Secreta
é a dor que mora no peito.
O
choro
desvaliado que nunca se cala.
desvaliado que nunca se cala.
A
boca que se abre e nada
fala.
A
morrer triste e solitária no leito.
Escutam-se
Travando os dentes os golpes que vão avante.
O
dobrar
dos gritos que escava o espírito.
dos gritos que escava o espírito.
E
tão triste
e só e também aflito.
e só e também aflito.
Os
roucos “ais” que
fere o coração ausente.
E
quente a pele verga no bronze
frio.
Um
vento diáfano a se esconder no
ventre.
O
fogo profundo que respira
imundo.
A
matar a consciência por onde circula a febre ardente.
Veias
de afrontas que apressam
as lágrimas.
as lágrimas.
A
caírem
pelas a malbaratada face
desvaliada.
pelas a malbaratada face
desvaliada.
Os
suores que roem o íntimo
desfigurado.
desfigurado.
E
uma cruz e nela o crucificado.
E
JÁ BEM CANSADO:
Um
cântico de saudade que morre
apressado.
Pendente
a lâmpada que incendeia
o fado.
Uma
tocha de sepulcro que o peito
cava.
A
lira que tomba e das suas notas não mais soam nada.
A
mão que cose
também apara o pano e raspa. Alinha e cerze e ainda pesponta o
tecido. A costurar com sua agulha a máscara que borda as expressões das
mentiras de todos os seus suspiros.
E mancha o linho onde se alisa e se rasga, e para assim esconderem as nódoas que se cunha a
face, e que verga e arrebita o mal profano e eterno da sua alma.
Que
audácia as virtudes postiças das mentiras, dispensado o filho deslavado que publica
os estalos das lágrimas que saltam ofegantes, e caem na conclusão instigada de
um crime, inumado mundo e adulterado pela a dor.
Que
bela joia a incendiar o candelabro polido pelo o FALSO da sua face. Espelho
que espreita os olhos do cupido no áureo pedestal de marfim que esparge o fumo
dos frascos de perfumes dos vendavais sem fim.
E SEM NENHUM QUERUBIM!
E SEM NENHUM QUERUBIM!
Porque se ascende o cobre da trama que alça as asas do desespero, e no teto altivo
inquietante o fogo lúgubre da luz que arde sendo lavrada pela as suas chamas.
E
se na busca na há repouso, então se cai o silêncio no beco dos pensamentos que
abre a porta tão torta, e por onde uma escada sem fim leva fluorescente o tempo
que persegue o sopro do riso tímido, e que não se alarga com medo exato das
palavras fechadas, ásperas, e nos seus conjuntos todas penduradas, entediadas
das carícias sem ritmos dos afagos dos falsos convidados que escavacam as almas
e nos matam.
Que
insânia autômata
e riscada da amante malformada com sua camisola mal-acabada! E entre lantejoulas irônicas por onde vaga a luxúria bem delineada do prazer
semeado, e que se assenta nos vácuos dos lábios.
OLHOS ARREGALADOS!
OLHOS ARREGALADOS!
Condensado
e apalpável é o modelo de identidade constante na dominação exemplar, e que
circula nas reverências excitadas das excursões da mente pelo o profano do
real.
Desvairada
a arder nos pecados extremos do coração que soluça no trono
infernal das flores MANCHADAS, e que se essas esvoaçam em pleno segredo sem medo, e
enfeitiçadas pelas as predestinações dos pensamentos, E BEM cerradas na semente, e também se regozijam no abrigo do vento que ensurdecido destroça a sua canção
inocente.
E
QUEM ME
ENTENDE DO MEU AMOR CANSADO?
EIS QUE
AGORA FORA DELA ME ACHO!
Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas
Brasília, 01/09/2016
19:12
ENTENDE DO MEU AMOR CANSADO?
EIS QUE
AGORA FORA DELA ME ACHO!
Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas
Brasília, 01/09/2016
19:12
- Cego!
Pálida luz de porcelanato
que
vaporosamente empina siderais
contornos ocultos nos vapores da boca.