Sorver o êxito
de toda a sua
formosura.
formosura.
Ouvir dentro da
alma a sua bela
pintura.
pintura.
Completar
o que falta ao outro...
E depois cravar
a sua flecha.
o que falta ao outro...
E depois cravar
a sua flecha.
Um
sinal de aventura que atina
os braços.
sinal de aventura que atina
os braços.
Um
assento para um operário que
amassa o barro.
assento para um operário que
amassa o barro.
E seu desejo
nele se
tinge.
tinge.
Por que
vaga é a alma que mitiga
no arrebol.
vaga é a alma que mitiga
no arrebol.
E que
só repousa adormecida
só repousa adormecida
entre os faróis
de uma
dor.
dor.
E entre
feixes de queixumes e
rol.
feixes de queixumes e
rol.
Sua pomba foge
enlouquecida.
enlouquecida.
E seu
cisne vegeta no seu
amor.
cisne vegeta no seu
amor.
Assim por longos
tempos se esvaiu e
sinistro.
tempos se esvaiu e
sinistro.
Das
esplêndidas flores o seu maior
artista.
esplêndidas flores o seu maior
artista.
Sobre
as margens dos seus sons o
pianista.
as margens dos seus sons o
pianista.
Do
seu alabastro o seu viço não mais
ministra.
seu alabastro o seu viço não mais
ministra.
Pois
o abrigo da angústia da sua alma
respira.
o abrigo da angústia da sua alma
respira.
A flor
que enfeitiça ceifada a sua face de
dor.
que enfeitiça ceifada a sua face de
dor.
Entre
as mil chagas do seu
amor.
as mil chagas do seu
amor.
Aumenta
cada vez mais sua
ira.
cada vez mais sua
ira.
E assim
vem um cárcere
vertido.
vem um cárcere
vertido.
Um
espinho no coração
enrustido.
espinho no coração
enrustido.
Arfando
fugitivo do seu
sonho.
fugitivo do seu
sonho.
Consome-se
o perfume que bafeja
sem nome.
o perfume que bafeja
sem nome.
O QUE
IMPORTA NA PELE
É SEU SABOR
DESCONHECIDO.
IMPORTA NA PELE
É SEU SABOR
DESCONHECIDO.
Mesmo
sendo fugaz e tão
bisonho.
sendo fugaz e tão
bisonho.
Vaporoso
proscrito!
Anjo de olhar tristonho!
Anjo de olhar tristonho!
A olhar
do seu céu o infinito
profano!
do seu céu o infinito
profano!
Retumbante
solavanco que vai
cavando.
solavanco que vai
cavando.
Na
corrente da alma um a um se
disponha.
corrente da alma um a um se
disponha.
Loquaz
e voraz sua lágrima
apanha.
e voraz sua lágrima
apanha.
Disfarçadas
vêm à tona todas suas
façanhas.
vêm à tona todas suas
façanhas.
Bramindo
o sol da inocência a paixão
afunda.
o sol da inocência a paixão
afunda.
Bufando
febril vibração sinistra
corre.
febril vibração sinistra
corre.
No
vale da alma dos tuneis
bramidos.
vale da alma dos tuneis
bramidos.
Rígido
acorda e se agita o berro que
fecunda.
acorda e se agita o berro que
fecunda.
Ébrios
desejos no céu da boca que
morre.
desejos no céu da boca que
morre.
E nunca
suprida pelos os desejos
oprimidos.
suprida pelos os desejos
oprimidos.
Cândida
harmonia de um colar e seus
beijos.
harmonia de um colar e seus
beijos.
Quentes
fantasias que nos seus
lampejos.
fantasias que nos seus
lampejos.
Despejos, ensejos e
cortejos!
Das carícias
intimas aos seus
gracejos!
gracejos!
Lírica
é a natureza do teu encanto que
verdeja.
é a natureza do teu encanto que
verdeja.
Emanações
de risos que se explodem
acessos.
de risos que se explodem
acessos.
A buscar
nas asas aligeiros e
dispersos.
nas asas aligeiros e
dispersos.
As
delícias de um beijo que
sobeja!
delícias de um beijo que
sobeja!
Migalhas
são atiradas nas preces dos
lábios.
são atiradas nas preces dos
lábios.
Que
para viverem se mordem por
inteiro.
para viverem se mordem por
inteiro.
Nas
brumas do frio de um corpo em
devaneio.
brumas do frio de um corpo em
devaneio.
São
anseios de um provérbio que nos seus
rateios...
anseios de um provérbio que nos seus
rateios...
Satíricos, descritivos, alcoviteiros e
forasteiros.
forasteiros.
A tempestade
dos delírios ouvem seu próprio
eco.
dos delírios ouvem seu próprio
eco.
Ecléticos
pandarecos brincam com seu
boneco.
pandarecos brincam com seu
boneco.
Loucas
mãos vazias que não se fecham.
vê-las?
mãos vazias que não se fecham.
vê-las?
Sugam fabulosos
os mamilos o
osso.
osso.
Os
veios de um metal que não é
ouro.
veios de um metal que não é
ouro.
Um mal que se
cria
duradouro.
duradouro.
E que
se orna dos pés ao
pescoço.
se orna dos pés ao
pescoço.
Omisso
e condensado feito chuva
cobiçoso.
e condensado feito chuva
cobiçoso.
Estranho
sol que se põe entre os
olhos.
sol que se põe entre os
olhos.
Miragens de um
luar
maravilhoso.
maravilhoso.
É
um bulício de um sonho
doutro...
um bulício de um sonho
doutro...
Perfumes
cravados entre
abrolhos.
abrolhos.
Sem a mistura do
licor do
outro.
outro.
A frieza
de um réptil que desliza
recôndito.
de um réptil que desliza
recôndito.
A
desenrolar suas picadas
enamoradas.
desenrolar suas picadas
enamoradas.
Beijos antes
suaves... E hoje
envenenados.
envenenados.
Contraditos
de créditos para um súdito
aflito.
de créditos para um súdito
aflito.
Inóspito
é seu iodo que aflora a
nódoa.
é seu iodo que aflora a
nódoa.
Chilrando
com o seu porte a
morte.
com o seu porte a
morte.
A
omitir as juras do moço sem
sorte.
omitir as juras do moço sem
sorte.
Luxenta lua que
se
atordoa.
atordoa.
Força
fluente com sua comitiva
torta.
fluente com sua comitiva
torta.
Infinda dor que mata e
come.
come.
Prende
sorrateiro o coração do
homem.
sorrateiro o coração do
homem.
E vem e bate a
minha
porta.
porta.
Sussurra aos
ouvidos seu
nome:
nome:
E do seu mel
colher tão
cedo...
cedo...
Um
órfão a achar seu doce
azedo.
órfão a achar seu doce
azedo.
A
se lambuzar em todo o seu
sabor.
se lambuzar em todo o seu
sabor.
Escutar
a doçura dolente e seu brilho
ausente.
a doçura dolente e seu brilho
ausente.
Aliciante ao
ouvir sua voz
monótona.
monótona.
E se quer por
inteira ser sua
dona.
dona.
Viver
seu licor inconsequente e
ardente.
seu licor inconsequente e
ardente.
Toda
noite pálido espero, e desperto
noite pálido espero, e desperto
o espanto
sentido no peito das
dores.
dores.
Onde estar o meu
amor?
E
converso em pranto e
levanto.
converso em pranto e
levanto.
As
festas dos outros tantos
amores.
festas dos outros tantos
amores.
E no
suor da flor só sinto
dor!
suor da flor só sinto
dor!
Mesmo assim... Adoro vê-las!
Alabastro
derramado e por mãos
manejadas.
derramado e por mãos
manejadas.
Arrastando
o vento o elmo do
agoureiro.
o vento o elmo do
agoureiro.
As
mãos que emborca o amor de
outrora.
mãos que emborca o amor de
outrora.
A
grasnar pela a afeição da sua
senhora.
grasnar pela a afeição da sua
senhora.
Pois
a audácia faz o gosto do
artista.
a audácia faz o gosto do
artista.
A
realidade e o sonho no
preceito.
realidade e o sonho no
preceito.
Olhe o
meu manuscrito!
Pois
nele tem a sutil armadilha do teu
nele tem a sutil armadilha do teu
vestido.
As
manipulações
cronológicas do teu perfume
na minha pele enrustidos.
Não
tem visto?
O
sintagma
enfatizado dos teus risos nos meus
escritos?
Oh! Terra mítica e lendária!
Pois a memória transporta os artífices
das fantasias no
sol0 dos pensamentos, e
alado...
O soldador sela as asas entrelaçadas
O soldador sela as asas entrelaçadas
de seus relatos e faz acordar cintilante o gerador
de vigor dos pedaços das suas luzes, e que
enchem sem medidas a alma que por ti tanta
canta.
Ó advento
da sede!
Olhe pelos os meus
Olhe pelos os meus
cântaros, pois todos se encontram
secos!
Nutre-se
e também se escreve a memória com
os murmúrios não percebíveis da íntima
e também se escreve a memória com
os murmúrios não percebíveis da íntima
fantasia de arguto
olhar.
E nessa travessia...
Quer seja tristeza ou
Quer seja tristeza ou
alegria!
Morre-se
ou se renasce aos pouco a cada
ou se renasce aos pouco a cada
dia!
E EU MORRO POR
INTEIRO!
Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas
Brasília, 01/05/2015
11:13
'Todos só me pagam pelas as metades..."
UFA!
"Eternamente Só"
E EU MORRO POR
INTEIRO!
Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas
Brasília, 01/05/2015
11:13
'Todos só me pagam pelas as metades..."
UFA!
"Eternamente Só"