domingo, 1 de fevereiro de 2015

POEMAS DO “MENINO”


PARA O MOÇO.

Há variações
 no vento do hálito.
Quente e frio!
E assim é o 
Seu...
menino-escrevendo
Um delírio
de um álcool sendo derramado
 e também carregado, e que 
depois se consome em 
saudade...

Por que
Um dia uma luz de volúpia 
fez aclamar a sua alma; 
e entre lágrimas radiantes,
 e visões vivas das emoções 
do seu coração cândido e doce.

Ascendeu a concórdia 
de um amor, e que no seu 
sigilo o fez sonhar 
eternamente.

Com o seu peito inquietante,
 e a transbordar desejos 
sedutores, e também a 
soluçar por um lugar onde 
ele poderia renascer na 
sua forma maravilhosa, e 
assim visionar que os 
seus beijos estariam 
seguros.

E na sua graça ele o viu...
Ele riu...
Pediu:
- Deixe-me ficar!

E logo depois floriu 
O SEU JARDIM NOS SEUS OLHARES
 e na sua forma de 
amar tão singela e meiga.

Oh! Como ele foi doce 
na sua bela ingenuidade!
O menino engenhoso a 
SORRIR...
A brincar com a sua
INOCÊNCIA!
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A vida é ilusão...
 É um ato!
Sonha-se em querer... E ter-se tudo!
As pessoas são surdas-mudas!
Não despertam a sua alma
 atada!

AO CAIR OS SEUS PRIMEIROS
 VERSOS ELE
 CHOROU!

São sonhos de névoas fracassadas.
Tênues raios em suas faces 
gozados.
Gotículas de pecados molhados.
Cheios de vaidades 
entrelaçadas.

São máscaras onde no seu coração.
Navega em abundante sua maldade.
A vociferar tanta 
maldição.

Destrói-se o amor...
 Confunde a paixão.
Como ato de solidariedade...?
Onde no SER vive o 
seu coração?

A luz de uma candeeiro o menino 
soluça.
- Eu quero ir embora!

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Leva-se 
no peito uma arma... Uma cruz.
Um raio de riso que tanto amarga.
Um brilho nos olhos como adaga.
A se esconder da sua própria
 luz.

A dor se forma em AMARGOS sabores.
As lágrimas transparentes orvalhos.
A solidão vem aos suaves olhos.
Que teatro é a peça dos seus
 amores!

A descrença vive no peito.
Um germe solitário e suspeito.
Avança e dói tanto no seio.
Um sonho devastado no 
leite.

Suspeito é a paz do íntimo.
Paiol para guardar segredos.
Cisterna profunda que mete medo.

Tem-se DELE receios!

MAS,
Nada nesta existência é 
legítimo.

POR QUE o
Seu fantasma é cheio de dedos.
Em suas mãos somos meros
 brinquedo.

Pergunta o menino:

- Meu DEUS onde estou?




Não tente
 saber o que por ti sinto.
Tenho tédio deste amor etéreo.
Se soubesse do amor que no quadro
 pinto.
Serei réprobo deste teu amor
 aéreo.

Meus olhos choram. Ó pequenas gotículas!
A alma se prostra no teu 
jardim.
O ingênuo amor é uma partícula.
E fugiu dos cheiros dos 
jasmins.

Ouve a frase que dos lábios
 estila.
Entre sonhos ditosos da vida.
E nele a árdua ilusão
 vacila.

Falar 
de um amor que não se percebe.
Desprovida do ciclo da vida.
É gostar do afeto que não se 
recebe.

- Eu te odeio!

Eis que o menino
 conhece a dor.
Mas continua ingênuo e 
sonhador.

E O HOMEM COMEÇA A
 NASCER!

Como ousas a dizer que me ama!
Quem sou comparado a tua formosura?
Que beleza eu tenho para satisfazer
 tua loucura?

Pois,
Em mim teu perfume não se
 derrama!

Eu choro!
 A mim não se declame!
Não chore por mim! Ó terrível fado!
Não sonhe comigo e não me ame!
Por que não posso tê-la ao meu
 lado!

POR QUE...

AH!
 Nesta existência estou jogado!
Por amar e não ter uma dona.
Pois sei que tudo isso não é
 engano!

Olha minha face e minha feiura!
Nos seus reflexos não sente espanto?
Da tua alma na sua GRANDE 
fúria!

O MOÇO estar a nascer 
e o MENINO a morrer. 


Amar!
 Tenho medo e sou néscio!
Contamina e não é genuíno.
Um orvalho que resseca...
 Tenho tédio!
Das suas lágrimas feitas de 
ébano!

Não que a minha alma seja tão 
horrorosa.
É um sonho que se torna
 pecaminoso.
Pergaminho em branco, e que ocioso
Aparece sua grafia 
criminosa.

Que belo tolo a fugir das rosas!
O amor nunca se contenta e como rói
Constrói-se e também destrói!

Será? Pois...

Se posta o ardente sentimento.
Lá no âmago do interior da gente.
E faz chorar o coração 
ausente.
Mas não mata...
 Apenas ELE se sente!

E o MOÇO 
O TOMA NOS SEUS BRAÇOS, 
e as asas do menino voam 
e vão pintar sonhos que 
nunca mais voltarão. 


O AMOR
 semeou as sementes
no coração; e elas serenas,
Nascem no silêncio dos momentos
Que fertilizam os
 pensamentos.

E andam pelo o frêmito 
jardim.
No coração a colher o seu 
amor.
Nos seus doces ramos de 
jasmins.
A beber do seu gracioso 
sabor.


Colhem-se
 dos campos suas lindas flores.
A se embebedarem do puro sabor.
A fazer partes dos teus 
grandes amores.

Levemente na boca
 Os dedos deslizam,
Cada pétala que no seu clamor
Que com os seus toques se
 agitam!


Não tente isso! Eu te sucumbo!
Por que queres de me extorquir?
A alma já morta no teu chumbo
Não podes mais seu sangue 
seduzir!

O QUE TENS QUE A TI ME PRENDO?
És donzela? 

Oh, não! És a morte!
Não... Sinceramente me rendo!
Aos vetos da sua 
boa-sorte!

Que belo perfume majestoso!
A se esvair do sul ao norte,
E que me faz mais forte e tão
caprichoso!

Desejar
 o eterno das suas flores?
E no cair do seu néctar atento,
Deixar o coração mais viçoso.
Para colar  nele seu beijo 
ditoso!


Morre o menino 
e nasce o moço

 Mas nos seus 
últimos suspiros
O MENINO falou AO
 MOÇO: 


POR QUE SERÁS
Como as flores de um vale 
solitário.
Como os pássaros a ruflarem 
suas asas.
E na vida da tua futura
 existência,
Os gritos recônditos em 
silêncios, e
que virão na quebra da tua
 inocência!

MORREREI QUANDO O
HOMEM NASCER EM MIM.

POR QUE

Essa tua boca que foi inocente soará
 em ardor de um suplício.

Tornar-se-ia tão insolente e sem 
resistência.

E MUITO palpitaráo Teu coração em 
forma de gritos. 

AMANHÃ...

Pois arrebatada a angústia pulsará, 
e o teu rosto que fora radiante pelos os atos 
ingênuos dos antigos sonhos te
 cercarão aclamando por 
vida.

E o teu coração exuberante de desejos 
abrirá a sua cartilha e 
escreverá o menino:

 -Basta!
 Preciso alcançar com os meus olhares,
 porque tenho um perfume para
 no teu coração molhar.

Amanhã 
serei Eu moço em ti sem 
a minha ingenuidade, mas banhado 
em lágrimas para me tomar nos 
braços, e na vontade das 
brincadeiras que preenchiam os
 sabores de um coração.

 por que 
virá um mundo preestabelecido
 pelos os ardores da falsidade,
 e no teu ambiente as suas 
ações externas fará a moldura 
da criança que fui, e que em ti
 viveu e por muito tempo te 
fez o filho da prosperidade.

E no teu habitat real a cor
 da minha ingenuidade e inocência
 te fará suspirar e o teu 
EU no meu EU buscar!

CHORAREI CONTIGO!

Voltará a sonhar sobre o 
dorso de um brinquedo infantil, e
 sem a apropriação das mãos 
adultas.
ELAS MACHUCAM! 

A enfatizar encaminhada a
 dinâmica de uma liberdade 
entremeada das canções de ninar.

 E ASSIM 
 aninhar os gestos inocentes das
 recriações dos recreios 
incessantes que sempre passeavam 
no coração da 
criança.

EU SEMPRE ESTAREI CONTIGO!

Veja isso!

 Sou  EU em ti a desenhar
 montes de sonhos para resgatar o 
fôlego da bondade, E AINDA ME agarro no lugar 
onde o teu olhar possa me alcançar,
 e na sua explosão não passará 
despercebido àquele que te convidará
 para na minha infância
 OUTRA VEZ entrar.

Enxugar as tuas lágrimas e 
derramar o teu coração angustiado 
na sedenta consolação dos meus
 sonhos de menino.


Pois quando se é menino...

 Abundante
 se enterra sonhos na alma para depois
 escavar quando se cresce, e 
dolorido, incompreendido, e também 
perdido, e às vezes se acha a
 esperança na simples forma de
 AMAR. 

UMA COISA EU TE DIGO MOÇO:

O QUE APRENDESTES COMIGO 
NÃO JOGUE FORA.

PERMITA QUE EM TI POSSA 
EU  PARA SEMPRE VOAR.



BRASÍLIA, 01/01/2015

20:53
" E HOJE MINHA CIDADE AMANHECEU TÃO SORRIDENTE"
Segurei os meus lábios para não ri.

Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas