Enamorado lírico
Bem
interpretado olhar,
e não
tão excêntrico, é um pouco, e quem
sabe, estético,
mas com um sinal irredutível
do verbo amar. A impulsionar o deslumbre das revelações confidenciais que
embalam os sorrisos dos lábios,
e onde esses rirem do seu estado enamorado.
O
sujeito observador
com o seu entendimento, e assim abarcando o seu campo teórico, suas artes e
teorias, a exercer paralelo ao seu olhar o encanto da função da estética com a sua destinação pluralista, e bem
entendida pela a sua arte de amar.
Embriago-me
quando te olho,
e as transmissões
dos teus sons eloquentes, e assim busco, e entrando sozinho na matéria viva do seu fôlego, aplicando o
princípio do gesto
amoroso.
Pois gargalha por dentro
de mim o bramido dos cristais dos
seus
sorrisos.
Os fulgores de esplendores dos
seus doces lábios.
A comunhão ardente e maravilhada,
e ainda lúcida
da sua língua.
Fluídas formas,
e bem
claras dos sinais fecundos dos lírios
na sua face.
e assim borbulhando as delícias
dos prazeres,
frescas, puras e bem cristalinas pupilas a olhar o sol do ocaso, e ainda bem dispersos
os versos frouxos, e com volúpias
emoções entalhadas no
fulgor límpido do seu rosto
encantado.
E que esplendor!
Que viço! Que opulenta face com suas linhas onduladas e
bem destacadas!
Incandescente dorme o
sangue quente que me
derruba!
Azul
ondeado e infando
o exílio
onde me escondo.
E apupa sua calma.
O silêncio agita o remanso
do teu belo cântico, e às vezes, e com lágrimas de felicidade e
cantarolando tombo cheio de AMOR por ti!
TENHO MEDO DE FALAR!
AMOR
E AMOR!
Porque
o teu olhar é
o meu lar.
E convulsionado eu voo sob o
teu perfume que se debruça trêmulo, e que o seu
alabastro quebra os despedaçados
mastros do meu império.
E estremeço
quando penso
em te beijar.
E bem compactado,
e sob o meu peito dorme os lençóis de linhos que
cobrem tuas retinas. Pois incógnito,
e na aresta da minha festa eu danço cheio de encanto.
EU SONHO:
-
Vou me beijar!
Oh!
Sonho rosicler!
Pois cada passo que dou
gera rastros por dentro de mim da tua
essência.
Aplicada graça dos
teus lábios a brincar nos
beijos cor de fogo.
E
eu ouso mais atrevido a
pegar no céu da tua boca o ardor e sabor da flor, pois nos
meus lábios se enfeitam os
beijos, e para assim receber os prazeres da sua sede. E deslumbram as letras
que saem da sua boca.
Um gênio!
Um mestre a beber o mar nas suas cartas anônimas.
É que para ti fiz
bem
arrojado dentro de mim um coração
doce e apaixonado.
Destemido e bem ousado
na sua afetividade, e embebecido eu
mesmo cai na
sua cilada.
Um cavalheiro
sútil no amor, e não um impostor inábil nas palavras,
mas cheio de ardor.
E assim me afaga aos ouvidos o
som da tua voz, e o brilho
das estrelas que foram apagadas por dentro de mim voltam o seu júbilo.
E que
felicidade o renascer
agora longo da velha noite com sua lua, e com o seu
singular contraste, e bem enamorado o sol que se alarga.
O timbre da pintura.
A
melodia da minha personagem que é o astro da
minha ópera. A arte valorativa que aborda e inspira um
coração enamorado.
-
Será que por ti ando enamorado?
E
caio de amor pela a tua
alma!
E dentro do círculo perfumado
do teu CASULO eu me acalmo. Pois
nos meus olhos
está
escrito o fogo dos meus lábios.
Um beijo... Um beijo... O que é o beijo?
É doce juramento que
se expressa quando
se encontra apaixonado.
Um céu que se eleva na constelação
doce das emoções todas molhadas, sabendo
pintar a
memória
os seus efeitos.
Um vínculo
onde por ele quer
correr a felicidade! Uma escrita codificada com os sabores
que pululam a mente amada. E onde insufla e se ilustra, e sob a forma de sonhos
um coração reformado.
E vêm haurir de belas
figuras a confissão das promessas
de um coração impulsionado.
UM BEIJO?
É preciso ter arrogância e coragem,
e assim
vencer a timidez que
me embala!
Ter a marca das tempestades
do sonho que
escreve o desejo, e assim acreditando
na luz doce do seu ensejo.
E ter na boca
as marcas das mordidas dos
teus beijos.
– O que é um beijo?
Oh!
Que figura mais bela!
A musa maioral da novela!
Eu te amo e tremo e perco
o meu
siso.
pois vibrante é
o desvario ardente
do meu corpo em transe.
E assim que te vejo perco
o plumo!
E
o teu nome me causa alarmante
grito!
Assim subo nas grandes alturas
deste
sentimento.
As suas fantasias tremem
os lábios e aguçam os ouvidos. E assim me penduro
nas visões do seu rosto.
Divina
comunhão deliciosa
de um
cortês beijo. Pois perto
a confissão
de ensejo depressa alimenta o seu desejo.
Oh!
Concedes-me a graça
de te
olhar mais de perto! E assim conceder as
mãos o mover do afã.
O
beijo é o meu voto!
Ai de
mim!
O sútil fogo de uma partícula
que no seu festim se insinua colhendo
centelhas do mel vivo.
E nos meus lábios o gosto de
beijar o
céu
da tua boca!
O róseo
que se adora.
Pois nas pétalas da tua boca
se apanham os ósculos, e se inflama
o repentino susto que enche a boca.
A deslizar por entre os gracejos
o comover
dos suspiros, e assim delineando a
matriz do seu gosto doce.
E abrem-se as cortinas dos meus olhares
ao
som da tua voz.
Porque agora
sou feito do barro do teu fôlego.
A luz da memória
da tua
história.
Pois tremo as mãos
quando a ti falo de SENTIMENTOS.
E no meu
olhar o
fabricante AMOR
cria teu riso.
E brinca nos lábios
o fulgor do desenho do teu
vestido.
Que petulante pensamento
a sonhar ousado e escondido!
E todas as
noites eu sonho
contigo!
Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas
Brasília, 01/01/2019
18:50