quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

VEM...







Vem...

                           Pintar 
os lábios e deixar 
os dentes furiosos.
Nos sonhos
 imensos das músicas que se prolongam à surdina os seus beijos, e dentro de um céu que confessa o seu amor ao anjo, e esse nos seus voos que se declara enamorado pela a alma que rodeia o espírito fortificado do superior doce ardor ímpar.

Nas anônimas
 ousadas fantasias que despontam já no oceano. 

extraírem do sal
 o doce, e das gargalhadas que temperam os sorrisos da inspiração, e que na passarela por onde passam seus pés, moldam-se constante o seu círculo de amor, soluçando e chamando pelos os arranjos florais da obediência das palavras que na entrega nas suas combinações, soltam-se das cores dos suspiros, e feitos tranças nas pistas arranjadas dos atos  imperam os vestígios dos seus contos de fadas, endereços de gozos nas intenções sensatas da alma que verseja enfeitiçada pelos os aromas sonantes dos aconchegos dos calorosos abraços.
Triunfal
artista a saltar na bruma que apluma o ungido do correr cingido dos sentidos, e dentro de um coração humano tão voraz.

E prostrado
na auréola da vida, e no astro de força nascente, e bem estendido pelo o interior, e assim sacudindo os vapores de ânsias e vertigens, e que se agitam na luz do espasmo que não se distancia, e que e se doam aos afagos e carícias de uma taça marcada pelos os lábios nela compreendida e desenhada.

Falo da mulher
 sensata a olhar seu espírito garboso que voa consigo e dentro de um sonho.

No luar esplêndido que brota dos olhos, dispersas e sonoras esperanças que trançam ideias de claridades nas canções das pupilas que cintilam, e assim ressoam os grandes vendavais de alegrias.

Ah, sinais intensos!
Quero me flagelar
 com as ações das tuas ânsias, lançar-me no trovejar interminável dos teus gritos rasgados, passar com o arco do amor pelo o céu do fogo das tuas promessas, erguer-me nas espumas primaveris do sol da tua lua, e entre as folhagens do ouro-oliveira dos círios dos teus olhos, e nos melaços incandescentes das polpas dos teus lábios, e por onde correm tempestades de braços atados, e onde neva estrelas nos compassos de todos os passos dos pés apaixonados, a ceifarem cânticos de fogo nas planícies do sangue, e onde os seus portões abrem as comportas das paixões, e seus celeiros se enchem de felicidades, e soa a foice que escuta o cair dos perfumes pelo o pescoço, e não saciado a boca que invade os mares impetuosos dos sonhos, e febril com traços de doces frescuras nas vozes que se permitem, tiritantes de ardências fecundam que convidam.

Desejos que se rompem,
 desprendem-se dos bulícios sagrados do coração no estridente veio da ânsia, faiscando ramos acessos de eloquentes prazeres das cúpulas de brilhos do jardim, e que estalam perfumes oníricos e com uma apatia de serem apenas fecundados.

Incompreensível criação
 simbólica de uma língua expressiva que não se cala.

 Extensos e riquíssimos detalhes que são pintados na sua face.

 A impulsionar nos modelos
a beleza artesanal da residência cristalina do clímax da paixão, e que contempla as águas de ascensão que meditam no silêncio da sua obra, e que doa o amor, e com os seus diálogos de misericórdias, serenas e lúcidas alegrias que embalam a flor mimosa, e que para flutuar libera pouco a pouco todo o seu estoque de perfumes.



Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas


Brasília, 01/12/2016

11:56

"Por enquanto ainda 

vivo aqui..."