA FALA!
Devo talhar a minha
madeira infatigável e no universo da
sua solidão transformar a sua matéria em uma pedra, e assim
ocultar a extroversão de uma realidade que me arde à pele.
sua solidão transformar a sua matéria em uma pedra, e assim
ocultar a extroversão de uma realidade que me arde à pele.
Uma
língua solitária a mordiscar a si mesma e traçar
marcas íntimas dos gozos entre as linhas dos seus
desejos.
língua solitária a mordiscar a si mesma e traçar
marcas íntimas dos gozos entre as linhas dos seus
desejos.
Infinitas formas que ocupam a sua devoção misteriosa,
e os enigmas dos seus objetos que são intencionais
na fecundação de uma febre cheia de ferimentos, e onde a
sua coloração é uma substância que altera as réplicas de
todos os sonhos.
e os enigmas dos seus objetos que são intencionais
na fecundação de uma febre cheia de ferimentos, e onde a
sua coloração é uma substância que altera as réplicas de
todos os sonhos.
A cantar o fogo que
desbotam os dias, e que na sua insanidade
ardente causa delírios a glória dos voos dos risos no pálido
peito tresloucado de ânsias.
ardente causa delírios a glória dos voos dos risos no pálido
peito tresloucado de ânsias.
Avivam-se lírios no
outono frio da alma, e indecisa e rósea a
boca se fecha e não mais fala.
boca se fecha e não mais fala.
EM
QUE
LINDO LUGAR ELE SE ACHA?
O belo Condor que solitário desfila uma lágrima na
desilusão de uma carícia que se cala?
desilusão de uma carícia que se cala?
Dilui-se o sono em
um cálice de bordas cortantes,
e assim caminham por elas os "AIS"
petulantes.
Uma rosa
febril que de mim oculta o seu nome.
A síndrome da fome que tanto me consome.
e assim caminham por elas os "AIS"
petulantes.
Uma rosa
febril que de mim oculta o seu nome.
A síndrome da fome que tanto me consome.
- Viva porque assim
pulsa a carne!
ELE JÁ FOI ANJO!
A iniciativa
da voz de uma comédia englobando inconsolável
e mansa a sua angústia.
Porque sua sombra tem face, e na
sua noite negra o grito cala o refrigero de uma
esperança.
da voz de uma comédia englobando inconsolável
e mansa a sua angústia.
Porque sua sombra tem face, e na
sua noite negra o grito cala o refrigero de uma
esperança.
Amarga dor esparsa
na volúpia quente, e onde suas veias
de sangue povoa o castigado
sonho.
de sangue povoa o castigado
sonho.
Meu primeiro
ato é dilacerar minha própria carne, e nas
presunções das inclinações dos seus futuros atos...
Dizer-lhe somente uma
ato é dilacerar minha própria carne, e nas
presunções das inclinações dos seus futuros atos...
Dizer-lhe somente uma
coisa:
- Pare de me matar
porque em mim EU não te mato!
E somos a mesma carne!
E somos a mesma carne!
Um apelo nos olhares com uma calma no instante
em que a sua boca se abre.
Um silêncio que escuta
abafado DENTRO de um momento de suspiros que se
ouvem:
em que a sua boca se abre.
Um silêncio que escuta
abafado DENTRO de um momento de suspiros que se
ouvem:
- Se nada de mal fazes aos
outros... Eu por ti tudo faço!
Mato-me porque assim também sei que te
mato!
Mato-me porque assim também sei que te
mato!
Um monólogo de
fluxos odiosos onde a sua apresentação
são as lágrimas, e variantes são os apelos ininterruptos do
barulho do seu desespero...
A se rasgar no seio do
seu desvario de dores.
EU JÁ
TE DEI AS FACES!
O QUE QUERES MAIS QUE EU FAÇA?
são as lágrimas, e variantes são os apelos ininterruptos do
barulho do seu desespero...
A se rasgar no seio do
seu desvario de dores.
EU JÁ
TE DEI AS FACES!
O QUE QUERES MAIS QUE EU FAÇA?
Um pêndulo
desaprumado que martela as horas
insuportáveis das obsessões, e onde seus
esparadrapos se acabrunham de estancar o sangue.
insuportáveis das obsessões, e onde seus
esparadrapos se acabrunham de estancar o sangue.
Abertos
sempre foram os meus braços, e agora
pesam como chumbo, e a captura da guarda dos meus dedos
são simplesmente mágoas ardentes.
sempre foram os meus braços, e agora
pesam como chumbo, e a captura da guarda dos meus dedos
são simplesmente mágoas ardentes.
Evolar uma saída e
sentir a retomada de uma
vitória.
A se estender pontilhada de amor sobre
o plano de uma alma, e
ouvir o seu silêncio precedido do descanso
do espírito que foi impedido
de alçar suas asas nos voos
mirabolantes.
vitória.
A se estender pontilhada de amor sobre
o plano de uma alma, e
ouvir o seu silêncio precedido do descanso
do espírito que foi impedido
de alçar suas asas nos voos
mirabolantes.
Eu confesso que a
minha medida falta um pedaço,
e a dependência deste fragmento me leva as lágrimas, e a sua
abstração dentro da minha alma vive a sua realidade.
Ampliando-se a sua zona chorosa e cheia de saudade.
e a dependência deste fragmento me leva as lágrimas, e a sua
abstração dentro da minha alma vive a sua realidade.
Ampliando-se a sua zona chorosa e cheia de saudade.
Olho
meu sangue que foi tomado para o fôlego de outra alma e
falo:
- NESTE CASO...
meu sangue que foi tomado para o fôlego de outra alma e
falo:
- NESTE CASO...
POR FAVOR ME MATE!
JÁ NÃO MAIS TENHO
FACE!
FACE!
PRECISO FUGIR...
POR QUE
Adulterado foi o bálsamo, e o veneno
bebo
no vinho do seu celeiro, e onde
meu olhar apertado repousa no sonhar do coração, e
assim assistindo as violências que se desenrolam dentro
da minha carne.
Ou na parte que não é minha.
Mas que me pertence.
no vinho do seu celeiro, e onde
meu olhar apertado repousa no sonhar do coração, e
assim assistindo as violências que se desenrolam dentro
da minha carne.
Ou na parte que não é minha.
Mas que me pertence.
Devastado em rupturas a beleza de um âmago.
A NÃO renuncia
dos seus ciclos martiriza um corpo que a mim não
pertence.
Entretanto nas suas prescrições eu habito.
E a inquisição do amante da sua loucura me traz
um seminário do seu estágio doentio e sem
prosperidade.
A NÃO renuncia
dos seus ciclos martiriza um corpo que a mim não
pertence.
Entretanto nas suas prescrições eu habito.
E a inquisição do amante da sua loucura me traz
um seminário do seu estágio doentio e sem
prosperidade.
E devo amassar o
barro e outra vez cozer.
Entrechocar nele o belo sentimento que maneja a flor.
MAS...
Entrechocar nele o belo sentimento que maneja a flor.
MAS...
Minha carne
jamais
terá paz.
AFINAL
EU SOU TAMBÉM GERADO DO MESMO
BARRO!
Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas
Brasília, 24/06/2015
21:50
Não é possível que seja somente eu que se lasca!
O moço me deu um prejuízo desgraçado!
EU SOU TAMBÉM GERADO DO MESMO
BARRO!
Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas
Brasília, 24/06/2015
21:50
Não é possível que seja somente eu que se lasca!
O moço me deu um prejuízo desgraçado!