sábado, 3 de julho de 2010

O MEU SAX


-- RETORNO AO MEU SAX --



Eis que hoje eu retornei aos meus antigos acordes! A minha embocadura, apesar de passar alguns dias no seu descanso, repousei na boquilha à minha boca e com à minha língua, busquei a melhor forma para emitir os agudos que soavam alegremente, como se elas me exaltasse pelo o meu retorno. Fechei os meus olhos, saboreando naquele momento o som harmônico que flutuava como sensação sublime aos meus ouvidos. Tirei uma doce nota, bem alongado, movimentei muito rápido o ar que saia do meu diafragma a procura da harmonia bem talhada e perfeita. O som de uma nota soou...! Flutuava ali, envoltos a sonhos e desejos o meu pélago...! A minha vontade estava exposta aos meus ouvidos e abruptamente, subiu nas minhas emoções, à alegria do meu retorno a casa do meu espírito...! Passei alguns dias longe do frescor imenso da minha grande sensibilidade! À vontade, depois de algum tempo, tinha regressado tão saudosa que, meus olhos gotejaram lágrimas, enchendo assim a campânula do meu sax. Aprumei-me, estendendo à minha mão, colhendo todas as notas que dançavam e pulavam diante de mim...! Coloquei-as uma por uma de volta ao meu desejo. Contemplei sorrindo com os meus lábios, o meu prazer que ali sustentava à minha alegria e o meu sonho de novamente me erguer sobre a escala cromática maior do DO ao Ré! Passei os últimos dias sem a suavidade e o encanto do meu som harmônico, onde eu acalentava à minha dor...! E hoje eu me vesti e me perfumei, para retornar assim ao meu lugar, porque aqui, a maioria das vezes, eu posso lançar um cântico admirável a alguém que é digno de louvor, quer seja um amigo ou eu mesmo que, na profundeza soberana de um sentimento, mão cansa de se lançar na salvação absoluta de uma alma humana.




Eis que alegre fiquei... Depois de andar a esmo envolto a sentimentos escondidos, pelos quais eu tinta o total desconhecimento da sua existência, onde as minhas emoções se encantaram por algo que agora julgo que é loucura, aprumo-me e em minhas mãos retornam os belos uivos afinados do meu instrumento. Aqui sou eu que traço com notas sentimentais o título e o final da minha ópera, dando a ela um prenuncio suave e um final glamoroso. Sustento diante de mim a peça monumental que vai fazer que, a partir deste momento, eu possa olhar para o meu metal feito a ouro, com suas curvas exatas, onde posso abrir a minha boca, recolocar os meus lábios, e com o meu sopro, fazer tinir o metal, vibrando assim “ o cântico celebre que foi exaltado em diversas formas e, que este belo cantar, seja exposto diante da minha única forma de amar, que é o amor, tão sublime amor...!” E hoje, assim que retornei a minha casa, recomecei os meus velhos acordes e eu sei que cada nota que pulsar, caminhará sobre o meu buscar, relembrando assim, a tua forma e teu gesto que foi plantado e onde eu tocar o meu instrumento farei louvor a ti pela a engraçada forma de te encontrar, e a dolorida, também forma, de te perder...!


DO, RÉ, MI, FA, SOL, LÁ E SI te saúda: “ Bem-vindo harmonizador e compositor!”

Um comentário:

  1. EU TABÉM OUSO SAUDAR AO POETA...HARMINIZADOR E COMPOSITOR!uM GRANDE ABRAÇO.
    aGORA... PQ ALTEROU ACONFIGURAÇÃO DA PÁGINA???? fICOU TUDO TÃO REDUZIDO!!!!!!!!!!!!!

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