REMINISCÊNCIAS
AMOROSAS
Talho meus sorrisos
na canção com sua bela melodia, e que ainda grosa
do ébano estrelado à lua que o rodeia enamorado. Pois suave e forte a bela
mariposa se aplaca aos meus os pensamentos, e bem inclinada dos seus sonhos
fantásticos voam os fachos acessos da Minerva que prende meus cabelos.
Um
perfume gotejante que se fende,
estremece e mexe com os ares melindrosos de um
Colibri QUE PAIRA nas mil vontades do seu cheiro fresco. Pois a candura da sua
amante ENVOLVE brilhante nos seus olhos à mistura da Virtude com a sua
Formosura, e assim semeado o gesto sagrado de quem ama.
E as flores dos favores
do sentimento crescem. E A PELE DO HOMEM
ferve... E entre a cor do frio e o silêncio da paixão... Aproximam-se os
olhares que gotejam serenos as palavras QUE PINTA O AMOR.
Já que o amor não fala comigo...
Eu falo com ele!
Que belo aceno com sua
densidade de luz a tocar a circulação de um
coração, e que fervilha no seu mais fundo segredo as frequências do seu abalo.
Um universo insinuante de emergentes e susceptíveis convulsões do amor. Pois os
fervores das suas chuvas e trovões ascendem talhantes em cada devaneio do ser.
Cortes cognitivos nos enigmas inéditos da música que eleva a alma, e onde se
inclina denso o charme. Instrumentos miscigenados de beijos e afagos. Pernas
entrelaçadas e braços amarrados. Um diário que embala as confidências que falam
as bocas. Consolo que impulsiona os
deslumbre das luzes dos olhos. Um palco norteado pelos os vendavais eloquentes.
Inebriados pelo o derramar das palavras todas meladas pelo o mel da linguagem
do amor. Tópicos e fenômenos personificados pelos os “uivos” da paixão, e onde
somente um significado.
- AMOR E AMOR!
A disposição lógica
do conceito poético no espírito fecundo da boa
vontade do amor, e que preserva o clima tocado pela a compreensão de um coração
que se abastece da plenitude que impulsiona a força que brota no belo poema, e
onde a fusão do seu ritmo compõe a metáfora da vida.
Oh! Oferece-me
o teu cálice frio e perfurado pelo o amargo da
solidão!
Complacência emudecida da tua agonia que sempre me presenteia, e com negras
flores o dolorido desespero vazio, e onde se estende sua cicatriz nos
espinheiros. Um dissabor da ânsia no seu fértil delírio de espera. Pois o peito
espera à ínfima figura que goteja dos seus lábios a alfazema. O laudo movimento
da luz de fulgor que sela a boca, e que na escala da sua música arrebenta os
acordes da intimidade.
Ó AMOR!
Vem fechar meus olhos!
O mergulho da tua luz no escuro do prazer! O
grande cataclismo na vasta boca que devora! Vida imortal que bebem os lábios
sua vitória! A verdade! A verdade da substância que abastece o homem! A
centelha INVISÍVEL que mata a fome!
Traga-me o fluido energético
que se agarra aos meus
lábios, e que espalha pela a boca o seu gosto, e que ainda cresce arrastando
toda a língua aos murmúrios eloquentes. Pois se dilata diante dela o coração
que trêmulo saltita. Quero me atirar ao seu pescoço e reluzir a sua face com o
óleo do meu amor. É na vertigem dos seus olhos que sucumbo. Atrelo-me a uma fantasia
de desvario, e onde me enleva a criatura das minhas fantasias.
Alma pura e ondeante
que me cerca e espreita o monte dos meus anseios. E com seus místicos sentidos
abala o meu perfume. E as guinchadas das suas vozes como flechas se lançam na
cópula amorosa dos meus eventos. Ardente desvario sem contenção do seu ritmo
quente.
E ESCORREM GRITOS
da minha boca enamorados. As erupções do amor
atravessam meu corpo. E na orla dos meus lábios as ardências dos beijos apaixonados.
ASSIM EU CHORO!
Fino e belo o aroma
singelo que
invade a face tempera meus olhares, e cingem seus cabelos com anelos os
siderais círculos de sorrisos que enfeitam seus lábios. Místicas auréolas com seu esmalte em relevo. Um belo trevo com o
seu êxtase vital cheio das graças dos mimos que se estampam pela a sua face.
Olhos coloridos com o supremo astro da luz que no seu festim brinca na sua doce
festa. Verde imenso com o seu incenso a saudar o seu cheiro.
Ah! Horas de ANJO!
Pois fluido o luar
te desenha na
mente eloquente de quem em ti tanta pensa! Sonoros cânticos emocionais que se
curvam nas grandes liturgias de um coração que te ama!
ANJO eterno!
Flor emocional
que
no vinho romântico esgota o absinto. E que se agita nas suas belas
gargalhadas de piruetas envolvida em mistérios! Teu cenário é divino. Estrelas
enfeita tua face, e nos cílios teu perfume se derrama, enche tua boca de uma
fleuma, poemas e canções nos teus lábios são eternizados. E ascendem pelas as
tuas mãos a chama da paixão!
Radiante viço
deslumbrante com ardor aveludado e bem ondeado pelos os teus risos de amizade. Maravilhoso
torpor que não se apaga e assim me deixando por ti mais apaixonado.
Ah! Horas de ANJO!
Abro harmônicos por ti
os sonhos
aéreos com os seus cânticos ao luar. A alegria de te olhar! A láctea claridade
que flui à surdina os diluentes clarões de belezas que não cansam de te
enfeitar!
Balançam as formas dos
gemidos, e escorregadios são
suas ramificações de calafrios. Magnífico corpo
que na sua agitação dinâmica e volátil tanto SONHA!
Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas
Brasília, 16/02/2021
17:05