imensos das músicas que se prolongam à surdina os seus beijos, e dentro de
um céu que confessa o seu amor ao anjo, e esse nos seus voos que se declara enamorado pela a alma que rodeia o espírito fortificado do superior doce ardor
ímpar.
Nas
anônimas ousadas fantasias que despontam já no oceano. A extraírem do sal o
doce, e das gargalhadas que temperam os sorrisos da inspiração, e que na passarela por onde passam seus pés, moldam-se constante o seu círculo de amor, soluçando e chamando pelos os arranjos florais
da obediência das palavras que na entrega nas suas combinações, soltam-se das cores dos
suspiros, e feitos tranças nas pistas arranjadas dos atos imperam os vestígios dos seus contos de fadas, endereços de gozos nas intenções sensatas da alma que verseja
enfeitiçada pelos os aromas sonantes dos aconchegos dos calorosos abraços.
Triunfal
artista a saltar na bruma que apluma o ungido do correr cingido dos
sentidos, e dentro de um coração humano tão voraz.
E prostrado
na auréola da vida, e no astro de força nascente, e bem estendido pelo o interior, e assim sacudindo os vapores de ânsias e vertigens, e que se
agitam na luz do espasmo que não se distancia, e que e se doam aos afagos e carícias de
uma taça marcada pelos os lábios nela compreendida e desenhada.
Falo
da mulher sensata a olhar seu espírito garboso que voa consigo e dentro de um sonho.
No
luar esplêndido que brota dos olhos, dispersas e sonoras esperanças que trançam
ideias de claridades nas canções das pupilas que cintilam, e assim ressoam os grandes
vendavais de alegrias. Ah,
sinais intensos!
Quero me flagelar com as ações das tuas ânsias, lançar-me no
trovejar interminável dos teus gritos rasgados, passar com o arco do amor pelo
o céu do fogo das tuas promessas, erguer-me nas espumas primaveris do sol da
tua lua, e entre as folhagens do ouro-oliveira dos círios dos teus olhos, e nos
melaços incandescentes das polpas dos teus lábios, e por onde correm
tempestades de braços atados, e onde neva estrelas nos compassos de todos os
passos dos pés apaixonados, a ceifarem cânticos de fogo nas planícies do sangue,
e onde os seus portões abrem as comportas das paixões, e seus celeiros se enchem
de felicidades, e soa a foice que escuta o cair dos perfumes pelo o pescoço, e
não saciado a boca que invade os mares impetuosos dos sonhos, e febril com traços
de doces frescuras nas vozes que se permitem, tiritantes de ardências fecundam que convidam.
Desejos que se rompem, desprendem-se dos bulícios sagrados do coração no
estridente veio da ânsia, faiscando ramos acessos de eloquentes prazeres das
cúpulas de brilhos do jardim, e que estalam perfumes oníricos e com uma apatia de
serem apenas fecundados.
Incompreensível
criação simbólica de uma língua expressiva que não se cala. Extensos e
riquíssimos detalhes que são pintados na sua face. A impulsionar nos modelos a beleza artesanal da residência cristalina do clímax da paixão, e que contempla
as águas de ascensão que meditam no silêncio da sua obra, e que doa o amor, e com
os seus diálogos de misericórdias, serenas e lúcidas alegrias que embalam a
flor mimosa, e que para flutuar libera pouco a pouco todo o seu estoque de
perfumes. Carlos Alberto albertoesolrac silêncioelágrimas Brasília, 01/12/2016 11:56 "Por enquanto ainda vivo aqui..."
do crepúsculo nos olhares, e com as suas luzes em discórdias, é um
consórcio das articulações doloridas em um coração, e bem onde o andamento dos seus engenhos se transforma em um motim para
exasperar a grande solidão que se estende pelo o seu horizonte. A erigir excelsa
a imensa angústia do seu olhar.
- Estou só?
Uma floresta de AMOR
dentro de uma solidão rasgada. A fantasiar o peregrino que contempla do seu
íntimo a ampla viagem absurda por uma companhia.
Como tudo isso me assusta!
Trêmulos ouvidos que não se esquivam das trapaças perambulantes
de uma língua, e que esta nos discursos das suas oratórias, os conteúdos do seu testamento não têm afãs, e o ínfimo do seu medo
nos viés não sólido de uma investigação é como uma visão pontiaguda, e que estreita o
círculo da apatia da alma que baila em busca de paz, e mesmo sendo restringida a ela o efeito de uma salvação.
Especular a potência do intelecto no enunciado da lógica do seu pensar, e assim chamar o seu quociente que designa a sua tradução para o enlaçamento da“preposição especulativo do seu hábito de tortura”.
Oh! O ancestral do
medo sorve a convicção da esperança em se salvar! E a física do seu natural
geme sem gritos, e no entrave dos seus lábios apenas o sombrio de uma
sobrevivência que não suplanta as orações da sua boca! - EU TENHO QUE IR!
Quem tem ouvidos ouça o que se encontra disponível na Quimera do espírito! A soluçar no seu mundo e removendo os seus moldes de alegrias, e tecendo as suas tristezas nos textos
acrescentados da sua pouca fé, e a falsa intenção dos seus atos semeiam nas ânsias a loquaz perdição da vida, e pressionadas as lágrimas molham o pulso da dolorida existência.
Enquadrar os intentos de uma grande solidão, e não execrar os
seus restos que se encontram encrustados nas lágrimas de devoção, e assim
participar de uma tradução sedenta de esperança que se lança em uma grande
salvação.
- Que restos?
A evidência de uma fuga que palpita dentro das pupilas
do mensageiro, e assim atraindo a multiplicidade do seu isolamento, e na fecundação do
seu "eu" um ínfimo a mais e bem possuidor das suas forças o toma como hóspede da sua
dor.
Que grande plano astral! Imponderável destino que atina a
influência do físico raquítico de um menino!
Universo post mortem de um sonho sem vibração!
Personificação
ativada pelo o medo dos carnais, e captados pelos os fantasmas da transposição do amor à
alma!
Extracorpóreo que no seu particular suas atividades psíquicas só querem
matar!
- Que restos?
Desprovida percepção que no seu tangível captado se acovarda
do seu sensorial, e que na frequência rítmica do seu coração se esconde nos intensos
abalos gerados pela a solidão, e que essa apalpa as réstias das lágrima. A síntese audíveis dos gemidos. Os sons dos pensamentos de densidades vibracionais que se arrastam presos entre os dentes. Formas vivas e tresloucadas no
quociente do ente. Miríades de circunstâncias para ativar a enorme depressão
que se faz presente.
A manifestação de um dogma que não alude às obras da
piedade, e que não busca o esforço do amor que fora guardado no íntimo.
E
quem assim me divide?
Consumido e úmido o coração desatina nas tristezas, e a chuva
de um perfume paira no lampejo dos beijos esquecidos que não mais vêm à tona das memórias. SÃO ECOS MÓRBIDOS!
Um ilustre ar que não resguarda o vivo da história. Vívido pendão de
uma inglória dispersa no esquecimento do sentimento. A empalidecer o semblante
súbito do âmago que murmura ressequido pelo o vento do ventre do silêncio da
solidão, e que estampa os eflúvios das suas ilusões, e quando a dor se cala, mas alto
fala quando se fecham os olhos.
- Cegos!
Pálida luz de porcelanato que vaporosamente empina siderais
contornos ocultos nos vapores da boca! E TUDO ISSO É MISTÉRIO!
Desoladas matrizes que agora se acham perambulantes nos
sutis sabores das planícies das volúpias, e que adornam a vontade que se acha tão
longe da sua velha casa.
- Fugir delas?
Vazados olhos que brotam o frescor ávido de um rio espalhado
pela as suas pálpebras, e com suas pedras íngremes pelo o solo onde o amor foi
plantado.
Ardor na língua ferida, pontiagudos licores intensos nas farpas das
visagens aos pés atirados.
- Silêncio!
Ressurge o cenário que dantes ressequido pingava a seiva da
discórdia.
Profundo deixo as penúrias preservadas e atônicas no dorso das
minhas lágrimas. Atado ataúde nas canções feitas com o deleito soberano do
amor. A ATINAR desnudo o alvejar de uma cor, e sem perscrutar onde deve o
pintor a cor colar, entre lábios exatos e castos que não souberam se alinhar, e para melhor a língua dentro da boca o seu banho tomar.
Olfato com uma aparência atroz, e um instinto que vem na sua
voz, aguçado semblante de quem toma banho e depois morre na brisa inerte bem
pendente que as mãos molham.
Ah! Que belo rosicler da aurora no arrebol dos pensamentos
leves e bem alvos! E no tempo sentido das canções sem intervalos, e que na maré
dos sonhos naufragaram! Pois o seu odor noturno é uma balsa que na sua
liberdade menos amor se acha. Uma caravela sem dilema que no legado da tensão do
seu fluir, vagante e alto sua alma é deserta, e bem aberta o instinto de um
alabastro que perfuma à pele.
Íntima honra de um privilégio que caminha no êxtase da sede, e de atmosfera celeste que doura e canta o vazio que a alma não suplanta.
- Que restos?
Roça o ápice de um licor delicado nas cores dos lábios. Voos
à deriva de uma sedução nos distúrbios dos assovios que são os provérbios dos
primeiros versos.
Intensamente anil a rima do seu instinto no instante que se
pinta o assento subtil do brilho que faísca, e que se alastra no arrepio da
brasa, e que aquece o bafejo do hálito a arder às cinzas do seu último abraço.
Afoita fumaça no luzir da dor, e bem nas docas onde se encontra o
espectro de um homem, e esse tinge o zunir pálido de uma sombra que sempre
acompanha o cinzento dos seus passos
Oscilantes vagos Duentes que permanecem entre as
suas duas pernas, frias pedras que cortam o seu jeito de olhar. Um eco nascente
que atina a memória presente, e nas luminárias do seu firmamento as ânsias de
desejos veladas abruptamente. Ar ardente não contido no oculto presente.
Murmúrios:
- QUEM EU SOU?
E que também aquece e faz arder o largo eco que eriça seus
desejos, e que no seu sono pousa a ardência de um beijo.
Místicas línguas acesas
que acessam a fogueira contida no íntimo do prazer, e onde a quietude silente é
destinada pela a luz velada de um ambiente que acende o ente.
Aflorado afago que pinta a melancolia no éter da solidão, e
onde se curva o açoite que tinge o ar enregelado do hálito de anseios, e que alternam
as volúpias que somente passeiam.
Vontades indômitas de muitas faces e nomes! Coletivas
trapaças das paisagens dos medos que cortam os seios! Esparso do que eu o sou, e entre as folhagens dos receios.
O medo nas escavações do "eu" com suas diversas
camadas de paradigma. Instigantes mecanismos de fugas a procura dos restos que
na sua grande solidão se esconde.
Suspiros úmidos a se estenderem no assoalho da madrugada, e
fresco é o frasco chuvada dos maduros sussurros a caírem desgarrados da sua
morada. Aparência que perscruta o instinto das ondas dos significados de um
rosto assim tão desfigurado.
Efeitos e disposições de uma subjetividade dos pensamentos
em uma consciência sensata, e onde o seu exterior e interior não vive a falsidade, e o seu ritmo conciso é um musical de sons alegres que sempre vêm do coração, impetuosa
maré que responde aos ecos solitários e sombrios de uma grande fonte que não
para de jorrar o seu leite e mel.
Oh, inanimado vácuo que esvazia e desmorona a onda do mar do
amor! A causa mortis de uma bebida que palpita e que fere o noturno poema da
amizade! A traçar suas linhas estraçalhadas sobre a pele de espanto do
anacoreta que chora tanto!
Remontar o modelo da congruência do fio da honestidade, e bem na
matriz do seu horizonte ser a verdade, e sem temáticas que o leve ao desespero,
e assim emergir na síntese da ética, e não ser o suspeito dos crimes
sincronizados dentro de uma alma em desespero.
Oh! Quem rastreará a coagulação de uma crítica que não fora
amputada a inocente criatura? Áreas de catástrofe na cartilha da vida, e que
soberbamente traça o seu comprimento enorme de maldade, e na espuma misteriosa dos seus lábios se afunda achatado a base de um corpo tão machucado.
Porque sombreada é a cauda da solidão. Infrutífero e
mergulhado labor que no seu silêncio selvagem agita o ventre do amor.
Oh! Desembrulha-se secretamente e branca a violeta da sua
sensual dança, e que olhos fixos se afirmam na soberba do espaço da sua nudez,
e que avança e depois escorrega na embandeirada falsa alegria do sabor, e como
fluem os dias que bailam no desespero do seu cântico!
As luzes das cascatas do sofrimento apupam os delicados
sonhos que esmaecem lânguidos, e o rochedo da sua morada leva o artifício da
loucura ao coração. E estridente e frágil é a febre que embala a nervosa
graça do fado.
Oh! Quantas vozes juntam não gritam pela a liberdade! A
audição que não percebe a fruição de uma inteligência!
E como é estranho o mergulho das lagrimas pelo o interior
humano!
A festa da água em sal que congela o espetáculo da juventude do
espírito, e que aclama por um protótipo da verdade, e que não seja desviado nele
os traços sublimes das sensíveis leis nas suas emoções de contornos, e bem salientes e
castras aos primeiros toques de unhas ordenamento pintada e bem desenhada.
Quão grandes as saliências medíocre de um tato que não
controla a sua visão fomenta, e que não cose o corte dos seus dentes.
O meu desenho me consola e a privacidade das suas figuras me
remete as maquiagens sensatas de uma nova loucura. O ilusionismo de um pigmento
aplicado na tela da vida, e ainda cheia de retoques borrados, e que não seca a
sua gordura na pele.
Túmulos mitógrafos celebram os seus lendários heróis, e
imemorial foi o lançamento do veneno mítico na grande solidão dos olhares
poéticos, e que desterrado, eis que o poeta na sua maior invenção bebe um
punhado insensato da miséria que entorpece o seu coração.
Os fragmentos de todos os seus desenhos são anedotas,
paradigmas e epitáfios solitários integrados na figura recôndita de um "Aedo" totalmente abandonado.
Permeados de lendas o esgotamento, e que tece os laços dos
olhares sob a pirâmide de um "eu" introspectivo, e bem centralizado na fobia do
seu medo.
Olhar ao redor e não estranhar o vazio de um isolamento que
desembrulha o vácuo absoluto de um silêncio, e que reina na subjetividade da
alma, flagelado no labirinto das deambulações que se arrastam na alienação
curiosa, e para a execução de identificação que o louco jamais ficará só.
Deslizar nas fendas de uma solidão, e ser o seu espectador, e assim ocupar o lugar da sua inscrição que é tomado por uma ânsia de loucura, e a
debulhar entre os dedos os seus quadros escuros, e com um perfil de fingimento,
tensos braços a enlaçarem as dores pintadas pelos os desejos de separações, e
assim na sua dourada pintura entrar por definitivo na sua moldura.
- Que restos?
Ah! Críticas mescladas da infame hipocrisia humana!
Ingresso
definido para a perdição da matéria!
Onde está o teu entusiasmo? Por que esgota
o teu produto? E as tuas sobras são cores negativas e E MAL descritivas das fatiadas ALMAS soberbas de tamanho gigante? Porque o móbile da sua memória são folhas sem
correções, e o retrato da sua composição apenas croquis das mortes nauseabundas?
Despojados termos de uma solicitação que não aborda o
norteado pensamento de uma glória incandescente, e que habita na didática do
fruto da paixão.
Complexa ciência dentro de um terreno que não procria os
extraídos sorrisos das fantasias. Umedecida superfície que banha a língua de
alegria.
Unir-se aos objetos que se consomem com as lágrimas, e
separar a emoção de uma paixão vil e nociva, e desfazer dos seus materiais, e
na potência que liga luz e sombra, ocultar-se dos seus tombos que rolam, e que
depois enrolam, e assim espalhando e chorando a falsidade da junção de duas
bocas profanas.
- A minha? - É SANTA!É SANTA!
Delírios de fantasias indecifráveis e dançantes! Ritmos da
ordem nas músicas momentâneos de volúpias e todas elas espontâneas!
Benevolente no apogeu das inclinações de tensões, e no
aperto dos volumes do seu nepotismo.
Que espetáculo magnífico! Onde vive a visitante da minha
exposição? Os afrescos das viagens dos pensamentos ardentes, E BEM quando timidamente
se lançavam na sua pura inocência a semear o amor ausente?
Propagam os fios dos pensamentos sombrios, e os ecos das
suas memórias destrói tudo aquilo que o meu coração constrói, e as suas
recordações não são cúmplices na minha vida, pois as suas pegadas sumiram da
minha existência.
- Preciso ir?
Imprimir a história da minha solidão, e no emaranhado da
minha agonia me perder dentro do seu tempo, e ardente será a chuva do seu
silêncio a resvalar dentro da minha alma a sua outra face.
Que belo pragmático tribuno de um tributo cheio de dramas!
Voos intensos com alaridos que abalam os sentidos da existência! Um solo de
abutre no porvir ensanguentado do duelo do pulso contra a sua própria mão!
A substância expressiva é a especulação absoluta de um
pensamento que não combate a matéria, e que arrasta a sua vontade para o cio da alma.
O crivo da doutrina do arrependimento foge, e as ranhuras
das suas figuras esconde a percepção dos relevos e sulcos das suas superfícies.
O seu mundo me provoca as dores, e o engano do seu doce me
leva a perdição, e a identificação das suas luzes me cega à visão, e contrito,
invisível e sensível o povo que vive dentro de mim consome as minhas carnes. E NADA DISSO É ESTRANHO!
A cerração dos
dedos me comprime, e a distância do meu olhar se torna imprecisa, e quem em mim
acenderá a fonte da vontade? A praia, o frio e somente uma única verdade:
- A solidão me mata!
Pois não mais sou anônimo e nem imaginário nos seus braços! Sou
coágulo de silêncio orvalhado, e bem dentro de uma fresta inóspita, e diante de
uma visão apocalíptica com a sua grande fome.
A angústia carrega mágoas que salpicam seus soluços, e a solidão entristece o abrigo que existe para a salvação do corpo.
Arregalados olhos embaraçosos nos pensamentos agitados, mas
tão solitários. A tecerem os estalos dos apupos carregados de coro de migalhas. Caos com forma de face e a esfacelar o mundo que sustenta meus pés.
Esfaqueiam-se os sons na esfacelada voz sobrecarregada de
tropeços, e com um coro de falsos aplausos para atiçar as melodias que aos tapas
arrancam as palavras inocentes.
Cálculos inusitados nas raízes NUAS das profecias de uma solidão. Os seus códigos compiladores das bestas do seu bel-prazer a se alinharem exaltando o "deus" favorito da sua indiferença! Os movimentos dos seus anéis de ouro a enfeitarem as fases da sua Vênus para a eterna vaidade. Manchas nas clarezas das pupilas
como se fosse um pêndulo a balançar o seu egoísmo e elevar a sua vaidade!
Perturbação
provocada por um riso sarcástico, e com o seu diágrafo ferido, elevado a milhões
de potências desvairadas!
- E os restos?
Hipócrita é a participação dos sinais sem juízos, e onde se
desaparecem dos seus vocabulários solitários a gratidão, e onde reina o contorno
das suas músicas de sons fúnebres, as sombras das suas angústias e as cores
frias do mármore dos seus corações.
Ó poema consolador sem formas para assim causar vibrações! Pradaria gloriosa do deslumbramento onde o moço concentrado na fulva madrugada paradisíaca tanto chora inquieto!
Permeado de conversações monótonas e endereçados adereços. - ONDE ESTOU?
Esgotam-me as tintas... As notas que eu pinto.
Etéreas gotas que mancham as cores que se evaporam.
E bem dentro do seio ardente gritos dilatantes moram.
E dentro deste imenso labirinto morre meu instinto.
Há acordes por acaso nos meus alaridos?
Delírios nas sensações inebriadas e comovidas?
Há na minha saliva fresca o seu doce diluído?
Pálpebras que se olham tão descaídas.
Algazarras simultâneas com clamores muitas vezes excessivas.
Cavalgar rodeado de metáforas, e na proporção dos seus
símbolos, e na direção da sua linguagem construir o instintivo das belas ideias, e que rodeiam os desvios da gagueira de uma boca.
Oh, recordação destacável! Imagem com vagas para os efeitos
das mentiras! Onde estarão os teus restos?
Devolva-me o potencial do meu evocativo e unge a revelação
do meu último suspiro!
Não empobreça a emoção verdadeira com os movimentos da sua
natureza. A nova perspectiva de o seu real ser retocado por irradiações, e que
revela à percepção dos doces nutrientes das virtudes sugestivas, e as afinidades
de todos os seus poemas.
Ouvir o indivisível com a sua lógica solitária e suas
“Coisas exteriores”, e com o inesperado que não traduz as suas palavras, e que
essas soam amarradas, e com as suas depressões exorbitantes a instigarem e se
arrastarem suas epidemias que se espalham avassaladoras e silenciosas, e assim sai se arraigando e acelerada a peste fértil que dissemina o fôlego da vida.
Embrear e assossegar as informações sobrecarregadas das mil
solidões, e não acolher no seu psicológico o infame da sua ruptura na alma
humana.
- Mas eu a amo!
Ah, solidão da alma! Dilacerante e tão desesperada!
Imensamente um universo fora do seu cosmo!
Endereço os desdobramentos da angústia
aos instrumentos de convecção da grande solidão. As suas ações frias, e às
vezes, congeladas, e ainda bem acometidas por tristezas no plano particular da
profundeza de um coração.
O artista no seu maior e belo processo.
A arte e a obra na fabricação e depois a transformação DA SUA METAMORFOSE. E o poeta no seu
sonambulismo deslocável e a morrer aos poucos e tonto.
A angústia não cala e os seus rabiscos
mergulham embriagados no silêncio da sua existência.
Apologias entre grafias e fobias sem carismas,
e a anatomia tão vazia de um sonho que não assovia os delírios das suas
carícias. Visão de um apogeu, entretanto tudo isso é simplesmente utopia. EU NÃO EXISTO!
A transição para uma habitação desumana
é como uma rotação de senso de eventos gravitacionais, e que não criam a
evolução do seu universo. Uma carga exausta às costas de quem é tão leve!
Porque se adentra no semblante e dele se
retira o mito do seu decoro, e o invisível se torna visível aos olhos do
mármore que se esconde, e BEM às costas do amigo que se julga fiel.
- Estou só?
O meu guia está cego e a modalidade da
sua coerência é possuir apenas a dispersão das verdades, e os empenhos dos seus
propósitos são perseguidos pelos os disparates profanos da sua loucura, e o seu
projeto final é o seu rico acervo da sua solidão, e essa se pendura nas estantes
dos seus olhos, e que depois se arrasta no movediço coração que não é estrangeiro as
lágrimas.
Venerado preceito de uma prescrição com
seus olhos bifrontes, e que na vereda da salvação leva o amigo ao outro lado do
seu acaso, e que na diretriz sem edificação venera o estranho do entremeio da
vida-e-morte, e onde as páginas do seu juízo é uma voz coletiva de indagações
dos monstros e fantasmas a ecoarem na reconstrução do humano.
A quem se revela o verbo da
consciência? O céu da essência que abre o sangue fértil de um coração não
doente?
Cinde-se e suga os ares a espera solitária da dor. Mares infinitos...
Astros sem rastros e fôlegos mórbidos, e onde cintila a
fulgência de um odor. Despertar recôndito de um imenso pavor. Trajetória de uma
falsa luz onde se esconde o clamor, e assim afundando o arraial das festas nas
lendas de quem chora por amor.
- Estou só?
Pois a alavanca não levanta os espinhos
que se afundam na carne, e não escava o mal que brota incessante, e só desbarranca
a constância da vontade, e que medrosa encerra dentro de si o seu grande medo.
Ah, rogativo!
- Cadê o brilho que acalma e corta sem
empecilhos os cedros da injustiça? E que derrubam aos golpes as tristezas da
alma?
O ouro da lenda gentil do meu arco-íris
que enriquecem todas as minhas fantasias? Oh! Eu era apenas um menino cheio de inocências!
O deslumbrante jardim onde o peregrino,
o monge e o solitário oram no seu chão sagrado? A circularem nos odores do seu
perfume o seu manto. O impulso do ponto de descanso que instila o silêncio a se
abrir em um cântico. O fustigar dos suspiros que em chamas se consomem de amor.
Refugiar-se e aprimorar, e sempre em
exercício, a superfície dos olhares para que não escapem deles a serenidade e a
ponderação de uma alma lavrada, e na misericórdia absoluta da sua labuta vencer o mal. - Eu ainda julgo que vivo está o meu sussurro. A solidão me mata! O ÚLTIMO DA MINHA EXISTÊNCIA. Carlos Alberto albertoesolrac silêncioelágrimas Brasília, 15/11/2016 21:38
Feriado de terça-feira frio e triste e ainda cheio de lágrimas.
E eu me calo diante de uma profecia que
tonteia meu coração. Nada mais direi e nem dirigirei um só olhar. Porque meus
olhos estão bêbados e a vontade que golpeia meu ser se esvai sem a justiça
divina que tanto anseia minha alma.
E eis que malbaratado e dentro de um bergantim navegarei, e bem no silêncio da ignoração dos olhares humano.