SONETO
ATORMENTADO
(pintura de Gustave Courbet)
Grande
labirinto de mistério profundo!
Metafísico
cemitério asqueroso da agonia!
Antropólogo
fome com a sua monotonia!
Taciturna
sonolência no seu poço fundo!
Que trêmula visão permeia esse mundo?
Latifundiário
com seu veneno de morte!
Navega-se
nele sem bússola e norte!
E
torna-se aos olhos o maior vagabundo!
Que
grande sede do amor purpúreo!
Sono
delinquente com a flor imunda!
Magnética
luxúria cheia de fúria!
Oh!
E como essa paixão é etérea!
Respinga
o seu perfume sujismundo!
Enlaça
nos seus seios essa incúria!
Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas
Brasília, 02/08/2018
18:13
“ser”
inteligível e tão romântico.