sábado, 1 de agosto de 2015

NÃO SÃO MÁSCARAS





NÃO SÃO 
MÁSCARAS
Emoções suculentas
 a correrem purpúreas nas lisonjas
 dos crepúsculos dos pensamentos,
 e a calçarem as suas
 luzes, pois uma estampa transparente
 desdobra a paisagem dos seus encantos,
 e ardem os sonhos no sopé da velocidade 
do seu coração, e que nas evocações dos
 zéfiros entram no fôlego e chegam 
até a alma, e essa tomba com
 as alegrias do espírito.

QUE BELA 
SAUDADE!
Enlaçados são as alegrias 
dos olhos e o sentido da sua razão
 integral de gozo prestado no clarão
 dos seus sorrisos.

Que belo
 abismo envolvente 
a tecer as fragrâncias de um contato,
 o preço pago é voluntário, e a entrega
 de uma sedução é absoluta, e o
 coração apesar de ser surdo ele 
mergulha no perfume do sono que
 alimenta sua ilusão.

O olhar
 é um mostruário dos 
desejos que se investem com 
veemência, e uma imaginação
 voluptuosa de um
 incêndio a causar um vento nu de
 volúpia na sensualidade que olha a 
enseada com o seu cordão, e nele 
um pedaço de uma recordação a
 discernir pegadas que apalpam a coroa
 cingida de uma dor da separação, e 
com um insigne bifocada e um 
atavio deslumbrante que na conversão 
dos seus beijos recebem o 
embrulho da enganação.

São disfarces? 
Quebro os
 meus olhares nas noites
 de chuvas geladas, e inquieto também
 quito com os lábios as promessas
do meu enfado, porque o medo vem entreaberto com sorrisos nos seus
 lábios, e o artificie
 da sua sensualidade com o seu 
disfarce colado.

Olhar 
as margens da correnteza 
do meu ódio e sentindo grasnar as 
queimaduras de ânsias sem 
fim...

Prendo-me 
em um cristal de suspiros
 e vou pintando, e ao mesmo tempo
 recreando nas suas correntes, às 
margens luzentes dos seus desvarios 
que não me engana, e assim esvoaçam
 cintilantes a sua mistura 
acolhedora.

Atenuo
o pulsar da cauda da sua 
chama, e intacto o meu desassossego 
sobe pelas as minhas veias e arrepia 
o ventre cuja fascinação me entontece,
 cresce e aparece um beijo que me 
assedia, mas não acontece, por que a
 falante solfeja e não fecha os seus 
olhos para o beijo, e as convenções das
 emoções festejam as exaltações
 de uma libertação que não veio.

Vibra
 a epígrafe do sensível e o 
diapasão do seu inteligível se abre 
em um poema revelador.
 Por que 
arcaicos são os teus
 lábios. 

Estranhos
 contornos compostos por
 uma leitura de trevas, e com um
 vermelho carmesim cheio de 
complexos inaugurais das múltiplas 
aberturas sádicas dos seus ardentes 
pecados! 

Pois 
a sua herança vem aos olhos, e
 onde não consigo arrancar da minha 
visão a sua imagem!

Seu amor é
 particular e o seu ânimo é 
uma fugaz 
chama.

Que bela 
epopeia emotiva por onde 
se desloca nas suas linhas a motivação 
de um crítico que não se 
cala!

O palpável
 olhar de acervo ímpar,
 e por onde sobre ele, e também 
ainda nele jazem as marcas abrangentes 
das teóricas compreensões de beleza, promovendo as disciplinas nas áreas dos sentidos!

Uma cópia, 
um signo e uma geratriz
 de uma autocópia que não me 
pertence! 

O oxigênio 
do seu mundo manipula 
o seu existencial, e a lógica do seu ser
 biológico é tão irracional que desencadeiam 
as suas identidades de automatismos compartilhados pelas as sujeiras do seu
 coração!

Os olhares
 da alma de constância
 tímida.

 A celebrarem 
as súplicas de efusões e 
cintilações na emoção que 
pulveriza a preciosa voz em formas de
 exalações de preces apaixonadas, e
 levíssimas no caráter fecundo dos seus
 anseios.

Oh, súplicas! 
Súplicas indiferentes e de queixas a se derramarem em um tira de lástima 
sem obter o galardão do seu
 sonhador!
 EU
 tenho uma retórica romântica
 onde nas suas instâncias são centrados
 os valores absolutos, alicerçados e 
mesclados pela a racionalidade 
dos seus conteúdos internos 
inesgotáveis, articulatórios e de 
aderenças na fusão da matéria para
o choro da sua
 felicidade.

 Por que 
abrangente é o efeito real 
do que ocorre na adição de um seio 
trêmulo, mas cheio de licores 
tempestivos e coletivos nas 
construções fantásticas dos 
maravilhosos cortes de risos,
 e as suas revelações não são 
simbólicas.

 São os eventos à flor
 da matéria a fundirem o seu significado,
 a captarem a sua verdadeira forma.

Uma síntese:
 atos arrolados que exalta o herói 
que nasce por dentro de si.

Ei-la! 
O artificie de si mesmo é o
 uso da sua bela 
pintura! 

O descoberto 
fulgente de langor se 
movimentado.

 A se esconder nos 
assombros das asas que se fecham
 para não mostrarem seus voos 
alados!

Afasta-se 
de mim o gosto do vento da língua 
que se esquiva de um filtro 
contaminado.

 E não
 se serve das peripécias
 das suas anedotas 
desvairadas!
As garras
 de um parto onde a
 sua premonição de vertigem me
 rasga e lasca as carnes, insidioso 
mal de torpeza com as suas unhas
 de feitiço a fazer parte de
 mim.

Oh!
 Entretecer o maligno?

Que
 incompatibilidade das razões
 sem caracteres, e onde nas suas análises
 sofrem alternâncias, e somente porque
 é preciso que se minta que 
amamos?

MENTE-SE AO ESPÍRITO.

Meus olhares não são mais 
compartilhados, pois as influências 
das mágicas mentirosas são apenas 
“estórias” integradas nas fábulas 
vestidas das múltiplas ilusões.

A correrem 
no limbo, e onde as suas
 modelações pelejam nas suas
 mentiras mais 
profanas.


E quem 
elucidará os meandros
das grafias dos meus 
poemas?

 A 
consciência escorregadia dos 
seus estágios alterados pela o senso
 da dança de uma loucura a espalhar
 as adulterações dos seus 
sonhos?

 Oh, Deus! 
O que é legível para mim se oculta
 dos olhares do SER, e feita sob
 medida uma ignóbil lágrima sendo
 acuada por uma entediante ternura 
desordenada!


Devo reencenar 
as graças conscientes 
de cada momento dos meus lábios,
 e que em cada medida do abrir da 
minha boca que possa ser "EU" mesmo, 
e sem sentir remorso do mal que 
provém da minha própria
 carne.

Tenho
 tanto medo que a porta se
 abra!


Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas

Brasília, 01/08/2015

Nove horas,
 e dentro de uma noite que será 
ardente.