quinta-feira, 26 de agosto de 2010

É BOM PERMANECER CONTIGO...!




Como foi...! E é bom permanecer contigo...!

Que delícia! Sorver a tua graciosidade!
Os teus mimos, teu aconchego e o teu afago!
Hoje solitário e nesta minha distante cidade!
Já não há mais o vento que sopra tua afabilidade!
Que bom foi olhar a tua mais doce face!
Toda menina e mulher e tão cheia da divina graça!
Sento-me diante da minha lembrança e revivo a cada
momento passado o poder magistral que me encantou e por alguns dias pude voltar novamente a sonhar! Sim! Eu sonhei, porque dentro de mim a válvula retornou a bombear o sangue que permanecia deslizando nas veias pausadamente! Foi um despertar soberano porque em mim, eis que o meu coração se encantou, achando que o circulo da sua espera tivesse chegado ao fim! Muito fui agraciado pela a sua companhia fresca e jovial! Estive diante dela por tão pouco tempo, mas parece-me que já a conhecia deste a fundação do meu mundo! Eu abri os meus lábios e diante dela fiz as minhas confidências que, como a grandeza e profundeza do oceano, invadiu o meu íntimo, fazendo flutuar por ela o meu barco, com velas de aspirações e desejos que pairavam sobre a minha cabeça, e, ao olhar da lua, que sorria para a grandiosidade do meu amor! Eu me abasteci de todas as frases que jorraram dos seus doces lábios! Voltei desta minha peleja ansioso para conhecê-la, porque ela, em pouco tempo, penetrou em mim; fazendo com que eu sentisse a sua própria pele! Eu depois de muito tempo voltei novamente a sorrir e como uma criança ingênua dispôs a sua frente a minha infantilidade nas palavras que a ela foram dedicadas! Tornei-me tão infantil que, relembrando-me agora me escapa risos, não de censura e sim, por ver que na doce ingenuidade se pode abastecer a necessidade do retorno da nossa inocência! Os meus risos agora flutuam diante de mim e posso sentir atravessado na minha garganta outro riso de amargura, este de adulto, complicado e tão dilacerante! Outro riso que me leva ao desatino do desespero, onde ele se funde como um sarcasmo, porque, eu não posso chorar senão manchará todo o papel que me serve de consolo e esconderijo, causando assim a perda do meu refúgio!

Eu estive contigo! Eu pude sentir através das tuas palavras a tua doce candura e o teu brilhar constante! Eu tornei-me pela primeira vez um meigo menino; cheios de sonhos multicoloridos e cheio de açúcar! Coloquei na minha boca o teu bombom, enquanto na outra segurava o teu pirulito em forma de prazer e candura! Eu me deliciei com a tua forma de ser e, por um momento, também acreditei na ciência que tanto falam os cientistas: “os opostos se atraem...!” Eu fiz dentro de mim um pasto rico e abundante porque, lá sempre eu ia buscar a tua meiga face e o teu viço que brotava, efervescia e ornava todo o meu jardim! Eu falei também de alguns sonhos meus e, quando no meu íntimo cresceu a necessidade de contar toda a minha vida, eis que uma bela garra, de unhas tão afiadas, atravessou meu coração! Eu me virei apressadamente! Não! Não são apenas as crianças que choram enquanto dormem! Não são os anciãos que gritam na sua dor! A mulher que levanta um clamor de amargura no seu parto! Os moços que também amam se desesperam e choram acordados! Eu me virei e vi que uma gota de lágrima me servia ainda de esperança porque, eis que aquilo que estava adormecido em mim despertará com força e vigor para a luz da minha realidade...!

Fiz e desfiz diante de ti sonhos e fantasias...!
O meu doce espírito contigo se esbaldava e sorria!
Solrac...! Qual labirinto perdeu a minha vida?
O perfume agora me soa triste nas noites frias!
Ah! Sobrou a alma um medo, profundo suspiro!
Já não mais há encanto nestes meus dias!
Apenas uma réstia da malbaratada porfia!
Agora diante de mim: eu cego às dores afiam...!

E, daquele belo oásis tirei por longas noites adentro o meu sustento e a minha divina providência! Mas, eis que algo ficará encrustado na minha memória: ”O fel que chego a senti e que, portanto, foi imputado a mim, negando ao meu espírito a transpassar dos limites celestiais, e, os meus lábios: não mais sentirá a doçura de um renascer soberano de um sentimento, porque, amedrontados, não mais falarão e nem sussurrarão, apenas um ao outro se apertarão, lembrando-se da proibição que a eles foram impostos e da violação profana de um rico amor humano...!”

Já se faz frio e o meu corpo não mais suporta!
O eflúvio de lágrimas que vêm à minha porta!
Permanecem estáticos os suspiros mórbidos!
Preciso sair! Ar...! Luz...! Quem me abre a porta...?

“ Uma rosa não foi ofertada...!
Caneta e papel: Saudades...!
Dois corpos: apenas um doado...!
O outro: não ganhado! "
( SOLRAC )














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